06 setembro 2012

FanFic: Forget Me Not - Capitulo 8


Forget Me Not

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, Mistério, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**




**Pov Edward**

Eu estava enlouquecendo. Ou melhor, Isabella Swan estava me enlouquecendo.E eu que achava que a loucura que me acometera naqueles dias depois de conhecê-la e perdê-la no clube tinha sido o fundo do poço.
Agora era mil vezes pior, porque eu sabia seu nome. Conhecia seu rosto. E a queria mais ainda. Era como estar viciado. Saber que me fazia mal.E querer mesmo assim.
De certa forma ela tinha razão. Esquecer era o melhor remédio. Que se danasse que Rosalie queria se enganar. Eu deveria partir e continuar minha vida como sempre fora.
Mas como fazer isto sabendo que ela estava ali, na casa da minha família. Sorrindo inocente para dois bebês. Sorrisos que ela lançara a muitos caras naquele clube.
Mas ela era uma boa babá. Pelo menos era o que garantia Rose e Emmett.

Embora eles me parecessem bem ausentes se tratando dos bebês. Aquilo não me surpreendia. Rose e Emmett eram assim, centrados demais em si mesmos para se dedicarem cem por cento a outras pessoas, mesmo estas pessoas sendo seus filhos.
Mas aquilo não era problema meu. Não eram meus filhos. Eu ficaria aliviado em ver Bella Swan longe da minha família. Longe de mim. Nunca mais vê-la de novo.
Mas havia uma parte de mim mesmo que não gostava daquela perspectiva. Nunca mais saber seu paradeiro. Era angustiante. Então eu estava num dilema.
E como se não bastasse ter que lidar com minha pequena obsessão pela babá dos filhos de Rose, eu ainda tinha que agüentar Tanya Denali.



Na noite anterior, ela pedira que eu a levasse para fazer compras e jantar.A minha primeira vontade era de dizer não e pedir que ela voltasse para o Alasca ou onde quer que estivesse morando agora e me esquecesse.
Mas eu estava irritado com Bella Swan. Irritado comigo mesmo por ainda me sentir assim em relação a ela. Então resolvi que talvez Tanya fosse uma boa distração.
Mas todo o tempo em que eu estivera com ela, eu apenas fingia prestar atenção no que dizia, enquanto meus pensamentos corriam sem achar uma saída na minha mente.
Era como estar de volta àqueles dias sombrios em Nova York. Primeiro eu achara que estava tudo sob controle. Com a ajuda da tal Heidi eu a reencontrara e ela voltara.
Da maneira mais chocante e perversa possível. E fora como explodir minha mente. A ponto de nada mais importar. Nem o lugar, nem o fato de estarmos numa sala cheia de gente.
Mas ela fugira de novo. E desta vez, nem Heidi fora capaz de encontrá-la.

E claro, no fim da noite, Heidi ainda se oferecera para substituí-la. Mas eu a dispensara, dizendo a mim mesmo que nunca mais colocaria os pés naquele lugar bizarro.
Mas eu voltara. Dia após dia. Apenas com a esperança de encontrar a estranha de cabelos cor de chocolate. Eu estava obcecado. E ela desaparecera feito fumaça.
E por mais que eu quisesse me enganar, nada mais fora o mesmo. Algo mudara irreversivelmente. Aparentemente a vida seguia. Trabalhos, viagens, eventuais encontros com minha família.
E só. Eu não conseguia me interessar por mais ninguém. Nem Tanya, que fora um caso que entrava e saía da minha vida por anos a fio. Nosso encontro na França provara isto. Eu simplesmente não tinha o menor interesse.

Agora eu a encontrara ali. A mascarada de cabelos cor de chocolate. E minha vida virara do avesso de novo. Isabella Swan. A doce e inocente babá.Fingindo que aquela noite não existira.
Mas existira. E estava viva nas minhas lembranças. Nos meus pesadelos. E a cada vez que eu a tinha perto de novo, sentia seu gosto de novo, eu me interessava ainda mais.
Porque eu precisava estar com ela de novo. Talvez assim eu conseguisse me livrar daquela obsessão. Mas ela apenas fugia. E me enfurecia. Colocar aquela máscara em seu quarto fora apenas uma tentativa quase infantil de chamar sua atenção, eu sabia que ela ia ficar furiosa, que viria tirar satisfação.
Que viria até mim. 
A máscara estava numa loja num antiquário, onde Tanya escolhia um presente para um amigo. E eu a comprei. Me livrar de Tanya não foi fácil, mas ela era orgulhosa e não insistira demais.
Acho que pensava que era questão de tempo até eu voltar para ela.Ela não fazia ideia do que estava acontecendo. Nem imaginava que eu dirigira rápido até em casa e, sabendo que Bella estava no quarto com os gêmeos, colocara a máscara lá.
E esperava. Ansiosamente.

Era quase felicidade aquela satisfação que eu sentira ao vê-la enfurecida jogando a máscara em mim, ainda usando o branco uniforme de babá. Deus, eu queria arrancar aquelas roupas puras e virginais dela.
Mas ela fugira de novo. E voltamos à estaca zero. E a pergunta era: qual seria o próximo passo? Continuar ou desistir?
–Edward, querido.
Voltei à realidade com minha mãe me chamando na porta do quarto.
–Não vai descer para jantar?
–Estou sem fome.
Esme sorriu.
–Rosalie disse que talvez fosse sair com Tanya.
Eu suspirei, meio irritado.
–Não, não vou. Mas podem jantar, não me esperem.
–Pelo menos desça para nos fazer companhia, nunca está me casa, sentimos sua falta.
O tom triste dela me fez sentir culpa. Eu sorri.
–Sim, eu desço mais tarde.
–Vamos esperá-lo.

Ela se afastou e eu me perguntei se Bella estaria lá embaixo também. Talvez eu devesse aproveitar que todos estavam jantando e ir ver os gêmeos. E a babá.
E então o quê? Não, eu precisava recuar. Por enquanto. Algum tempo depois eu desci e meus pais estavam na sala, assim como Rose e Emmett, com os bebês.
Nada de babás por ali.
–Olha quem apareceu! – Rose disse irônica, tentando tirar a mão curiosa de Noah de seus cabelos loiros.
Emmett sorriu, segurando Sophie, que parecia mais calma.
–Rose disse que ia sair com Tanya.
–Nada de planos com Tanya hoje. Nem sei se ela está em Chicago ainda.
–Ela está. – Rose respondeu ríspida. – Esperando um convite seu, claro.
–Meta-se com sua vida, Rosalie. – falei irritado.
–Ei, meninos, sem briga. – Carlisle pediu, pegando Noah do colo de Rose. – E então, filho, até quando pretende ficar?
–Eu não sei. – respondi evasivo.
–Podia ficar um tempo. – Esme falou esperançosa e eu sorri para ela.
–Talvez tenha sorte desta vez, mãe.
–Duvido muito que esteja falando sério. – Rosalie comentou mordaz, enquanto Emmett passava Sophie para o colo da mãe e ia se servir de bebida. – Não dou uma semana para ter desaparecido de novo.
–Até parece que quer se ver livre de mim, Rose. - falei irônico.

Rosalie não parecia em seu melhor humor hoje. Talvez tivesse a ver com as revelações que eu fizera sobre Bella. Provavelmente me queria longe dali para que não corresse o risco de eu contar a Emmett quem era sua querida babá.
–Estou apenas falando uma verdade. – ela disse com um sorriso sem humor e soltou uma imprecação quando a neném no seu colo começou a puxar seu colar. – Sophie, pare com isto, vai estragar!
–Cadê suas babás? – indaguei, como quem não quer nada.
–Estão de folga. – Rose respondeu, conseguindo por fim arrancar o colar das mãos da menina que começou a chorar.
–Elas saíram? – continuei casualmente, enquanto Emmett se aproximava e pegava Sophie de Rosalie.
–Claro que sim, são universitárias. Devem ter encontros, estas coisas. – Emmett respondeu.

“Encontros”?
Será que Bella fora a algum encontro? Minha mente começou a trabalhar rápido em várias possibilidades. Todas me deixando com um sentimento bem ruim. Bem parecido com ciúmes.
–Sophie, pare de chorar, querida. – Emmett pediu, sacudindo a menina, sem sucesso. – Quer ir no colo do tio Edward? Ele é bom com garotas...
Eu ri enquanto Emmett se aproximava, mas antes que ele colocasse a menina no meu colo, Rosalie exclamou:
–Não!
Nós paramos e a encaramos, surpresos. Rosalie parecia pálida.
–Que foi Rose? – Em indagou. - Está maluca?
–Acho que Edward não está a fim de segurar um bebê chorando. – disse.
Emmett fez um gesto de descaso e colocou Sophie no meu colo.
–Tio também tem obrigações e Edward precisa aproveitar o tempo com os gêmeos antes de ir embora.
Eu peguei Sophie meio desajeitadamente e ela parou de chorar, enquanto me encarava com os olhos castanhos. Era uma criança bonita. Ela tinha um cheiro gostoso de bebê e me encarava, curiosa. Eu sequei seu rosto com os dedos e ela o segurou. Eu sorri.
–Ela gosta de você. – Emmett riu. -Todas as mulheres gostam...
–Tem jeito com bebês, filho. – Esme comentou. – Vai ser um bom pai um dia...

–Já chega! – do nada, Rosalie se aproximou e retirou Sophie do meu colo bruscamente.
–Podia deixá-la aqui, Rosalie. – falei irritado.
Estava mesmo gostando de ficar com a criança no colo.
–Ela está com sono, por isto está chorando. Vou colocá-los para dormir. – disse. – Em, traga Noah também.
–Mas ainda está cedo, deixe-os aqui.
–Não! São bebês e precisam dormir. – insistiu e Emmett deu de ombros e pegou o bebê, a seguindo.
Emmett deu de ombros, mas pegou Noah e os dois desapareceram escada acima.
–Rose está maia chata que o normal hoje. – comentei.
–Sabe como ela é, na verdade não leva jeito pra cuidar destes bebês sozinha. – Carlisle disse.
–Sim, mas pelo menos ela tem as meninas para ajudá-la. – Esme completou.
–Você quer dizer a Bella. – Carlisle continuou. – Bella é quem fica com quase todo o trabalho.
Eu me mexi, incomodado.
–Como sabem que esta Bella é tão boa assim?
–Ora, ela está aqui desde que os bebês nasceram, as outras duas há pouco tempo, foram contratadas apenas para que a coitada tivesse um tempo de folga.
–Bella é uma ótima babá. Rose tem sorte.
–Bom, vamos dormir.

Carlisle e Esme se afastaram e eu fiquei sozinho na sala. Sentei ao piano, tocando músicas tristes. Pensando em Bella. Quem seria a verdadeira Isabella Swan?
Talvez eu nunca descobrisse. Não sei quanto tempo fiquei ali, apenas tocando. Até que me dei conta do que estava esperando. Eu estava esperando Bella voltar.
O quão patético eu podia ser? Provavelmente ela estaria se divertindo, em algum encontro. Com algum cara. Ou mais de um.
Irritado, fechei o piano com força e me levantei.Amanhã eu teria que decidir o que fazer. Emmett pedira que eu ficasse e o ajudasse, já que Jasper voltaria apenas daqui um mês de lua de mel.
Era tentador ficar ali, rondando Bella... Mas ao mesmo tempo uma tortura.

Estava passando no corredor quando ouvi um choro de bebê em frente ao quarto dos gêmeos. Abri a porta e o quarto estava vazio, nada de Rose ou Emmett por ali, que já deviam ter ido dormir.
Um dos bebês ainda chorava. Me aproximei do berço e Noah agitava os bracinhos, o rosto vermelho de chorar. Eu nunca tinha convivido com bebês, mas me pareceu natural estender os braços e pegá-lo, aconchegando-o junto ao peito.
–Shi... não precisa chorar. – murmurei, me perguntando se deveria ir chamar Rosalie. Mas o bebê foi se acalmando, até estar adormecido de novo. É, talvez eu tivesse jeito com bebês mesmo, pensei sorrindo.
Me perguntei se um dia eu teria filhos. Nunca tinha pensado naquela possibilidade. Talvez porque nunca tivesse encontrado ninguém com quem quisesse passar o resto da vida...
De repente a porta se abriu e eu vi Bella Swan, ainda toda arrumada, me encarando com o rosto pálido.



** Pov Bella **

Eu deveria saber que aquela noite acabaria mal. Para começar, a minha vontade de sair era quase nenhuma.Mesmo assim, ainda era melhor do que ficar na casa dos Cullens perigando topar com Edward pelas escadas.
Jessica e Angela estavam super animadas e eu tentei aparentar também, mas era difícil.E eu desconfiava seriamente dos interesses de Mike Newton. Aquilo só podia ser problema. Sair de uma confusão e entrar em outra.
E eu já estava pensando numa boa desculpa para não ir, quando Rosalie entrou no quarto dos bebês naquela tarde.
–Olá. – ela sorriu e me estendeu uma sacola.
–O que é isto?
–Presente? – eu peguei a sacola de sua mão.
–Sim, você merece.
–Não, Rosalie não posso aceitar...
–Claro que pode! – ela pegou a sacola e tirou de lá um vestido preto. – Olha, não sou a Alice, mas acho que vai ficar perfeito em você. É para usar hoje à noite e impressionar o Mike.
–Eu já falei que não estou interessada no Mike.
–Mas pode ficar, ele é bonitinho, e rico e está caído por você!
–Jéssica está a fim dele.
–E daí? Se ele não quer ficar com ela de nada vai adiantar.
–Jess é minha amiga, Rose. Não ia fazer isto com ela.
–Pois se fosse o contrário, certeza de que ela faria isto com você!
–Não, não vou encorajar Mike...
–Não seja boba! Tem que aproveitar as oportunidades! Enfim, pelo menos vai usar este vestido, arrumar o cabelo, fazer uma maquiagem legal e se divertir!
–Eu não sei se quero ir... os bebês...
–Eles ficarão bem.
–Ainda acho...
–Acha nada, Bella! Vai se arrumar, vai. Jessica e Angela já estão se arrumando. Eu assumo por aqui.
Eu suspirei, me dando por vencida e fui me arrumar.

Da onde eu tiraria ânimo e animação era um mistério, mesmo assim, eu coloquei o vestido e tentei parecer animada enquanto Angela me maquiava. Mas como eu imaginava, a noite não foi nem um pouco boa. Não para mim, pelo menos.
Mike Newton parecera animado demais ao me ver e não parava de me elogiar. E obviamente Jessica percebeu e fechou a cara. Eu tentei beber para me soltar, ou ao menos não me sentir mal, mas apenas fiquei tonta e enjoada.
E para completar, uma hora que Mike se afastou para buscar mais bebida, Jessica me abordou furiosa.
–Vai mesmo passar a perna em mim, Bella?
–Ei, Jess, pára com isto! – Angela pediu.
–Você não está percebendo, Angela? Mike está afim da Bella!
–Mas eu não estou a fim dele! – exclamei.
–Então fala isto pra ele!
–Eu não estou encorajando o Mike, Jéssica.
–Eu só sei que você está estragando a minha noite que deveria ser perfeita!
–Certo, tem razão. Eu vou embora.
–Não, Bella, não dê ouvidos para a Jess...
–Isto, melhor ir mesmo! Assim talvez Mike preste atenção em mim.
–Não se preocupe, eu já estou me sentindo meio mal mesmo.
–Quer que eu vá com você? – Angela perguntou, mas eu disse para ela ficar.

Eu queria apenas sair dali e ficar sozinha. E quando cheguei em casa, ainda me sentindo meio tonta, tudo o que eu queria era deitar e dormir. Mas antes tinha que passar no quarto dos bebês e ver se estava tudo bem.
Eu só não esperava dar de cara com Edward Cullen ali. E segurando Noah entre os braços. Por um momento, eu tive certeza que iria desmaiar. Ver Edward, quando tudo o que eu queria era paz, já seria problema.
Mas vê-lo com um dos bebês era simplesmente um pesadelo.Eu vinha tentando ignorar o fato de que eu estava vivendo uma farsa sem tamanho naquela casa, com Rosalie criando os bebês como seus filhos, enquanto eu ficava apenas de expectadora.
Mas desde que Edward aparecera, eu tentava não lembrar que havia uma farsa ainda maior, porque ele era o pai daqueles bebês. E nunca saberia.
O fato de Edward ser o pai de Noah e Sophie seria para sempre um segredo. Eles seriam sempre os filhos de Rosalie e Emmett. Seus sobrinhos.
Mas vê-lo assim, com um dos bebês no colo, fazia uma dor incômoda apertar meu peito. Uma mistura de culpa e pesar.

Culpa porque seria impossível agora ele saber de toda verdade. Pesar por tudo o que poderia ter sido diferente, se eu o conhecesse quando soube que estava grávida.
Mas eu não o conhecia. E agora, que eu finalmente sabia seu nome, era tarde demais.
–O que está fazendo aqui? – indaguei finalmente, tentando manter a compostura.
–Ouvi o bebê chorando. – ele respondeu simplesmente.
Eu dei um passo à frente, estendendo os braços.
–Deixe que eu cuido dele.
–Não. – Edward se afastou. – Ele já dormiu. – falou, o colocando no berço, e então se virou, me medindo.
Senti meu rosto vermelho.
–A noite estava boa? – sua voz era cheia de ironia.
–Não é da sua conta. – respondi, passando a mão na testa e tentando ignorar aquela tontura.
–Não é mesmo... Mas fico curioso, teve um encontro?
Eu respirei fundo, começando a me irritar.
Mas a última coisa que gostaria naquele momento era brigar com Edward Cullen.
–Olha, sei que adora ser desagradável comigo, mas não estou nem um pouco disposta a ficar ouvindo seus insultos ridículos agora, com licença...

E dando meia volta, eu me afastei, indo para meu próprio quarto. Mas a sorte não estava comigo hoje e eu tropecei quando abri a porta. No mesmo instante uma mão segurou meu braço.
–Parece que é minha sina segurá-la para não cair. – disse, mais perto do que seria seguro.
Eu puxei meu braço.
–Por que ainda está aqui...? – indaguei, me sentando na beira da cama, antes que caísse na frente dele.
–Você parece bêbada. – havia uma certa reprovação na sua voz, mas eu apenas ri.
–Ah, claro... o perfeito Edward nunca deve ter ficado bêbado... – murmurei, tentando abrir as tiras da sandália, mas me atrapalhando.
De repente Edward se abaixou e retirou minhas mãos, abrindo ele mesmo.
–Não, não faça isto... eu posso...
–Fique quieta, Bella. - ele pediu, pegando meu outro pé. – Estou tentando apenas ajudá-la e não me aproveitar de você.
–Já se aproveitou de mim. – murmurei, fascinada com os tons claros do seu cabelo, sob aquele ângulo. Me dava vontade de acariciá-los.
Ele sorriu, me encarando.

Deus, ele tinha um sorriso tão lindo. Eu sentia o efeito na boca do estômago.
–Mas da segunda vez você se aproveitou de mim, se bem me lembro... – e então ele estava perto. Perto demais. Perfeito de mais. E eu senti o efeito no meu baixo ventre e fechei os olhos, me afastando para trás, mas só havia a cama atrás de mim e ele veio junto comigo, se inclinando sobre mim.
Eu comecei a sentir dificuldade de respirar. A tontura se intensificando, mas agora era totalmente por causa dele. Do que ele me fazia sentir. Fraca e quente.
Eu queria erguer os braços e empurrá-lo. Mas não tinha forças. Abri os olhos, tentando manter um resquício de sanidade antes que fosse tarde demais.
–Por favor...
–Por favor o quê? – sua voz era como uma carícia dentro do meu ouvido. – Eu estou louco para me aproveitar de você, Isabella Swan...
–Não... – sussurrei, estremecendo ao sentir seus dentes mordiscando de leve a minha orelha e depois escorregando por meu pescoço, me arrepiando da cabeça aos pés.
Oh deus, eu estava me perdendo facilmente...
–Sim. – ele insistiu e eu fechei os olhos de novo, lutando para respirar, sentindo seus beijos em meu ombro, suas mãos deslizando por cima do vestido, apertando meus seios e gemi.

Eu queria que ele arrancasse minhas roupas. Queria que ele arrancasse as próprias roupas. Queria senti-lo dentro de mim. Muitas vezes. Por que tinha que ser errado? Por quê?
Respirei fundo, tentando ignorar o desejo crescendo dentro de mim. Seus lábios pairaram sobre os meus, nossas respirações se misturando. Afastei a cabeça para o lado.
–Não, não me beija... – eu sabia que estaria perdida de vez se ele me beijasse.
–Não? Estou cansando de ouvir não vindo de sua boca...
Mas de repente ele já não estava em cima de mim e eu abri os olhos sentindo falta do seu bem vindo peso. E ele estava ajoelhado na minha frente, e antes que eu pudesse adivinhar suas intenções, suas mãos estavam debaixo do meu vestido e puxava para baixo minha calcinha.
Meu cérebro gritou.
–Não...
Mas cada célula do meu corpo gritava... Sim...
–Sim... – Edward murmurou, afastando minhas pernas.
E então eu senti sua respiração em mim. Antes de seus lábios finalmente me beijarem. Intimamente. Perversamente. E eu perdi o prumo.
O choque se misturando com o prazer, fazendo meu interior se contorcer. E eu joguei minha cabeça para trás, fechando os olhos e gemendo, perdida naquelas sensações, dos seus lábios em mim. De sua língua me mim.

–Sim... – finalmente murmurei.
E ele continuou. Me explorando. Me torturando. O desejo crescia e se expandia, começando onde ele me tocava e se espalhando como fogo por cada poro do meu corpo.
Todos os meus sentidos concentrados em tirar o máximo proveito daquilo. Eu podia ver arco-íris em meus olhos fechados... Ah, era tão bom, tão perfeito, tão perto...
E então ele parou. Eu soltei um lamento baixo, abrindo os olhos. E despenquei na realidade ao ver Edward em pé na frente da cama me olhando calmamente.
–Eu podia ter você agora, mas não me aproveito de mulheres bêbadas.
–Você... seu... – eu nem conseguia falar, tamanha minha vergonha, tamanha minha fúria! – Sai daqui...
–Boa noite, Bella.
Ele saiu do quarto fechando a porta atrás de si e eu fiquei ali. Me consumindo de ódio. E de frustração. E de vergonha. Mas que diabos tinha Edward Cullen para fazer aquelas coisas comigo?
Me arrastando para fora da cama, eu me pus de pé. Queria tomar um banho e tirar qualquer resquício de Edward Cullen do meu corpo. Difícil seria tirar da minha mente.
Mas antes que eu me movesse, a porta do quarto se abriu e Jessica e Angela apareceram.
–Olá! Ainda acordada? – Angela perguntou.
Eu dei de ombros.
–Estava indo tomar banho. – respondi. Ainda bem que Edward tinha parado, pensei.
Jessica se jogou na cama, com a cara fechada. 
Angela rolou os olhos.
–Acho que ela levou um fora.
Eu suspirei.
Bom, não estava a fim de lidar com as frustrações de Jessica agora. Já bastavam as minhas.
–Eu vou pro chuveiro. – murmurei e me afastei. Eu só queria tomar um banho e dormir. Amanhã eu pensaria nos meus problemas.

**continua**


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