25 setembro 2012

FanFic: Forget Me Not - Capitulo 23



Forget Me Not

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, Mistério, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**



**Pov Bella**

Quando chegamos em casa os bebês estavam dormindo.
O que foi um alívio, porque eu estava me sentindo tão tensa que temia passar isto a eles. Edward estava calado e taciturno e eu me perguntava se era por causa de Aro Volturi. Queria perguntar porque ele não gostava do italiano, tirando o óbvio.
Na verdade eu também não fora nem um pouco com a cara dele também, e sentir que a tal Renata lembrava bem de mim do clube, me deixara enjoada. Mas o que é que eles podiam fazer com esta informação agora? Nada. Provavelmente a acompanhante de Aro nem sabia que Edward estava lá também. Mas Aro sabia, pensei, me lembrando da máscara que enviara “de presente” a Edward.
E não entendia o porquê daquilo.

–Acho que eles vão dormir bastante agora, devem estar cansados de toda a agitação. – comentei assim que deixamos os gêmeos no berço. Edward assentiu.
–Eu preciso fazer umas ligações no meu escritório, tudo bem?
–Claro.
Ele se afastou sem maiores explicações e eu lembrei que precisava ligar para minha mãe e dizer como as coisas estavam.

Procurei meu celular, que não fazia a menor ideia de onde tinha deixado, e como eu imaginava, estava desligado.
E quando eu liguei, suspirei cansada, ao ver que tinha várias mensagens na caixa postal.
Comecei a ouvi-las e eram várias da minha mãe. Precisava passar o telefone da casa de Edward pra ela.
Mas uma das mensagens não era da minha mãe.
Era de alguém que eu achava que nunca mais ia ter notícias.
James, o namorado de Victoria.
“Oi, Bella, é o James... lembra de mim? Eu queria falar com você... na verdade eu preciso muito falar com você... me liga”
E ele deixava um número.
Eu pensei seriamente em não ligar.
Mas acabei discando o número que ele informara.

–Alô?
–James? É Bella...Swan.
–Bella, poxa, anda bem que ligou! Estou tentando falar com você há dias!
–Sim, meu telefone estava desligado, bom... como você está? Fiquei sabendo sobre Victoria, eu sinto muito.
–Sim, foi uma merda... Eu falei para ela que a gente ia se ferrar, ela não acreditou...
–Do que está falando, James? Aliás, por que queria falar comigo?
–Eu soube que teve um cara procurando você na no antigo apê da Victoria...
–Sim, era o Edward.
–Quem é este Edward?
Eu pensei em como explicar quem era Edward, mas nada me pareceu adequado. “Edward, o pai dos meus bebês” “Edward, o cara com que eu moro”.
–Alguém que precisava falar comigo, mas e daí?
–Eu fiquei com medo, sabe... achei que fosse um deles.
–Eles quem?
–Os caras que mataram Victoria.
–Como assim? - indaguei, começando a achar toda aquela conversa muito estranha.
–Eles mataram Victoria, eu sei.
–Victoria morreu de overdose, James, pelo menos foi o que me disseram.
–Sim, é o que eles dizem, e de certa forma foi sim, mas desde que começamos a investigar aquele clube... coisas esquisitas aconteceram.
Eu parei de respirar.
–O clube?
–Sim, aquele lugar maldito! Depois que você foi lá, Victoria também foi algumas vezes.
–Sim, eu sei que vocês não queriam fazer matéria pra faculdade coisa nenhuma, vocês chantageavam as pessoas!

Ele deu uma risada irônica.
–A gente se virava.
–Isto é nojento.
–Victoria sabia o que estava fazendo.
–Ele era uma prostituta!
–E daí? Era bonita demais pra ser desperdiçada! O problema foi que nos envolvemos com as pessoas erradas...
–Ainda não entendi, James...
–Me escuta, Bella... aquele clube... nós descobrimos algumas coisas, alguns figurões... a gente estava tentando tirar dinheiro deles, mas aí invadiram nosso apartamento, levaram tudo. Parecia um assalto qualquer, mas eu sabia que era coisa daquele italiano, o tal dono do lugar.
–Como você sabe que era um italiano? – indaguei, chocada com toda aquela história sórdida.
–Victoria fez perguntas... ela era boa em conseguir as coisas... se é que entende.
Sim, eu entendia muito bem.
–Tenho certeza que foi ele que apagou ela...
–Como pode ter certeza? - meu estômago revirou.
Tudo aquilo parecia absurdo demais.
–Victoria gostava de se divertir, gostava de algumas substâncias, mas nunca passou do limite.
–Mas disseram que ela estava com um político...
–Sim, um velho nojento que estava nos dando uma grana. O cara ficou apavorado quando ela morreu... Conseguiu encobrir tudo.
–Ainda acho que está exagerando, James.
–Não estou. Por isto que resolvi te ligar, quando fiquei sabendo que um cara estava te procurando, fazendo perguntas de mim e Victória também... Achei que podia ser ele de novo...
–Não, aquele era Edward, meu... meu... enfim, deixa pra lá.
Ouvi a porta do escritório de Edward se abrir.

–James, preciso desligar.
–Tudo bem...
–Tchau.
Desliguei a tempo de ver Edward entrando na sala.
–Eu vou ter que dar uma saída.
–Agora?
Anoitecia lá fora e ele parecia cansado.
Ele passou a mão por entre os cabelos.
–Sim, alguns problemas na empresa. Não vou voltar tarde, acho.
Ele se aproximou e beijou minha testa.
–Se precisar me liga no celular.
–Tudo bem.

Fiquei pensando nas palavras de James depois que Edward saiu.
Será que ele tinha razão?
Aro Volturi era um empresário.
E adepto a patrocinar clubes secretos de sexo.
Mas assassino?
Era sórdido e aterrorizante demais imaginar algo assim.
Talvez James estivesse exagerando em seu medo, depois de tudo que aprontara.
E traumatizado com a morte de Victoria.
Sim, era isto.
Toda aquela história de assassinato e queima de arquivo era absurda.
Tentei me convencer disto e esquecer o telefonema de James, enquanto banhava e amamentava os bebês, depois que eles acordaram.
E estava com eles no quarto, quando a campainha tocou.

Olhei o relógio, surpresa.
Passava das nove da noite.
Quem poderia ser?
Me levantei e pensei que, pra subir direto, sem passar pelo porteiro, só podia ser um dos Cullens.
E estremeci me perguntando se seria Rosalie ou Emmett.
Mas quando abri a porta, uma sorridente Alice me saudou.
–Oi, Bella.
–Oi... O que faz aqui?
–Vim te trazer uma visita.
E ela deu um passo para o lado.
E eu engoli um grito de horror ao ver Aro Volturi sorrindo para mim.

–Olá, Isabella.
–Nossa, Bella, parece que viu fantasma! – Alice comentou e entrou, seguida de Aro.
Eu fechei a porta os acompanhando até a sala me perguntado que diabos Aro Volturi estava fazendo ali.
–Cadê o Edward? – Alice perguntou jogando a bolsa sobre o sofá.
–Ele saiu... – balbuciei.
–Ah, não acredito! Aro queria tanto conversar com ele.
–Sim, uma pena... – Aro sorriu. – Mas tenho certeza que não faltarão oportunidades... pelo menos poderei conhecer melhor você, Isabella.
Eu tive vontade de dizer que ele estava louco se iria me conhecer.
–E os bebês? – Alice perguntou.
–Estão no quarto.
–Vou dar uma olhadinha neles, então!
Ela se levantou e saiu da sala.
Me deixando sozinha com Aro Volturi.
Eu tinha vontade de sair correndo.
–Renata me contou que a conheceu.
Pronto. Era isto.
Eu senti um arrepio de medo. Meu rosto se tingindo de vermelho.
–Eu não...
Aro riu.

–Ora, Isabella, não fique vermelha. Eu fico feliz por saber que Edward te encontrou... E que história, não é? O destino é incrível...
Eu não consegui comentar nada.
–Alice Cullen me contou os detalhes... – ele piscou. – Sei que são assuntos de família, mas... achei muito interessante...
–Sim, são realmente assuntos que família...
–Mas não se preocupe... sou um homem muito discreto. Aliás, a discrição é quase uma religião para mim. Como deve ter percebido em nosso... pequeno clube de amigos.
Me lembrei das palavras de James. E senti um certo medo.
Será que Aro fazia ideia de que eu estava ligada a Victoria? Será que ele fazia ideia que eu plantara uma câmera lá naquela noite?
–Então seu pequeno segredo está bem guardado comigo, meu anjo. Agora posso dizer que Edward me deve esta... Sabe que aprecio muito Edward Cullen, não é?
–Eu não entendi...
–Tenho muitos interesses nele. Seria uma ótima aquisição para os Volturi.
–Edward não deixaria os Cullens. – falei.
Mas sabia que talvez agora, com toda aquela briga pelos gêmeos, talvez Edward preferisse se afastar da família.
Será que aceitaria trabalhar com Aro Volturi?
Edward parecia não gostar de Aro, mas, vai saber?
–Mas vamos falar se assuntos mais interessantes... – Aro sorriu. - Vocês irão se casar... Talvez queiram se casar na minha casa em Florença...
–Casar em Florença? – a voz de Alice nos interrompeu, ao voltar à sala. – Uau! Seria o máximo! Tem que aceitar isto, Bella.
–Eu e Edward ainda não pensamos em nada disto... – murmurei.
Alice revirou os olhos.

–Deixa que eu penso! Seria lindo demais um casamento na Itália e tão romântico.
–Alice, querida, deixe Bella respirar. – Aro a interrompeu, mas não havia nada de gentileza em sua voz. Ou a mim me parecia assim. Era como se ele tivesse pretendendo algo que ainda eu não sabia com aquela conversa.
–Acho melhor irem embora. – falei me levantando. – Eu preciso colocar os bebês pra dormir, me desculpem.
–Mas já? Achei que íamos esperar o Edward... – Alice reclamou.
–Não sei que horas o Edward vai voltar. – falei mais firme.
–Tudo bem, tenho certeza que não faltarão oportunidades. – Aro falou se levantando também.
Eu os acompanhei até a porta.
Aro segurou minha mão.
–Muito prazer em revê-la, Isabella...
E quando ele saiu, eu respirei aliviada.
De repente as palavras de James faziam algum sentido pra mim.
Eu sentia que Aro podia ser realmente um cara perigoso.
Ou será que estava ficando paranóica?

Eu acabei adormecendo no sofá depois que os bebês dormiram.
Pois acordei com a sala escura e a TV fora do ar.
Levantei sonolenta me perguntando que horas deveriam ser e onde diabos se metera Edward.
Deveria ligar para ele e saber se estava com algum problema, pensei, mas ouvi um barulho vindo do quarto dos bebês.
–Edward? – chamei, indo para lá.
Mas ao abrir a porta do quarto eu soltei um grito de horror.
Ao ver Aro e Rosalie no quarto, com os bebês no colo.
–Olá, Isabella. – ele sorriu e Rose também sorria.
Os pulsos sangravam, manchando as roupas brancas dos bebês.
–Não...
–Bella , acorda.

Eu abri os olhos, ainda sentindo todo aquele horror e medo dentro de mim para ver Edward me encarando preocupado.
–Estava tendo um pesadelo. – falou.
Olhei em volta, meu coração ainda disparado, mas me sentindo aliviada por ter sido apenas um sonho ruim.
–Sim, só um pesadelo... – murmurei sem ar, me sentando e percebendo que estava na cama. – não me lembro de ter chegado aqui.
–Eu te encontrei no sofá. – ele sorriu, retirando os cabelos do meu rosto.
–Noah e Sophie...
–Estão dormindo... Agora deite e durma.
Ele me puxou e eu me enrosquei nele, fechando os olhos.
Nada daquilo no meu sonho era real.
Eu estava segura. Os bebês estavam seguros.
Edward estava comigo.
Deveria contar a ele sobre a visita de Aro e o telefonema de James, mas podia fazer isto amanhã.

Mas ao acordar, Edward não estava ali de novo.
Havia um bilhete pra mim ao lado do meu travesseiro, dizendo que ele tivera que ir resolver algumas questões de trabalho e que voltaria para almoçarmos juntos.
Eu fiquei deitada um tempo, olhando o teto.
Pensando no meu pesadelo e voltando a sentir um arrepio de medo.
Até ouvir o choro dos bebês.
Cuidar dos bebês e alimentá-los me fez parar de pensar em Aro Volturi.
Então quase saltei de susto ao ouvir o som do interfone.
Visitas de novo? – pensei, levemente irritada.
Não estava a fim de ver nenhum dos Cullens e suas surpresas agora.
Mas atendi o interfone.

–Senhora Isabella, tem um Jacob Black aqui querendo subir.
Eu sorri, entre aliviada e agradavelmente surpresa.
–Claro, pode subir!
Eu corri para a porta e abracei Jacob quando ele apareceu.
–O que está fazendo aqui? – indaguei.
–Eu precisava saber se estava tudo bem contigo!
Eu o puxei para a cozinha, onde os gêmeos estavam em seus carrinhos.
Jacob brincou com eles.
–Então, está tudo bem por aqui? Cadê o tal Cullen?
–Trabalhando. – respondi. – Mas podia ter apenas me ligado, Jake!
–Eu tinha que saber se estava tudo bem... – ele parecia estar escondendo algo.
–O que foi?
–Na verdade, seu pai que me mandou aqui.
–Não acredito!
–Ele está preocupado.
–Então por que não veio ele mesmo?
–Ele acha que você está brava com ele, depois do que ele fez...
–Devia ficar mesmo! Mas está tudo bem agora, eu fico feliz que ele esteja aceitando.

Jacob sorriu.
–Ele mostra a foto dos bebês pra todo mundo.
Eu sorri, orgulhosa.
–Não sabe como isto me deixa aliviada.
–E você, Bells, como está rolando tudo aqui? Está mesmo morando com o tal Cullen?
Eu fiquei vermelha, dando de ombros.
–Sim, estou. – falei evasiva, sem dar detalhes.
–E os bebês?
–Estamos cuidando deles, claro. Mas... Rosalie e Emmett... e os Cullens... eles acham que os bebês devem voltar.
–Mas são seus filhos.
–É complicado.
–Acha que vão conseguir?
–Tenho que acreditar que sim. – falei com um toque de apreensão.
Pensar que tudo podia dar errado. Que os bebês podiam ser afastados de mim, me fazia ter muito medo.
Jacob me abraçou.
–Vai dar tudo certo, Bells.
–O que está acontecendo aqui?

Eu me virei e vi Edward na porta da cozinha nos encarando furioso.


**continua**



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