27 setembro 2012

FanFic: Forget Me Not - Capitulo 25




Forget Me Not

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, Mistério, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**


**Pov Bella**

Assim que Edward e Jacob saíram, eu peguei o telefone e liguei para Charlie.
–Pai, é a Bella.
–Bella... oi... – ele parecia sem saber o que dizer e eu tive vontade de rir.
–O Jacob acabou de sair daqui.
–Ah é?
–Ele me disse que o senhor pediu que ele viesse.
–Bem... não foi bem assim, eu apenas sugeri...
–Pai, está tudo bem, eu entendo que esteja preocupado. Só acho que podia ter vindo o senhor mesmo.
–Achei que estivesse brava comigo, pelas coisas que eu disse...
–Eu fiquei triste, porque eu precisava do seu apoio, mas eu entendo que foi demais saber de tudo assim...
– Sim, foi demais. Eu fiquei furioso com você e fiquei também preocupado demais, Bella. Toda esta situação, além de tudo que aprontou, ainda ter que lutar por estes dois bebês... Não era algo que eu almejei pra você.
–Eu sei, pai, sinto muito mesmo te decepcionar.
–Mas agora é tarde para chorar sobre o leite derramado, não é? Temos que resolver a questão dos seus filhos, o que está acontecendo aí?
–Ah, pai, tudo vai ficar bem. Edward está cuidando de tudo.
–O tal Edward vai mesmo cuidar de você e dos bebês então?
–Sim, nós... vamos nos casar.
–Casar? E você me diz assim? E este Edward te pede em casamento e nem fala com seu pai...
–Pai, não exagera, dada as circunstâncias é o melhor que podemos fazer agora, não é uma situação comum.
–Claro, claro, tem razão... Mas acha que isto será suficiente, que vão deixar os bebês com vocês?
–Eu espero que sim. A família de Edward é contra, claro. Mas estamos dispostos a ir até o fim.
–Eu não gosto muito disto... De você aí sozinha...
–Não estou sozinha.
–Devia ter te trazido pra Forks. Aqui é seu lugar.
–Existe uma parte de mim que também gostaria de estar aí, mas estou com Edward agora. Nós dois estamos aqui pelos bebês.
–Bom, espero que dê tudo certo então, mas se mudar de ideia, ainda tem uma casa. Você e os bebês.
–Obrigada, pai. O senhor poderia mesmo ter vindo... conhecer os bebês.
–É, talvez eu faça isto em breve...

Nós conversamos ainda mais algum tempo e depois eu desliguei.
Já estava saindo da sala para ver os bebês no quarto quando o telefone tocou novamente, eu sorri ao atender, imaginando ser Charlie.
–Alô...
Ninguém respondeu do outro lado da linha.
–Pai? – mas então ouvi apenas uma respiração.
Senti um calafrio.
–Alô, quem está falando? – insisti.
E nada.
Desliguei, respirando rápido, o coração aos pulos.
Que diabos era aquilo agora?
O interfone tocou em seguida e eu quase gritei de susto.
–Senhora, tem um entregador aqui...
–Entregador? Eu não pedi nada.
–É de uma loja de coisas de bebês...
Eu bufei. Só podia ser coisa de Alice.
–Tudo bem, pode subir.
Dali alguns minutos, a sala estava cheia de sacolas e caixas de presentes.
–A senhora pode assinar aqui? – disse um dos carregadores.
Eu assinei.

Ele me deu um envelope e saiu.
Eu abri o envelope, achando ser algum recado engraçadinho de Alice, mas não era.
Isabella e Edward.
Espero que apreciem meus presentes.
E que possam jantar comigo hoje à noite.
Tragam os lindos bambinos... Noah e Sophie, não é?
Belos nomes.
Aro Volturi.
Eu senti uma vertigem e vontade de vomitar.
Será que era Aro que estava ligando pra mim?
Um medo frio traspassou minha espinha.
Quando Edward entrou no apartamento eu ainda tremia.

–O que foi isto aqui? Não me diga que Alice apareceu de novo...
–Não foi de Alice... – murmurei e lhe entreguei o bilhete.
Edward soltou um palavrão ao ler.
–Ele esteve aqui?
–Não, ele... foi um entregador... que dizer... ele esteve aqui, mas...
–Aro Volturi esteve aqui? Quando?
–Ontem.
–E por que não me disse nada, Bella?
–Eu ia dizer, mas quando chegou eu já estava dormindo...
–E o que ele queria? Não devia nem ter deixado este crápula entrar aqui... – Edward parecia realmente nervoso.
–Ele estava com a sua irmã Alice.
–Eu vou matar Alice.
–Ela parece gostar bastante dele, enfim... Ele disse que queria falar com você.
–E o que mais?

–Ele disse que... sabia quem eu era... mas que era um homem discreto...
–Como é que ele sabia sobre isto?
–Aquela moça que estava com ele, a tal Renata, ela me reconheceu. Eu tive contato com ela no... clube.
Edward passou a mão pelos cabelos, nervoso.
–Não deve se preocupar com este cara.
Ele começou a se movimentar pela sala e pegar as sacolas e pacotes.
–O que vai fazer?
–Vou me livrar disto tudo.
Antes que eu pudesse perguntar se queria dizer que ia jogar tudo fora, ouvi um choro no quarto dos bebês e fui pra lá.
Edward apareceu algum tempo depois.
Parecia mais calmo, mas ainda tenso.
–Eles estão bem? – perguntou, se aproximando do sofá onde eu estava sentada com os bebês.
–Sim...
–Aro chegou perto deles?
–Claro que não!
–Ele não virá mais aqui, fique tranqüila.

Eu mordi os lábios.
–Ele me disse que estava interessado em você, que seria uma ótima aquisição para os Volturi.
–Ele está obcecado com a ideia de que devo trabalhar pra ele.
–E você não iria? Quer dizer, com todos estes problemas com sua família...
–As coisas estão tensas sim, mas não chegarei ao ponto de aceitar trabalhar com os Volturi.
–Por que não?
–Não concordo com os métodos deles, Bella.
–Mas Aro não parece disposto a aceitar um não.
–Vai ter que se contentar. – ele se levantou, olhando o relógio. - Eu vou tomar um banho.

Ele se afastou e eu me perguntei se deveria ter contado a ele sobre as desconfianças de James.
Que no final das contas podiam ser apenas bobagens.
Coloquei os bebês no berço e fui pra cozinha, preparar a mamadeira que eles pediriam mais tarde.
Ao passar pela sala, vi que todos os presentes de Aro Volturi tinha desaparecido e senti alívio.
De repente o telefone tocou.
Senti um arrepio na espinha e pensei e não atender.
Mas atendi. E de novo estava mudo.

–Alô? Alô?
Irritada eu desliguei, batendo o fone no gancho.
Mas que inferno!
Quem será que estava fazendo aquilo?
De novo as coisas que James falou voltaram à minha mente e estremeci de horror.
Eu ainda tremia quando entrei no quarto e Edward estava se trocando.
Ele me fitou e franziu a testa
–Algum problema?
–É a segunda vez que ligam aqui e não dizem nada.
–Como assim?
–Ligaram hoje à tarde e eu apenas escutava uma respiração, então desliguei e agora de novo...
–Será que a linha está com algum problema?
Eu sacudi a cabeça negativamente.
–Não, alguém está ligando aqui e fazendo isto deliberadamente... – murmurei angustiada.
–Bella, acalme-se. – Edward tocou meu cabelo. – Você está assustada...
–Acha que eu não tenho motivo?
–Pode ser alguém com problema no telefone...
–Não! Alguém está querendo me assustar e está conseguindo! E se for este Aro?

Edward riu.
–Por que ele iria ficar ligando aqui, Bella?
Eu respirei fundo. Sabia que Edward estava achando que eu era absurda, mas eu tinha minhas razões para estar realmente com medo.
–James me ligou aqui.
–James? Que James?
–O namorado da Victoria... lembra?
Edward ficou sério.
–Por que ele te ligou?
Então eu contei tudo o que ele tinha me dito.
–Isto é absurdo, Bella. A sua amiga Victoria morreu de overdose
–Mas James está certo de que Aro tem alguma coisa a ver com isto, como alguma forma de retaliação por eles terem espionado o clube...
–Aro é um empresário sem escrúpulo, mas assassino? Os Volturi não são da máfia, Bella.
–Mas é como se fosse! Você mesmo os detesta! E ele me dá arrepios! O jeito que está te cercando pra trabalhar com ele...
–Sim, é apenas isto que ele quer.
–Mas e se ele sabe que eu estava lá...
–Não tem como ele saber que tem algo a ver com a Victoria.
–Eu não sei...
Edward segurou meus ombros.

–Não precisa ter medo. James é um drogado maluco, com certeza inventou isto pra te deixar amedrontada. Aro é um cara sem caráter, mas não vai fazer nada contra você.
Edward falava tão sério que eu quis muito acreditar nele.
–Tudo bem, talvez eu esteja sendo paranóica. – tentei rir e me afastei, dando de ombros.
Ele terminou de abotoar a camisa.
Eu percebi que ele estava arrumado demais pra ficar em casa.
–Aonde vai?
–Jantar com Aro Volturi.
–Mas eu pensei...
–Agora mais do que nunca eu preciso dizer pra este cara nos deixar em paz.
–Acho que eu tenho medo dele, Edward...
–Você não precisa ter medo.
–Talvez eu devesse aceitar a ideia do meu pai e ir pra Forks...
–Não! Nem você e nem os bebês vão a lugar algum.
–Mas...
Seus dedos tocaram meu rosto.
–Nada vai acontecer, Bella. Eu entendo que esteja assustada. Mas eu não vou deixar nada de mal acontecer a você, Noah e Sophie.
Eu assenti, querendo desesperadamente acreditar nele.
–Tudo bem, vou amamentar os bebês.
–Eu preciso apenas dar umas ligações e já vou te ajudar.
–Certo.

Eu saí do quarto, ainda me perguntando se era seguro ficar ali.
Eu não fazia a mínima ideia do que Aro Volturi era capaz.
Podia ser tudo paranóia da minha cabeça, mas eu estava realmente com medo.
Fiz as mamadeiras e voltei para o quarto dos bebês. Edward estava lá, falando ao telefone e desligou quando eu entrei.
Ele retirou uma das mamadeiras da minha mão e pegou Noah.
Eu me ocupei com Sophie.
–Vai mesmo jantar com Aro Volturi? – indaguei incerta quando terminamos e os gêmeos adormeceram.
–Sim, é preciso. – disse quando saímos do quarto.
A campainha tocou e eu estranhei.
Edward abriu a porta e eu vi dois homens desconhecidos.
–Edward trocou algumas palavras com eles e fechou a porta.
–Quem são estes?
–Seguranças.
Eu arregalei os olhos.
–Acha que isto é preciso?
–Eu não sei. Mas você está com medo e quero que se sinta segura.
–Bom, talvez isto seja um exagero.
–É melhor nos certificarmos que ficarão em segurança. Não saia do apartamento, ok? Eu não volto tarde.
–Ainda acho que não deveria ir se encontrar com este cara.
–Eu preciso ir sim.
Ele se aproximou e me beijou.
Eu segurei em sua camisa, aspirando e com vontade de não soltá-lo.
–Qualquer coisa me liga. Eu deixei instrução pra ninguém subir. Nem minha família.
–Tudo bem.

Ele se foi e eu me perguntei por que as coisas nunca eram simples entre nós?
Porque não podíamos ser como qualquer casal que aproveitava a noite sozinhos depois dos filhos dormirem?
Como se não bastasse todo o problema com os Cullens e a guarda incerta dos gêmeos, agora tínhamos Aro Volturi a nossa volta.
Realmente não era justo.


**Pov Edward**


Eu encontrei Aro no elegante restaurante do hotel caro onde estava hospedado.
Ele estava na companhia da tal Renata e sorriu ao me ver.
–Edward, que bom que veio! – disse. - Mas onde está Isabella? Disse que podia trazer os lindos bambinos também...
–Por favor, não fale dos meus filhos. Você nunca vai chegar perto deles. – falei rispidamente.
Eu não estava ali para confraternizar com Aro Volturi.
Estava ali para acabar com qualquer relação que tivéssemos com ele de uma vez por todas.
Aro não tirou o sorriso do rosto, embora pudesse sentir uma certa tensão agora.
–Então é um pai protetor? Quem diria! Ainda mais sendo pai a apenas... quanto tempo? Algumas semanas? Eles eram seus sobrinhos antes, não eram?
–Isto não é da sua conta.
–Realmente não é, mas não posso negar que é uma história interessante... Isabella é realmente cheia de surpresas, não é?
–Deixe Bella fora de nossa conversa.
–É ciumento também? Bom, não posso culpá-lo, ela é realmente uma moça bonita, não me admira que quisesse reencontrá-la...
–Já chega. – eu o parei. – Eu só estou aqui para dizer que não é mais para ir à minha casa, muito menos que ligue para lá, ou que perturbe a Bella.
–Mas do que está falando? Eu estive em sua casa com sua irmã Alice.
–Também vai ficar longe de Alice. Eu sei o que está fazendo, mas não vai adiantar nada. Eu não vou deixar minha família e trabalhar para você.
–Ora, Edward, não seja precipitado. Eu sei que as coisas não estão nada bem entre vocês...
–Você não sabe de nada...
–Mas claro que eu sei. Sua linda irmã é bem falante, deve saber...
–Sim, infelizmente eu sei. Mas ela não vai mais te falar nada. Você vai ficar longe dela, longe da minha família.
–Eu acho que está havendo algum equívoco aqui, Edward. Sim, eu nunca fiz segredo do meu interesse em você, mas aprecio muito sua família. Não tem porquê não sermos amigos, Alice me convidou para o aniversário dela amanhã, o que devo levar de presente?

–Você não vai nesta festa.
Aro levantou a sobrancelha.
–Mas eu fui convidado.
–Estou desconvidando agora.
A voz veio do lado da mesa e eu levantei o olhar ao ver Jasper se aproximando.
Jasper estar ali não era surpresa.
Assim que Bella me contara toda aquela história eu ligara para ele, porque precisava alertá-lo. Somente Jasper iria parar Alice neste caso.
–Você acha mesmo que esta história da amiga da Bella é verdade? – perguntara.
–Eu não sei... Mas não posso arriscar. Aro é perigoso. Eu já pedi para investigarem melhor a morte de Victoria. Vamos ver se descobrimos algo, mas mande Alice ficar longe. Ela não tem noção do que está se envolvendo.
–Pode deixar.
E então ele dissera que iria comigo se encontrar com Aro.
Mas ver Em ali me surpreendeu.
Os dois se sentaram.
–Ora, ora, a família reunida. – Aro falou com seu sorrido irônico. – Que bonito.
–O senhor pode guardar seus elogios. – Emmett falou. – Não precisamos deles.
Aro nos encarou, não mais sorrindo.
–Bom, então o que estão fazendo aqui? Tenho certeza que Edward pode dizer não a mim sozinho, sem precisar dos irmãos...
–Ele pode sim. – Jasper falou seriamente. - Mas estamos aqui pra reforçar. Ele não vai nos deixar e nem vai trabalhar pra você. Não importa que tipo de problema nossa família esteja passando. Ainda somos uma família.
–Sim, admiro a lealdade familiar... também pensa do mesmo jeito, Emmett Cullen? – Aro indagou. - Depois do que aconteceu com sua esposa, seu próprio irmão roubando seus filhos.
–Isto não é da sua conta. – Emmett falou bruscamente. – Edward nos contou que tipo de gentinha você é, e fique sabendo que se chegar perto dos gêmeos eu mesmo vou quebrar seus dois braços...
–Emmett. – Jasper lançou-lhe um olhar de alerta.
–Eu não tenho medo dele! Ele pode amedrontar os tais lá de Nova York, mas...
–Espere, do que estão falando? – Aro nos encarou.
Eu respirei fundo.

–De uma moça chamada Victoria. Que freqüentava seu clube. Que colocou câmeras lá e tentou extorquir dinheiro. E que morreu há alguns meses, aparentemente de overdose.
Aro soltou uma gargalhada.
–Estão achando que tenho algo com ver com a morte desta tal... Victoria?
–E não tem? – Jasper indagou.
–Estão vendo filmes de máfia demais, são garotos com muita imaginação... Não, não tenho nada a ver com isto.
–O namorado dela acha que sim.
–Não faço ideia de quem seja este tal namorado. Sim, eu me lembro vagamente de um caso de uma das garotas que tentou nos extorquir. Mas foi fácil conseguir as câmeras que eles tinham. Obviamente eu prezo pela discrição, como deve saber. Não iria deixar uma garota daquelas prejudicar qualquer um dos meus amigos. Mas se eu quisesse fazer algo contra eles já teria feito naquela época, não acham? Eles não eram nada. A partir do momento que não tinham mais nada para me prejudicar.
Eu troquei olhares com meus irmãos.
E percebia que eles estavam se perguntando o mesmo que eu.
Se devíamos confirmar em Aro Volturi.
Bom, mas o que poderíamos fazer?
Não havia prova nenhuma.
E havia certa razão no que ele dizia.

–Bom, já que resolvemos esta questão, podemos pedir o jantar? Devo deduzir que vocês irão nos acompanhar?
–Não. – eu me levantei, seguido de Emmett e Jasper. - Eu não vou jantar com você.
–É uma pena, eu realmente apreciaria...
–Mas este cara é bem cara de pau... escuta, nós não somos amigos, e é bom que esteja falando a verdade e que fique longe de nossa família.
–Acho que está havendo um exagero aqui...
–Vamos. – eu saí andando, deixando Aro falando sozinho.
Eu respirei fundo quando estávamos na rua.
–Acha que ele está falando a verdade? – Jasper perguntou.
–Pode ser que sim. Ele é um empresário inescrupuloso, mas acho que não ia se sujar apenas pra apagar uma garota como Victoria.
–Mas ele pode ser perigoso ainda, acho que provocamos ele hoje
–Ele que se meta com a gente. Posso quebrar a cara dele de várias maneiras. – Emmett exclamou e eu ri.
–Não imaginava ver você aqui.
–Você é meu irmão. E este cara está mexendo com a nossa família.
–Obrigado. – respondi, realmente me sentindo grato. – Fico feliz em saber que está aqui por Noah e Sophie também.
–Eles ainda são Cullens. – Emmett respondeu seriamente. – Independentemente de qualquer coisa.
–Bom, e eu vou pra casa, preciso ter uma conversa seria com Alice.
–Eu não me lembrava que amanhã era aniversário dela.
–É sim, nós nos mudamos, não sei se sabe.
–Não estava sabendo.
–Era só pra ser na próxima semana, mas sabe como é Alice, queria que a festa fosse na casa nova e tanto fez que conseguiu. Você está convidado, claro.
–Eu não sei...
–Deve ir. – Emmett falou. – É a festa de Alice.
–Tudo bem, verei com a Bella.

Quando eu cheguei em casa, vi a televisão ligada, mas Bella dormia no sofá. Eu sorri comigo mesmo ao me aproximar e retirar o cabelo do seu rosto.
Ela abriu os olhos sonolentos.
–Eu dormi aqui de novo. – murmurou e eu me inclinei para beijar sua testa.
–Dormiu.
Ela se sentou, alerta.
–Como foi o jantar?
–Tenso... na verdade não foi bem um jantar, na verdade eu só esclareci alguns pontos com Aro e saí de lá... o que me lembra que não comi.
–Tudo bem, eu esquento algo pra você. – falou se levantando e eu a segui.
–Mas espera, você disse nós?
–Sim, Jasper e Emmett estavam comigo.
Ela arregalou os olhos.
–Emmett?
–Sim, foi uma surpresa pra mim também.
E então eu contei a ela tudo o que tinha acontecido, enquanto comia.
–Devemos acreditar em Aro? – ela indagou no final.
–Eu pedi uma investigação de novo... Mas, bom, talvez devamos acreditar sim. Ele tem razão em algumas coisas que diz. Victoria não era nada pra ele depois que ele conseguiu as gravações.
–Sim, isto é verdade. E pelo menos espero que seja.
–O telefone tocou?
–Tocou, mas eu não atendi.
–Fez bem.
–Ai meu celular tocou e era sua irmã Alice perguntando por que eu não atendia o telefone.
–Aposto que ela ligou pra nos convidar pra festa dela.
–Sim, era isto mesmo.
–Tudo bem pra você se nós formos?

Bella mordeu os lábios, insegura.
–Não quero que nossa presença cause mal-estar, principalmente pra Rose e Emmett.
–Eu também receio por isto. Mas, temos que tentar; Nós já deixamos claro que queremos os gêmeos aqui, somos os pais deles. Eles terão que aceitar.
–Sim, acho que tem razão... – ela ainda não parecia muito certa.
E eu a puxei para meu colo.
Era bom simplesmente tê-la ali.
–Tudo vai ficar bem, Bella.
–Eu quero que fique... Eu realmente me preocupo com Rosalie, eu a vi quando estávamos indo embora... ela parecia muito mal.
–Eu me preocupo com ela também. Ela é minha irmã. Dói em mim tudo isto. Mas Rosalie está colhendo o que plantou. Ela sofre agora, mas terá que se acostumar que os bebês são nossos. Sempre foram.
–Eu sei... mesmo assim... eu os imagino sendo tirados de mim... eu entendo o que ela pode estar sofrendo.
–Ela não tem os mesmos sentimentos que você pelos bebês. Não digo que ela não goste deles, mas você sempre foi a mãe, Bella. Rose queria os bebês por motivos errados. Ela tem que aceitar isto, pelo bem de todos. – eu acariciei seu rosto – E ninguém vai tirá-los de você, isto eu prometo.
Ela sorriu.

E eu pensei que não havia nada mais perfeito naquele momento.
E quis beijá-la.
E foi o que eu fiz, a trazendo para mais perto, sentindo o gosto de sua boca, seu cheiro de frésias despertando a vontade repentina de estar dentro dela.
Eu gemi em seus lábios.
–Vamos pra cama. – murmurei.
E não esperei resposta, a pegando no colo e a levando para o quarto.
E quando muito tempo depois, quando ela dormiu, eu me levantei e fui ver os bebês.
Eles também dormiam tranqüilamente.
E estava saindo do quarto quando o telefone tocou.
Eu atendi, com um leve pressentimento.
E como Bella descrevera, ninguém falou nada.
Mas eu sabia, bem lá no fundo, que só podia ser uma pessoa.
–Rose, eu sei que é você.
Nada. Apenas uma respiração e depois desligaram.
Eu passei os dedos pelos cabelos, frustrado e triste cm aquela situação.
Talvez Bella tivesse razão em se preocupar com Rosalie.
Não eram normais suas atitudes.
Eu teria que conversar com Emmett e eu meus pais sobre isto.
Eles precisavam entender que Rosalie precisava de tratamento. Antes que fosse tarde demais.


**continua**

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