17 setembro 2012

FanFic: Forget Me not - Capitulo 16


Forget Me Not

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, Mistério, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**

**Pov Bella**

Eu estava em casa.
Foi a primeira coisa que senti quando vi a placa que indicava que eu estava entrando em Forks naquela manhã.
Forks ainda era a mesma cidade fria e cinzenta que eu me lembrava.
Mas pela primeira vez eu não tive tempo de lamentar.
Eu estava em fuga.
Pelo espelho retrovisor, relanceei o olhar preocupado para o banco de trás.
Os gêmeos dormiam tranqüilos em suas cadeirinhas.
Senti meu peito se apertando de medo e preocupação.
Ainda me perguntava se estava agindo certo, levando os bebês comigo.
Mas como poderia ser diferente?
Eu não podia deixá-los para trás.

Eram meus filhos e mesmo sabendo que eu tinha aberto mão deles mesmo antes de nascerem, as circunstâncias tinha mudado drasticamente.
E a principal delas era que Rosalie não tinha a menor condição de ser mãe deles agora.
Nunca tivera, uma voz incômoda sussurrou dentro de mim.
Respirei fundo, enquanto o carro percorria as ruas úmidas e silenciosas àquela hora da manhã.
Eu lamentava realmente que fosse assim.
Ainda me lembrava de como ela chorava ao contar que nunca poderia ter filhos, quando nos conhecemos naquela clínica.
Em como ela parecera animada e feliz ao dizer que podia cuidar do meu bebê.
E eu acreditava que estava fazendo a coisa certa.
Mas não podia estar mais errada.
A começar pela farsa que Rosalie armara. Naquele momento eu devia ter recuado, devia ter assumido os riscos e dado as costas a Rosalie.
Mas eu ainda concordara, ainda acreditara que ela fazia isto porque queria o melhor para os bebês.

E eu tinha que acreditar que eu tomara a decisão de apoiá-la naquela farsa pelo bem dos bebês também.
E depois, Rosalie se mostrara totalmente despreparada para cuidar deles.
Infelizmente, em vez de tomar isto como um alerta de que ela nunca seria uma mãe que eles mereciam, eu a apoiara mais uma vez, ficando em sua casa como babá, achando que aquilo bastava.
Bastava para eles, que teriam os cuidados necessários e bastava para mim, que poderia ficar perto deles.
No fundo acho que eu sempre soube que Rosalie era péssima mãe. Sempre soube que ela os queria na verdade para completar sua ideia errônea de família feliz e completa.
Ela queria ter e exibir esta família.
Mas não assumir todas as responsabilidades que isto implicava.
E eu aceitara tudo.
Porque me convinha, esta era a verdade.
Eu fui tão errada quanto Rosalie.
E estava pagando por isto.
Mas os bebês não tinham culpa. E agora eu precisava fazer o melhor por eles de verdade.
O problema era que eu ainda não tinha certeza se fugir do jeito que eu tinha feito, fora o melhor caminho.
Deixar Edward.
Me deixava com uma certa dor na consciência.
Afinal, ele era o pai dos bebês.
E eu o enganara.
E agora fugia.
Só estava dando mais motivo para ele me odiar ainda mais.
E isto me matava um pouquinho.
Mas era tarde para qualquer arrependimento agora.
Eu tinha tomado a única decisão que me cabia no momento, que era não me separar dos meus bebês.

E se eles estivessem comigo e em segurança, eu podia agüentar qualquer coisa.
Até a ira do meu pai, pensei, com um calafrio de medo, ao estacionar o carro em frente à residência do chefe Swan.
Olhei de novo para os bebês no banco de trás e respirando fundo saí do carro, caminhando com passos pesados como chumbo até a porta da frente.
Ainda era tudo como me lembrava e isto acrescentava uma nostalgia agridoce ao pavor que estava sentindo ao iminente encontro com meu pai.
Eu não tinha mais chave, ou deveria ter, mas depois de tanto tempo sem aparecer, não fazia nem ideia de onde poderia estar, então eu bati e esperei.
Mas não ouvi nenhum movimento dentro da casa.
Ainda era muito cedo para meu pai ter ido para a delegacia, mas caminhei até a garagem e verifiquei que realmente o carro de polícia não estava ali.
Suspirando pesadamente eu voltei para o carro.

Sophie tinha acordado e choramingava. Eu não poderia ficar ali, mas também não queria ter que encontrar meu pai na delegacia.
O que eu tinha que falar e mostrar pra ele era muito particular.
Dei partida no carro novamente e prossegui. Ainda havia um lugar para ir, e eu senti um mistura de saudade e apreensão ao descer do carro e bater a porta da casinha vermelha em La Push.
–Bella? – Jacob arregalou os olhos muito surpreso ao me ver e eu dei um sorriso contido.
–Este ainda é meu nome.
Então ele sorriu também e no minuto seguinte me vi erguida num abraço apertado.
–Mas isto sim é um milagre! Bella Swan aparecendo por estas bandas! – ele disse ao me soltar, ainda rindo.
Eu dei de ombros.
–Eu sei...
–E ai? O que está fazendo aqui? Avisou seu pai que vinha? Ele viajou com meu pai ontem, acho que não deve estar sabendo que ia aparecer...
Eu mordi os lábios com força ao ouvir aquilo.
–Viajou?
–Sim, eles foram pescar, devem voltar daqui a alguns dias...
Eu quase soltei um gemido desalentado, porque estas viagens de pesca de Charlie e Bill realmente podiam durar dias e a gente nunca sabia onde eles se enfiavam.
–Bella, o que foi? Parece contrariada...
–Eu precisava fala com meu pai...
–Devia ter ligado e avisado que estava vindo, com certeza ele não teria viajado!
–Sim, eu sei, mas... eu vim de repente... era urgente....
Jake franziu a testa.

–O que está acontecendo, Bella, algum problema?
–Sim, um problemão. – murmurei.
Ele olhou para o carro atrás de mim e então eu me lembrei que não estava sozinha e precisava tirar os gêmeos do carro.
–Nossa, que carrão! Você viajou de carro desde Chicago? Está louca, Bella?
–Jake, eu posso te explicar tudo com calma, mas agora preciso que me ajude. – falei indo para o carro e Jake me seguiu.
Abri a porta traseira e ele soltou um som abafado de surpresa.
–Mas o que é isto? São bebês?
Eu quase ri da pergunta, se não estivesse tão preocupada, enquanto retirava o cinto da cadeirinha que segurava Noah, que resmungava. E o coloquei no colo de Jacob.
– Bella, você viajou a noite inteira com estes bebês no carro...?
Eu acabei de retirar Sophie e encarei Jake.
–Jake, juro que te explico tudo, mas podemos entrar agora? Está frio aqui fora e eu preciso cuidar deles.
Jacob não protestou enquanto entrávamos na casa e então me fitou por cima da cabeça loira de Noah.
–Bella, pelo amor de deus, que diabo está acontecendo? O que está fazendo aqui com estas duas crianças? São os bebês que você cuidava lá em Chicago? Os filhos dos Cullens? – indagou ainda estupefato.
–Sim, são. – respondi. – Mas são meus filhos.
Jacob franziu a testa, confuso por um momento e então riu.
–Como assim?
Eu respirei fundo.
–Noah e Sophie são meus filhos.
Jake ainda parecia aturdido.
–Que diabo está falando, Bella?
–O que você ouviu.

–Mas estas crianças não podem ser seus filhos, que absurdo é este? Está usando drogas ou algo assim, Bells? Meus Deus, eu falei pro seu pai que esta sua história de largar a faculdade e virar babá estava esquisita!
–Jacob, agora você que está sendo absurdo! Me escute por um momento!
–Estou escutando e você está dizendo que estes bebês são seus... Bella, você roubou estes bebês?
–Não roubei! São meus filhos! – gritei e então Noah começou a chorar, eu coloquei Sophie no sofá e peguei Noah do colo de Jake.
–Jake, por favor, pode ir até o carro e pagar as malas que estão lá? Eu vou te contar toda esta história, mas antes preciso cuidar deles.
Jake foi até o carro e voltou com as sacolas, e estacou muito pálido ao me ver amamentando Noah no peito.
–Jesus Cristo, Bella , então é verdade?
Eu suspirei.
–Sim, é.
–Mas como é possível?
Respirei fundo e contei toda minha história a Jacob Black.

Os gêmeos já estavam devidamente alimentados e trocados, quando finalmente terminei de contar toda a história a Jacob, que me encarava estupefato.
–Bella, eu nem sei o que dizer... – murmurou, passando a mão pelos cabelos.
–Deve estar decepcionado comigo, não é?
–Eu ainda estou chocado, na verdade...
–Sinto muito. Eu sei que errei muito...
–Sim, você tem razão. E de todos os erros, Bella, o pior deles foi deixar se envolver nesta armação da tal Rosalie Cullen, sinceramente!
–No começo eu não sabia... achei que ela fosse apenas adotá-los...
–Por que não procurou seu pai? Por que não pediu ajuda?
–Eu fiquei com medo. Sabe como é meu pai, acho que ele ia me matar.
–Ele é seu pai, Bella, claro que ia ficar furioso no começo, mas depois ia aceitar e não ia te virar as costas.
–Eu tenho sérias dúvidas...
–E sua mãe então?
–Minha mãe sempre me preveniu pra este tipo de coisa “Bella, cuidado, use camisinha!” Acho que ela ia pirar se eu contasse o que fiz.
Jake desviou o olhar, meio vermelho.

–Eu ainda não consigo imaginar você numa festa daquelas e...
–Jake, não quero falar sobre isto, ok?
–Bom, nem eu. – ele suspirou e olhou os bebês, que brincavam com seus mordedores no sofá. – E agora você deu a louca e fugiu com eles.
–Não tinha outro jeito. Eles me mandaram embora, Rose cortou os pulsos e Edward...
–Este tal Edward é um filho da puta de não ficar do seu lado, se você é a mãe verdadeira dos bebês.
–Eu nunca estive em alta conta com o Edward... Ele nunca pensou o melhor de mim. E descobrir que eu escondi os bebês e ainda armei junto com a irmã dele para ludibriar toda a família... só piorou tudo.
–E agora, o que vai acontecer?
–Eu não sei... eu só pensei que se tinha que ir embora, meus bebês iam junto. Não posso mais deixá-los pra trás.
Jacob sorriu.
–São bonitinhos.
Eu sorri também, passando meus dedos pelos cabelos ralos de Noah que levantou o olhar castanho para mim com um sorriso.
–Eles são tudo pra mim.
–Devia ter pedido ajuda, Bells. – Jake murmurou. – Eu ia te ajudar, sabe disto, não é?
Eu o fitei tristemente.
–Eu estava envergonhada. Não queria que se decepcionasse comigo também.
–Você é minha melhor amiga, isto nunca ia acontecer.
Eu abaixei o olhar, sentindo vontade de chorar.

Sim, Jacob tinha razão.
Eu deveria ter confiado nas pessoas que me conheciam a vida inteira. Devia ter pedido ajuda a eles.
E não a uma estranha como Rosalie Cullen.
E agora era tarde.
–Bom, você pode ficar aqui, até seu pai voltar. – Jacob disse se levantando. – Vou fazer café da manhã para você.
Eu o segui para a cozinha.
–Jake?
–Sim?
–Obrigada.
Ele riu abrindo a geladeira.
–Ter você aqui me lembra dos velhos tempos...
Eu sorri tristemente.
Sim, velhos tempos. Eu também sentia saudade agora.
De ser jovem e inocente.
Aquele tempo estava perdido para mim.
–Ainda tenho aquelas motos, se precisar...
–Jura?
–Mas agora é uma mãe careta...
Eu ri dando um soco em seu ombro.
–Cala a boca e deixa que eu faço este omelete!

As horas passadas com Jake eram fáceis.
Exatamente como quando éramos adolescentes.
Eu podia fingir que tudo era simples de novo.
Mas infelizmente nada mais era.
A presença dos bebês enchendo a casa, com seu riso ou seu choro, era a prova disto.
E às vezes eu sentia aquele aperto no peito, me perguntando o que estaria acontecendo em Chicago...
O que estaria acontecendo com Edward.
Mas tentava não pensar.
Eu só podia me preocupar com o agora. Em trocar as fraldas dos bebês, em alimentá-los. Em colocá-los para dormir.
Mas mesmo assim, naquela noite, depois deles dormirem, eu permaneci acordada por um longo tempo, ouvindo o barulho das ondas batendo na praia.
E me preocupando com o amanhã.
Em o que eu diria pro meu pai.
E se os Cullens estavam me procurando.
O medo era meu companheiro constante agora.

No dia seguinte, quando acordei, os bebês não estavam na cama.
Levantei de um pulo, preocupada, e ouvi a risada de Jacob na sala ao me ver.
–Calma, Bella, parece que vai morrer!
–Meu Deus, Jacob, quase morri do coração! – falei me agachando no tapete onde Jacob estava com os bebês.
–Eles estavam acordados quando passei no quarto do meu pai para ver se estava tudo bem. Ai os trouxe pra cá, para que você pudesse dormir mais um pouco.
–Podia ter me acordado. – murmurei, ainda sentindo meu coração disparado.
Sophie estendeu os bracinhos para mim e eu a peguei.
Jacob riu se levantado.
–Você precisava descansar... – ele parou de repente e foi até a janela. – Bella, tem um carro desconhecido se aproximando.
Desta vez meu coração parou. E eu me levantei de um pulo, indo até a janela, a ponto de ver o carro parar a poucos metros de distância e eu reconhecer o motorista.
Coloquei a mão na boca para conter um grito de horror.
–Você conhece? – Jacob me fitou em alerta.
–É Edward...
Jacob agiu rápido e pegou os gêmeos do chão, os levando para o quarto e eu o segui.
–Fique aqui e tente mantê-los em silêncio.
–Ele não pode me encontrar aqui... – murmurei.
–Não se preocupe. Eu não deixarei ele entrar.
Jacob se afastou quando ouvimos a primeira batida na porta.
Eu mal respirava quando o ouvi abrir.

–Você é Jacob Black.
Fechei os olhos ao ouvir a voz de Edward.
Um misto de vários sentimentos se engalfinhando dentro de mim.
–Sim, posso ajudar? – ouvi Jacob falar calmamente.
–Eu estou procurando por Isabella Swan.
Mordi os lábios com força.
–Bella?
–Sim, Bella. Eu estive na casa do pai dela, Chefe Swan, não é? Mas não encontrei ninguém, então fui até a delegacia e me disseram que ele viajou com Billy Black, que morava aqui com Jacob Black e que você e Bella são amigos.
–Sim, nos fomos amigos... mas por que está procurando por ela aqui? Bella mora em Chicago agora. Já faz anos que não aparece por aqui.
–Ela saiu de Chicago.
–E quem é você?
–Sou Edward Cullen.
–Ah, acho que já ouvi o pai dela comentar que ela trabalha para a família Cullen, mas ainda não entendi por que está procurando a Bella...
–Bem... Tem certeza que ela não está aqui?
Jacob riu.
–Acho que eu saberia se ela estivesse. Mas não, não vejo Bells há tempos.
–E nem ficou sabendo se ela veio para cá, se por acaso viajou com o pai dela?
–Não, meu pai e Charlie viajaram há dias, estão pescando e nem sei quando voltam, talvez daqui algumas semanas.
–Semanas? Me disseram que ele volta em dias.
–Quem sabe? Pode ser. Mas eu posso ajudá-lo em mais alguma coisa, Cullen?
–Eu preciso mesmo encontrar a Bella. Eu já estive na casa da mãe dela em Phoenix, mas a mãe dela também não sabe de nada.
Mordi os lábios com força ao ouvir isto. Imaginando o que minha mãe estaria pensando agora.
–Eu gostaria de ajudá-lo. Aliás, está me deixando preocupado agora também. Por que está procurando ela? Algum problema?
Pude sentir a hesitação de Edward.
–Eu preferia falar apenas com o pai dela sobre isto.
–Tudo bem, se quiser deixar seu telefone, eu peço para ele ligar quando voltar.
–Bom, se você ficar sabendo algo da Bella, pode entrar em contato?
–Claro.

Ouvi passos de Edward se afastando e tentei avaliar o que estava sentindo
Era alívio.
Mas também era pesar.
E por um momento eu quis sair daquele quarto e ir atrás dele.
Mas me contive. Ele ainda era um Cullen.
E eu não podia arriscar que ele quisesse tirar os bebês de mim.
Então tentei de novo acreditar que eu estava fazendo a coisa certa ao ouvir o barulho do carro se afastando.
Ainda se passaram alguns minutos até que Jacob entrasse no quarto.
–Ele já foi.
–Eu sei. – murmurei abatida.
–Ele pareceu preocupado, Bella... talvez... se conversasse com ele...
–Não posso confiar nele. Juro que eu queria poder... – minha garganta se fechou, mas antes que eu pudesse continuar lamentando, me lembrei de algo e me levantei, indo procurar meu celular.

Eu precisava falar com a minha mãe.
Como eu desconfiava, meu celular estava desligado, e quando eu o liguei, havia várias ligações.
Da casa dos Cullens.
E de minha mãe.
Disquei o número dela com as mãos trêmulas.
–Bella, pelo amor de Deus, o que está acontecendo? – foram suas palavras desesperadas assim que atendeu.
–Calma, mãe...
–Calma? Me pede calma? Um tal de Edward Cullen esteve aqui ontem dizendo que você não só fugiu da casa dos Cullens com os bebês que tomava conta, como também na verdade era mãe deles! Bella, pelo amor de Deus, diz que isto tudo é mentira!
Fechei os olhos com força.
–Não, mãe, é tudo verdade.
–Como assim? Bella, isto é loucura, não pode ser...
–Mãe, fique calma e deixa eu falar. Acho que já está na hora da senhora saber toda a verdade.
Eu deveria saber que não seria fácil contar tudo para minha mãe. E não foi.
Ela chorara. Gritara. Me xingara.
E eu também chorei e me senti mais mal do que nunca.
–Bella, como pode fazer tudo isto? E não contar nada pro seu pai e nem pra mim...
–Me desculpa, mãe...
–E onde você está agora?
–Na casa do Jacob em Forks. Vim procurar Charlie, mas ele está viajando com Billy Black.
–Por que diabos não veio para cá?
–Não queria envolvê-la nisto.
–Bella, eu sou sua mãe! Deveria ter me envolvido nisto desde o dia que descobriu que estava grávida! Eu jamais teria deixado se envolver em toda esta confusão!

–A senhora teria preferido que eu fizesse o aborto, não é?
–Eu teria aceitado qualquer decisão, se fosse tomada com maturidade! E não teria deixado você dar o filho pra uma maluca que engana a própria família!
–Me desculpa, mãe...
–Bom, não adianta lamentar seus erros agora, não é? Coloque estas crianças no carro e venha pra casa.
–Mas...
–Não pode ficar aí na casa do Jacob Black! E sabe Deus quando seu pai volta!
–Mas o Edward esteve aí...
–Sim, mas não vai voltar, já sabe que não está aqui. E quando estiver em segurança, nós pensaremos no que fazer.
–Eu não sei, mãe...
–Bella, eu vou te ajudar, filha. Venha para casa, querida.
Senti lágrimas quentes no meu rosto e uma sensação reconfortante em meu peito.
–Sim, mãe, eu vou pra casa.
Eu desliguei e enxuguei o rosto.
Jacob me encarava.
–Eu vou pra Phoenix.
–Não, nem pensar.
–Eu preciso. É melhor que eu fique com a minha mãe.
–Bells, não pode viajar sozinha com as crianças.
–Eu já viajei até aqui.
–O que foi uma loucura da sua parte. Se insiste em ir, eu vou com você.
–Jake...
–Já está resolvido. Eu vou apenas da um pulo na cidade, vou sondar se está tudo bem, se o tal Cullen causou algum estrago... E se estiver tudo seguro, nós viajamos amanhã de manhã, tudo bem?
–Tudo bem.

Jacob voltou horas depois, dizendo que Edward estivera perguntando de mim pela cidade, mas que tinha partido no começo da tarde.
–Será mesmo que ele desistiu?
–Pode ser. Deve ter visto que não está aqui. Mas vamos ficar espertos. Vamos partir à noite, tudo bem?
–Certo.
Jacob pegou sua jaqueta e a chave da moto de novo.
–Eu vou deixar tudo da oficina acertado com o Jared pra gente partir, ok?
–Sim...
Ele se aproximou e tocou meu rosto.
–Não se preocupe, Bells. Vai dar tudo certo.
–Eu quero acreditar em você....
Ele sorriu.
–Será como nos velhos tempos, mas sem motos... e com bebês.
Eu sorri.
–Obrigada por tudo de novo, Jake.
–Amigos são pra estas coisas, Bells.

E ele partiu fechando a porta atrás de si.
Eu fiquei olhando pela janela, e quando a moto estava fora de vista, eu voltei para o quarto e peguei as coisas dos bebês e coloquei no porta-malas.
Depois voltei e pegueis os gêmeos, os colocando no carro.
E então, entrei no carro e parti.
Não podia envolver Jacob na minha confusão. E ele já me ajudara demais.
Eu iria sozinha encontrar minha mãe.
E depois, o futuro era incerto.

Já tinha anoitecido quando me pararam.
Eu viajava por algumas horas apenas.
No início achei que fosse apenas uma blitz normal e fiquei aliviada por ter lembrado de pegar os documentos do carro dos Cullens e minha carteira de motorista.
O guarda me parou, relanceando o olhar para os gêmeos no banco traseiro, enquanto examinava meus documentos.
Então se afastou por alguns minutos, falando com outro guarda, que falava num rádio.
Comecei a ficar preocupada, e minha preocupação se transformou em pavor quando ele voltou e pediu para eu sair do carro.
–Mas por quê...? – indaguei, abrindo a porta e saindo, e no minuto seguinte, eu estava algemada contra o capô do carro.
–Isabella Swan, está presa sobre a acusação de seqüestro de dois bebês.

Meu mundo desabou naquele momento.


**continua**




Nenhum comentário:

Postar um comentário


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Image and video hosting by TinyPic