20 setembro 2012

FanFic: Forget Me Not - Capitulo 19


Forget Me Not

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, Mistério, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**

**Pov Bella**

Minha primeira reação foi de pânico.
Logo substituída pelo remorso.
Com toda aquela confusão eu tinha esquecido de avisar minha mãe, que estava me esperando em Phoenix!
–Droga, eu tinha que ter falado com ela. – murmurei.
–Bom, seja lá o que tem pra dizer, pode dizer agora, já que ela está aqui.
–E eu não faço a mínima ideia de como ela sabe que estou aqui! Eu estava indo para a casa dela quando a polícia me parou... – ainda sentia um mal estar ao me lembrar daquele momento terrível. – Meu primeiro pensamento foi ligar pra ela, mas não quis preocupá-la. Ela iria enlouquecer...
A campainha tocou.
Torci as mãos nervosamente olhando para Edward.
–Fique com os bebês, acho que prefiro conversar com ela sozinha.
E sem esperar resposta, eu saí do quarto e fui para sala, abrindo a porta para Renée.
E eu não sabia o quanto eu sentia a falta dela, até ela me abraçar forte.
–Me desculpa, mãe. – murmurei.
Ela se afastou, agora me encarando.
–Tem mesmo que me pedir desculpas! Eu estava te esperando em Phoenix, morrendo de preocupação e então você não aparecia! Liguei para Jake e ele disse que você já tinha saído há horas! Quase morri de preocupação mesmo! Por que diabos não me ligou? Por que não me disse que os Cullens tinham colocado a polícia atrás de você? E o que você está fazendo aqui justamente na casa de um Cullen?
–Calma, mãe! Eu vou te contar tudo. – fechei a porta. – Por que não se senta, deve estar cansada da viagem.
–Eu estou é querendo entender!
–Eu sei. Eu vou explicar.
–É bom mesmo, mas antes, onde estão os bebês?
–Estão no quarto... com Edward.
–Edward, é? O tal Cullen? Eu ainda não entendo nada disto! Mas tudo bem, pelo menos você está bem e eu quero ver estas crianças com meus próprios olhos!
–Sim, tudo bem. – murmurei ainda meio apreensiva.

Primeiro que eu tinha escondido tanto aquela história da minha mãe, que agora era muito estranho saber que ela ia conhecer os gêmeos e sabendo de toda a verdade.
E segundo que eu teria que apresentar Edward.
Eu levei minha mãe até o quarto onde estavam os bebês e entrei.
Edward estava sentado numa poltrona, mas minha mãe passou direto por ele e foi até o berço onde estavam os gêmeos.
–Oh meu deus, eles são enormes!
–Eles têm seis meses, mãe.
–Uau... ainda não acredito... que são realmente seus...
–E é difícil pra mim, acreditar também...
Eu olhei para Edward, que tinha se levantado e se aproximava.
–Olá, eu sou Edward Cullen.
–Sim, estou sabendo... – Renée falou, o medindo. – Eu gostaria muito de ter uma conversinha com você.
–Mãe, a única conversa que terá é comigo. – falei séria e encarei Edward. – Pode nos deixar a sós?
–Quer que eu leve os bebês?
–Não. – Renée falou. – Eu quero conhecê-los... acho que já passou da hora, não é?
Edward saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.
–E então, o que está acontecendo aqui?
–Como soube que eu estava aqui? - indaguei.
–Depois que liguei para Jacob eu fiquei morta de preocupação, e então liguei para casa dos Cullens, claro.
–Não devia ter feito isto... Os Cullens me odeiam agora, nem sei como te deram alguma informação.
–Foi uma moça até simpática que falou comigo, Alice Cullen...
–Não devia ter feito isto...
–E queria que eu fizesse o quê? Deveria ter me ligado quando a polícia te parou.
–A minha primeira reação foi ligar mesmo, mas eu não quis preocupá-la, e depois eu tive que voltar escoltada pra cá e me separaram dos gêmeos na delegacia, foi um inferno, até Edward chegar.

–Edward? Ainda não entendo como pode estar aqui...
–Foi ele quem me tirou de lá.
–Mas eu achei que os Cullens...
–Sim, os Cullens que colocaram a polícia atrás de mim, não Edward! A senhora mesmo viu que ele foi atrás de mim pessoalmente.
–Sim, eu sei, mas ficar aqui...
–Ele é o pai dos bebês. E pra onde mais eu iria?
Renée franziu a testa.
–Está dormindo com ele?
–Mãe! - eu fiquei vermelha feito pimentão.
–Eu tenho que perguntar, porque, bom, já tiveram algo não é, estas crianças são a prova disto!
–Eu te contei como aconteceu...
–Sim, mas...
–Olha mãe, isto é particular, mas se que saber, não, não estou dormindo com ele! Não depois de tudo isto, pelo menos.
–Ah, então...
–Isto não tem importância agora. Eu e Edward não temos nada. Estamos aqui pelos bebês.
–Sim, e o que vai acontecer agora?
–Rosalie ainda está no hospital e os Cullen me odeiam, claro. Eles querem que os bebês voltem pra casa.
–Estão malucos? Você é a mãe deles.
–Eu os dei pra Rose, legalmente são filhos de Rose e Emmett
–Mas isto não foi legal! E ela é uma louca!
–Não fale assim, mãe.
–Vou falar como? Ela inventa todo este circo, mente pra todo mundo e depois tenta se matar quando descobrem, ela é desequilibrada sim!
–Mas ainda é a mãe deles de certa forma.
–Pelo o que você me contava, era você que cuidava mais destes bebês. E você é a mãe biológica, tem direitos! Não pode abrir mão deles.
–Eu não quero abrir. Não posso, mas... Não sei como as coisas vão ficar. Eu tenho medo.
–E este Edward, está do seu lado então?
–Não sei se do meu lado é a expressão certa. Ele quer os bebês. Está brigando com a família inteira por isto.
–Mas não pode também querer te tirar de perto deles.
–Esta não parece ser a intenção.
E quis dizer “pelo menos por enquanto”.

Mas eu não fazia ideia de qual eram os planos de Edward a longo prazo.
–O importante agora é manter os bebês bem. – continuei. – Ainda não sei o que vai acontecer. O que os Cullen vão fazer... Mas queremos mantê-los conosco.
–É assim que tem que ser. São os pais verdadeiros. Vai dar tudo certo, Bella.
–Eu quero acreditar que vai dar. Eu errei demais já.
–Mas está fazendo a coisa certa agora.
Eu suspirei, passando os dedos pelos cabelos de Sophie, que sorriu pra mim, segurando meu dedo e levando a boca.
Eu queria mesmo acreditar estar fazendo a coisa certa desta vez.
Tinha que ser.
Ninguém tinha mais amor por eles do que eu.
Eu não podia deixá-los.
–Eles são tão lindos... – Renée comentou. – Posso pegá-los?
Eu sorri.
–Claro.
E Renée pareceu bem contente em segurá-los.
E fazer mil perguntas sobre como eles eram, do que gostavam.
–E você amamenta? – indagou de olhos arregalados, quando Noah choramingou e eu o levei ao seio.
–Sim, por enquanto, mas em breve acho que secará.
–Uau...

E pareceu natural ficar ali por horas, simplesmente compartilhando meus bebês com Renée. E eu percebi que gostava daquilo, que sentira falta de algo assim.
Acreditara que nunca seria possível um momento assim.
Mas agora era.
–E seu pai, ainda não está sabendo de nada, não é? – ela comentou em certo momento e eu senti um arrepio de medo.
–Não, mas com certeza vai saber.
–Até imagino que ele vai ficar doido... – ela suspirou, enquanto embalava Noah, todo sonolento e me encarou. – Sabe que pode contar comigo, não é? Se não quiser ficar aqui, se quiser ir pra Phoenix, comigo, podemos dar um jeito. Eu ficaria bem mais tranqüila com você longe destes Cullens.
Eu mordi os lábios, enquanto amamentava Sophie.
Sim, de certa fora a proposta da minha mãe era tentadora.
Mas havia Edward. Eu não podia simplesmente ir embora com os bebês e deixá-lo.
–Não posso. – respondi. – Além de toda a questão legal... ainda tem Edward.
–Sei... eu entendo. Talvez eu possa dar um jeito, tentar ficar aqui... mas Phil está numa época importante de jogos...
–Não mãe, pode voltar pra Phoenix, eu ficarei bem.
–Tem certeza? Eu posso dar um jeito...
–Não há nada que possa fazer agora. Eu estou em segurança, os bebês estão comigo e estamos lutando para que permaneça assim.
–Eu espero mesmo que tudo dê certo.
Eu coloquei os bebês no berço e me levantei.
–Eles vão dormir agora.
–Agora posso então finalmente conhecer melhor seu Edward?
Eu rolei os olhos, mas fiquei vermelha.
–Não é meu Edward... – resmunguei, saindo do quarto. – E a senhora deve estar com fome, acho que posso fazer algo...
Mas ao chegar na cozinha eu me surpreendi com o cheiro de comida pronta e Edward por ali.
–Você cozinhou? – indaguei surpresa, e ele sorriu.
–Achei de que deveria - e ele olhou para Renée – Espero que goste de carne..
–Sim, eu gosto. E espero que você cozinhe bem.
Edward riu.

–Aposto que sua filha cozinha melhor, mas faço o que posso.
–Espero mesmo que faça o melhor por ela. Porque esta sua família...
–Mãe!
–Não, tudo bem, deixa sua mãe falar, ela tem razão. - Edward me cortou. – Eu também estou decepcionado com eles.
–Bella pode ter errado em confiar na sua irmã maluca, mas...
–Mãe, pára...
–Mas ela está tentando consertar agora.
–Sim, eu também quero consertar esta situação. No que depender de mim estes bebês serão nossos agora.
Renée sorriu parecendo satisfeita e sentou à mesa.
–Que bom que esclarecemos isto, agora podemos comer.
Eu troquei um olhar com Edward, que parecia tranqüilo.
E tentei ficar tranqüila também.
Não falamos mais de assuntos polêmicos naquele dia. Renée era um poço de simpatia e futilidade quando queria e foi fácil esquecer que estávamos todos numa situação delicada.
–Quando precisa ir? – indaguei depois, quando estávamos de novo com os bebês.
Edward havia nos deixado sozinhas novamente, dizendo que tinha uns negócios para tratar.
–Eu tenho um vôo para hoje à noite.
Eu sorri a abraçando.
–Queria que ficasse mais, sinto sua falta.
–Eu também querida, ainda posso falar com Phil.
–Não. – eu a soltei. – Tem sua vida, mãe.
–E ainda pode deixar seu Edward e ir comigo.
–Não é meu Edward, mas não posso ir. Sabe disto.
–Tudo bem. Só espero que quando tudo isto se resolver, lembre-se de levá-los para me ver sempre.
–Claro que sim. – eu sorri, tentando ser confiante.

Mas era bem difícil.
Principalmente quando no começo da noite, minha mãe se despediu e foi embora.
Edward insistiu em levá-la ao aeroporto e não tinha nada que eu pudesse fazer para impedir.
A abracei forte e a deixei ir.
–Me liga todos os dias e já sabe, se precisar, volte pra casa.
–Boa viagem, mãe. – falei com vontade de chorar.
Eu estava com medo. Medo do futuro.
E de repente me sentia bem sozinha ficando ali, sem uma das únicas pessoas que confiava no mundo.
Mas eu tinha que ser forte. Por mim, pelos bebês e por sabe deus que luta teríamos que enfrentar.

Assim, enquanto esperava Edward, alimentei e troquei os bebês e fiz o jantar.
Era justo, já que Edward preparara o almoço.
E então, resolvi ligar para meu pai.
Me perguntava se ele já sabia de tudo, se tinha voltado de viagem.
Mas o telefone na sua casa não atendeu, então liguei para Jacob.
–Bella, o que aconteceu? – indagou, preocupado. – Sua mãe me ligou dizendo que não tinha chegado em Phoenix! E depois me contou que estava indo para Chicago porque a polícia tinha te prendido, pelo amor de deus, Bella, deveria ter me esperado.
–Calma, Jake, está tudo bem agora.
–Sim, sua mãe me falou que alguém na casa dos Cullens disse que você estava na casa do tal Edward com os bebês...
–Sim, estou.
E eu contei pra ele tudo o que tinha acontecido.
–Bels, você não deveria ter ido, devia ficar aqui...
–Não podia mais. De qualquer maneira, acho que foi melhor assim, eu estava errada em fugir com os bebês.
–Talvez concorde com você, mas ainda está aí, à mercê destes Cullens, que colocaram a polícia atrás de você, te chamaram de seqüestradora.
–Eu sei, mas está tudo bem agora. Ou por enquanto. – completei meio amarga.
–E você e este Edward...
–Jake, por favor. – sussurrei incomodada.
Mas não podia culpá-lo. Era óbvio para todo mundo que se eu estava na casa de Edward, que deveria haver algo entre nós.
E haveria?
–Eu sei que não é da minha conta, mas eu me preocupo, Bells...
Eu respirei fundo.
–Está tudo bem. Isto... Eu e Edward... é o de menos agora. Eu quero apenas que a situação com os bebês se resolva.
–Sim, eu entendo. Apenas se cuide então. Eu estou aqui, caso precise fugir de novo.
Eu ri.
–Por isto que eu te adoro, Jake. – murmurei.
De repente eu levantei o olhar e vi Edward me encarando com cara de poucos amigos.
–Jake, preciso desligar...
–Tudo bem, Bella. Me mantenha informado, ok?
–Pode deixar.

Eu desliguei e encarei Edward.
–E então, minha mãe embarcou?
–Estava falando com seu amigo Jacob? – indagou friamente.
–Sim. – respondi evasiva, me movendo pela cozinha para servir a mesa.
–Ele era seu namorado?
Eu levantei o olhar, intrigada com a pergunta.
–Jake?
–Quem mais?
–Não! Da onde tirou isto?
Ele deu de ombros, enquanto nos sentávamos.
–As pessoas comentavam na cidade.
–Claro, esqueci que você foi me investigar. – falei irônica.
–Sim, eu precisava encontrá-la. Devia imaginar que seu amiguinho estava te escondendo! Devia ter insistido mais, mas não vi o carro na porta...
–Estava na garagem do Jake...
–Vocês armaram direitinho...
–Jacob apenas quis me ajudar. A culpa não é dele.
–Ele gosta de você?
–Claro, ele é meu amigo.
–Não, ele está apaixonado por você.
–Está falando bobagens. Eu e Jake somos amigos.
–Só isto? E agora, durante o tempo que ficou lá?

Eu comecei a me irritar.
–O que está insinuando? Eu não tenho nada com o Jacob! E está me irritando com esta conversa!
Edward passou a mão pelos cabelos, parecia que estava tentando se controlar.
–Me irrita pensar que fugiu de mim, que não confiou que eu ia ficar do seu lado nisto... e que confiou em outra pessoa.
–Eu sinto muito por isto. De verdade. Eu sei que fui precipitada. Mas o Jacob é meu melhor amigo, eu confio nele sim, mas é só isto. Nunca fomos namorados ou algo do tipo... Não que eu deva alguma satisfação pra você se tivesse sido. – completei ainda irritada com aquelas acusações. Por que ele ia ficar me acusando de ter algo com outra pessoa sendo que tinha a tal Tanya?
–Acho que tem razão. – ele disse por fim. – Você pode... ter namorado vários caras, e isto não é da minha conta.
–Não houve tantos caras assim. – murmurei.
–Não?
Eu dei de ombros.
–Apenas um... antes de você. – confessei. E nem sei por que dizia aquilo.
Edward realmente não tinha nada a ver com o que eu tinha feito na minha vida.
–E depois?
Eu o encarei, voltando a ficar brava.
–Posso perguntar o mesmo pra você então? Já que é o dia das perguntas idiotas!
–Ninguém. – ele disse e eu o encarei. – Não houve ninguém depois de você.
Eu engoli em seco, meu coração disparando de repente de algo que eu nem sei explicar.
Algo como... satisfação.
Era ridículo.
–Está falando sério?
–Por que iria mentir?

Eu dei de ombros, me levantando e levando o prato pra pia.
Apenas porque queria me afastar.
–E Tanya? – insisti.
–Não.
Eu mordi os lábios com força, tentando conter aquela onda de sentimentos dentro de mim.
Era uma mistura confusa de alegria, alívio e ansiedade.
Edward se levantou também e estava do meu lado, retirando a esponja da minha mão. Seus dedos tocaram nos meus. Senti um arrepio.
–Deixa que eu lavo, é justo já que fez a comida.
–Tudo bem. – murmurei.
Sabia que era a desculpa perfeita para eu me afastar, mas em vez disto eu peguei o pano de prato.
–Eu seco então.
Ele sorriu de leve.
Lutei para me lembrar como se respirava.

–Sua mãe é divertida.
Eu franzi a testa meio preocupada.
Me perguntando que tipo de conversa eles tiveram.
–Ela é sim... Mas espero que ela não tenha feito nada embaraçoso.
Ele riu ainda mais.
–Ela é sua mãe, claro que se preocupa. Ela me disse que iria me matar se eu magoasse você.
–Oh deus...
–E que eu era o primeiro cara que saía com você que ela conhecia.
Eu escondi o rosto no pano, gemendo. Ia matar Renée.
Respirei fundo e tentei soar normal, enxugando o último prato.
–Claro, eu nunca tive assim... um namorado, propriamente dito.
–Não? Mas e o cara que saiu antes de mim?
–Foi só um encontro... e enfim, nada memorável... Victoria tentava me arranjar encontro direto...
Edward ficou sério de repente e eu senti algo errado.
–Acho que não tive tempo de contar a você sobre sua amiga...
–O que foi?
–Victoria morreu, Bella.
Eu soltei o prato que se espatifou aos meus pés.
–O quê? Mas como... quando?
–Não se sabe direito, foi o detetive que descobriu isto. Dizem que foi overdose.
–Oh meu deus. – agora eu tremia inteira.
Eu e Victoria nunca tínhamos sido grandes amigas, mas saber que ela morrera... era horrível.
–Eu sinto muito, Bella.

–Oh deus... que horrível... era tão bonita, tão jovem...
Eu comecei a chorar e Edward me abraçou.
–Eu sei, sinto muito. – ele disse entre meus cabelos. – Não sabia que eram tão próximas.
–E não éramos. – murmurei. – Mas é triste saber que ela morreu. Não merecia isto. Eu nem sabia que ela usava alguma droga... é tão estranho...
–O detetive descobriu outras coisas, Bella;
Eu o fitei.
–Não sei se você sabe, mas ela era uma garota de programa.
Arregalei os olhos, surpresa.
–Não, ela estudava comigo...
–Eu sei, mas ela também trabalhava para a agência onde... da onde saiam as garotas para aquela festa de máscara.
–Mas eu achei... ela me disse... que era uma matéria...
–Aparentemente não era só isto que estavam envolvidos. Ela estava com um político quando morreu, parece. Tudo foi abafado, o relatório consta que ela possivelmente teve uma overdose, mas não se sabe se foi bem isto. O que dizem na agência era que Victoria e o namorado, James chantageavam figurões, gravavam fitas comprometedoras, estas coisas, e Victoria pode ter sofrido uma retaliação.
–Oh meu deus. – murmurei horrorizada.
Será mesmo que Victoria e James estavam envolvidos com aquelas coisas?
E eu também estivera, pensei, sentindo meu corpo gelar.
Sim, se não era apenas para uma matéria que eu tinha ido até aquele clube...
Se eu não tinha colocado aquela câmera lá apenas pra isto...
Deus, era horrível demais de imaginar.
E agora Victoria estava morta.

–E James? – indaguei.
–Não se sabe dele. Eu estive no antigo apartamento de vocês e a nova moradora disse que ele sumiu, que estaria com medo.
–Isto tudo é horrível...
–Eu sei. E talvez deva se sentir aliviada de ter saído de perto deles.
–Sim... – murmurei. – Mesmo assim...
Edward segurou meu rosto, os dedos enxugando minhas lágrimas.
–Não pense mais nisto.
Eu sacudi a cabeça afirmativamente, respirando fundo, tentando parar de chorar por algo que fora trágico, mas que não tinha como ser mudado agora.
E então, mais calma, comecei a me dar conta de outras coisas.
Como as mãos de Edward em meu rosto, os dedos acariciando minha pele.
Ele estava tão próximo... que eu podia senti o cheiro único e delicioso que vinha dele.
Tão familiar agora... tão perfeitamente delicioso...
Me dava vontade de me aproximar mais.
De roçar nele.
Derreter nele.
Nossos olhares se encontraram por um momento, antes que ele descesse os olhos para minha boca. Meus lábios formigaram, ansiaram ao sentir os dedos dele agora os delineando e ofeguei, subitamente sem ar... enquanto um calor úmido se espalhava por minha pele, descia por meu ventre, se enroscava dentro de mim...
Então ouvi um pigarro.
E dei um passo atrás, assustada.
Alice Cullen estava na porta da cozinha e sorria, carregando várias sacolas.
E ao seu lado, nada mais nada menos que meu pai me encarava.


**continua**



Nenhum comentário:

Postar um comentário


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Image and video hosting by TinyPic