12 setembro 2012

FanFic: Forget Me Not - Capitulo 12



Forget Me Not

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, Mistério, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**

**Pov Edward**

As coisas estavam de mal a pior.
E meu humor estava indo para o mesmo caminho.
Bella havia dito que eu tinha o poder de despertar o pior nela.
Então a recíproca era verdadeira.
Eu também me sentia consumido pelos piores sentimentos quando ela estava por perto.
E agora eu me consumia de ciúmes.
Desde que Rose comentara na tarde passada que sua babá teria um encontro com Mike Newton eu me sentia a ponto de explodir de raiva.
Como era possível que ela saíra do meu quarto, da minha cama e agora ia pular na cama de um idiota feito Mike Newton?
Quando a única coisa que eu pensava, era numa maneira de fazê-la voltar para lá. Voltar para mim.
Mesmo sabendo que era absurdo.
Mesmo sabendo que isto não ia durar.
Eu ainda ia embora. E Bella ainda era uma incógnita pra mim.
Eu não conseguia entendê-la.
Não conseguia saber quem ela era de verdade. A garota sexy e fácil daquele clube ou a babá eficiente e doce dos filhos de Rose.

E o pior de tudo era que eu ansiava descobrir.
E sabia que isto nunca ia acontecer.
E saber que enquanto eu me consumia, ela estava por aí, se divertindo com outro cara, me deixava enfurecido.
E fora com esta fúria que eu entrara no quarto dela na noite passada. E nem sabia para quê.
Para impedi-la? Eu sabia que não podia fazer isto.
Eu não tinha nenhuma posse sobre Bella para tanto.
Talvez eu fosse algum masoquista e gostasse de sofrer.
De vê-la toda arrumada para outro cara. Jogando na minha cara que ia mesmo sair com outro.

Como se a tarde passada comigo não tivesse significado nada.
E possivelmente não significasse mesmo.
E de novo eu estava sob o efeito daquele desejo insano, obscuro, perigoso.
Eu queria que ela admitisse que sentia o mesmo. Eu queria que Mike Newton soubesse disto.
Mas do que adiantaria? E no final, quando eu sabia que ela estava onde eu queria que ela estivesse, eu não me sentia feliz.
Nem satisfeito.
Ainda faltava algo.
Ainda havia aquela intuição de que estava tudo errado.

Eu não sei se era o fato de ainda saber que ela era aquela garota do clube.
Que seduzia num minuto para depois agir com a mais absoluta frieza no outro, que me incomodava.
Mas o fato era que eu não pudera continuar.
E mesmo continuando a me consumir de ciúme, eu a deixei ir.
Tentando me convencer que era melhor assim.
Eu devia ir embora o mais breve possível e esquecer que Bella Swan existia.
Mas isto fora ontem.
Fora antes de passar a noite tentando imaginar o que ela e Mike Newton estariam fazendo.
Fora antes de vê-la emergir do carro dele tarde da noite. Da janela do meu quarto eu a espiava como um stalker, procurando indícios que a denunciasse.
Controlando a vontade de ir atrás dela de novo... e desta vez não deixá-la.
A quem eu queria enganar?
Isabella Swan era como uma droga.
Um tipo único de heroína feito somente para mim.
E eu precisava dela.
Muito.

E eu não queria saber das desconfianças de Rosalie, que me abordara tarde da noite, sobre ter me visto sair do quarto de Bella. Eu neguei qualquer coisa e ela parecera acreditar, mas Rosalie era amiga de Tanya e eu precisava ser mais cuidadoso. Não que eu devesse alguma satisfação a Tanya. Não tínhamos nenhum compromisso. E eu nem saía com ela há mais de um ano. Mas mesmo assim, não queria mais confusão do que já estava metido. E agora Rosalie dizia toda sorridente que teríamos visita para o almoço.

–Convidei Mike Newton para almoçar com a gente. – disse, entrando na sala onde eu estava conversando com Esme e Carlisle.
–Mike Newton? – Esme comentou. – Não sabia que eram amigos.
Ela deu de ombros.
–Nem tanto mesmo, mas ele está namorando com a Bella.
Eu apertei o copo que segurava com força.
–Bella, sua babá? – Carlisle indagou, surpreso.
–Sim, não é fofo? – Rosalie sorriu.
–E você aprova mesmo isto? – indaguei.
Ela me encarou.
–Como assim?
–Sua babá namorando com um dos seus amigos.
–Não seja esnobe, Edward! A Bella merece o melhor, e Mike é um ótimo partido! Claro que eu aprovo.
–Achei que adorasse a Bella como babá! Se ela se casar vai perder sua melhor babá. – Carlisle comentou.
–Ainda mais agora que demitiu a Jessica e Angela foi embora. - Esme falou.
–Nossa, o que aconteceu? – Carlisle parecia surpreso.
Esme já tinha me contado que as babás de Rose tinham ido embora. Mas isto não me interessava.
Eu só tinha pensamentos para uma babá.
–Angela se demitiu para ir morar com o namorado e Jessica eu tive que demitir.
–Por quê?
–Era insolente demais, mas chega deste assunto, estou ouvindo um carro, acho que Mike chegou. – ela se levantou para ir receber Mike.
Eu tive vontade de inventar alguma desculpa para sair dali e não almoçar com eles, mas naquele momento, Bella entrou na sala empurrando um carrinho com os gêmeos.
E ela não usava o uniforme de babá e sim, uma calça jeans, e os cabelos cor de chocolate estavam soltos.
–Oi, Bella. – Carlisle se levantou indo pegar um dos bebês. – Está bonita.
Ela corou, sorrindo sem graça.
–Eu falei para Rose que não seria...
–Imagina, querida. – Esme pegou Sophie. – Rose nos contou que está namorando e que convidou seu namorado para almoçar aqui, claro que pode almoçar com a gente também.
Neste momento ela levantou a cabeça e nossos olhares se encontraram.
Ela desviou o rosto, rapidamente.
–Então está mesmo namorado Mike Newton? – indaguei, tentando soar casual.

Mas antes que ela pudesse responder, Rose entrou na sala acompanhada não só de Mike, mas também de Tanya. Era o que faltava para completar meu dia, pensei com ironia.
Mike cumprimentou a todos e com um sorriso idiota beijou Bella no rosto.
Tive vontade de levantar esmurrá-lo.
–Oi, querido. – Tanya sentou ao meu lado, beijando meu rosto.
–Oi, Tanya.
–Que casal fofo eles formam, não é? – ela indagou.
Eu respirei fundo.
Agora Mike elogiava os bebês de Rose, que oferecia uma bebida a ele.
Tudo isto com Bella sentada ao seu lado. Ela parecia muito tímida.
–Não formam? – Tanya insistiu e eu dei de ombros.
–Não me interessa se formam ou não.
Tive certeza que soei mais ríspido do que almejava, mas já não estava nem aí.
–Alice ligou hoje de manhã. – Esme comentava. – Está fazendo muitas compras em Paris agora.
Carlisle riu.
–Imagino que ela deva estar enlouquecendo Jasper.
–Imagina, Jasper sempre faz o que Alice quer. – Esme falou e se virou para Rose. – Rosalie, Emmett virá almoçar em casa?
–Infelizmente não. Ele está correndo para resolver tudo porque vamos viajar no fim de semana.
–Vão? Eu não estava sabendo.
–Iremos para Nova York. – foi Tanya quem respondeu. – Minha irmã Kate fará sua festa de noivado. Aliás, todos estão convidados, claro. Desculpa avisar em cima da hora, mas só ontem à noite que ela me contou!
–Então sua irmã vai casar mesmo com aquele irlandês?
–Sim, Garrett conseguiu convencê-la. - Tanya colocou a mão na minha coxa. – Você também vai não é, Edward?
–Ainda não sei, Tanya.
–Kate adora você, tem que ir!
–Está pretendendo voltar já pra Europa, Edward? – Rosalie indagou.
–Ainda não sei. – respondi e olhei para Bella. Ela desviou seu olhar.
–Bem, o almoço está servido, vamos comer? – Esme nos chamou.
Noah no colo de Carlisle começou a chorar e automaticamente Bella se aproximou para pegá-lo, mas Rose se adiantou.
–Não, deixa que eu cuido! Hoje você tem que dar atenção a Mike.
Bella pareceu que ia insistir, mas Rose já se afastava com o bebê.
Mike foi quem ficou satisfeito, segurando a mão de Bella.
A vontade de esmurrá-lo ameaçou me dominar de novo.
E eu tive que passar o almoço inteiro me controlando, alheio à conversa na mesa, que girou em torno da viagem iminente de Rose a Nova York para o tal noivado de Kate Denali.
Eu não fazia a mínima questão de comparecer. Na verdade eu precisava colocar um ponto final naquela insistência de Tanya.
Não ia dar em nada. Talvez um dia eu achara que poderia dar certo. Ela era bonita, nos dávamos bem e minha família era amiga da sua.
Mas hoje, eu sabia que nunca iríamos ficar juntos.

Então já estava na hora de eu ter uma conversa definitiva com Tanya Denali.
Não seria fácil, mas seria o certo a fazer.
E se todos meus problemas se limitassem a Tanya...
Mas a razão principal dos meus infortúnios era outra mulher.
Isabella Swan.
Ela estava sentada ao lado de Mike Newton, que lhe lançava olhares de adoração.
Com certeza ele já estava comendo em sua mão. Faria o que ela quisesse.
Apenas porque ele queria tê-la.
E provavelmente ele a teria.
Estava claramente apaixonado por ela. E ainda tinha Rose a seu favor.
E eu sabia bem como Rosalie agia quando cismava com algo.
Na verdade, eu não entendia bem toda aquela torcida.

Rose estava quase sem babás e Bella era sua preferida.
Se Bella realmente se comprometesse com Mike, iria embora.
E Rose perderia sua babá mais eficiente.
Eu deveria ficar feliz com isto. Afinal, ainda não sabia bem se Bella era totalmente de confiança com dois bebês inocentes.
Mas como aceitar Bella com outro cara?
–Acho que passou da hora deles dormirem. – Rose falou, interrompendo meu fluxo de pensamento, quando os dois bebês começaram a choramingar.
–Sim, pode deixar que eu os levo, Rose. – Bella se adiantou, já se levantando e empurrando o carrinho que os bebês estavam.
–Mas, Bella...
–Tenho certeza que Mike entende, não é? – Bella falou firmemente e Mike sorriu.
–Claro que sim. Eu preciso mesmo ir embora. Tenho que voltar ao trabalho.
Rose deu de ombros.
– Então vá, Bella. Daqui a pouco eu subo para ver como eles estão.
Bella se afastou apressadamente.

–Nossa, como eles choram. – Tanya bufou, enquanto Mike se levantava, se despedindo de todos.
–Que pena que já tem que ir. – Esme comentou. – Mas você está convidado a voltar mais vezes.
–Sim, volte sempre que quiser. – Rose continuou. – Estou adorando seu namoro com a Bella.
Mike ficou vermelho
–Ainda não é um namoro...
–Não seja tímido! – Rose riu. – Tenho certeza que foram feitos um para o outro.
Mike ficou mais vermelho ainda e acabou de se despedir e ir embora.
–Eu tenho que ir também. – Tanya falou. – Tenho que fazer algumas compras.
–Eu vou com você. - Rose disse. – Quero comprar um vestido pro jantar da sua irmã!
Rosalie se afastou para se arrumar e Tanya foi para a sala comigo.
–Espero mesmo que você me acompanhe ao jantar da minha irmã.
–Não será possível, Tanya.
–Por que não? A gente podia ir pra Nova York e depois eu podia ir com você para a Europa, quero mesmo passar uma temporada por lá.
–Não posso te impedir de ir para onde quiser ir, Tanya, mas não irá comigo.
–Mas...
–Tanya, acho que já entendeu que não vai rolar mais nada entre a gente.
Ela ficou séria.
–Por que não?
–Há muito tempo que isto não dá mais certo, você sabe disto.
–Por causa da França? Mas agora vai ser diferente, nós...
–Não existe nós.
–Porque você não quer.
–Sim, é verdade. Eu não quero.
–Por que faz isto comigo, Edward, sabe que eu amo você...
–Não ama, Tanya. Você acha que gosta de mim, mas tenho certeza que é só um capricho seu...
–Não é capricho! Eu sempre achei que íamos acabar juntos, esperei você me assumir todos estes anos!
–Eu nunca te fiz promessas. Sempre fomos amigos acima de tudo.

Ela respirou fundo.
–Ok, tudo bem. Vamos ser amigos então. Eu vou pra Europa com você como amigos e...
–Não, Tanya, não insiste. Eu vou voltar para a Europa sim, mas é sozinho.
–Esta é sua decisão?
–Sim, é.
–É por causa dela, né? Por causa daquela babá sem graça...
–Não tem nada a ver com a Bella, não seja ridícula!
–Não? Acha que eu sou cega? Você está louco por ela! Mas ela não é esta inocente que você pensa, ela...
–Tanya, vamos? – a voz de Rose interrompeu seja lá o que Tanya fosse falar.
Rose olhou de mim para Tanya, com o semblante grave.
–Estavam discutindo?
–Não, apenas tendo uma conversa... mas podem ir, eu vou subir pro meu quarto.
–Sim, vamos Tanya. – Rose puxou Tanya pelo braço e as duas desapareceram porta afora.

Eu subi as escadas, aliviado por finalmente ter posto um ponto final na minha história com Tanya.
Eu sabia que o mais certo a fazer agora, era fazer minhas malas e ir embora.
Mas a sensatez não era mais uma das minhas qualidades.
Não quando havia Isabella Swan por perto.
E foi justamente ela que eu vi saindo do quarto dos bebês e caminhando pelo corredor.
E eu a segui.
O cheiro delicioso de frésias ficando impregnado no ar.
Me dava vontade de sentir aquele cheiro mais perto, diretamente de sua pele.
De repente ela se voltou, me encarando.
–Está me seguindo?
Eu sorri, me sentindo meio culpado.
–Estava.
Ela mordeu os lábios nervosamente.
Segurava algumas roupinhas de bebê entre as mãos.

–O que eu preciso fazer para me deixar em paz? – sua voz continha um certo cansaço e de repente eu me senti do mesmo jeito.
Cansado de todo aquele jogo de gato e rato.
Mas infelizmente ainda não me sentindo preparado para me afastar.
E mesmo sabendo que eu estava cometendo mais um erro, dei um passo à frente.
–Eu sei que eu devia, mas eu não consigo. – confessei.
Ela me encarou sem falar nada por uns momentos. Como se pensasse no que dizer.
–Isto é problema seu.
–Achei que fosse um problema nosso. Eu sei que se sente do mesmo jeito, Bella.
–Acha? E daí? Edward, você acha que eu sou uma vagabunda porque eu gosto de fazer sexo com você. Sim, eu não vou negar. Você sabe disto. Desde aquele maldito clube. Mas a verdade é que eu não passo de uma fantasia para você. Você cismou comigo porque me conheceu naquele lugar horrível! E eu sei que a culpa é minha, eu deixei você pensar o pior de mim, porque eu mostrei o meu pior pra você. E agora aqui, na casa da sua família, nenhum de nós esperava por isto. E em vez de me deixar em paz, você fica me perturbando, me perseguindo! E de novo eu fiz aquilo que você queria, não é? Mas agora chega, Edward. Nunca mais, entendeu? Nunca mais eu vou fazer sexo com você de novo. Porque eu cansei de você, dos seus joguinhos. E embora você tenha me taxado de puta, eu sou muito mais do que isto. Eu tenho muito valor e amor próprio para continuar me sujeitando a isto. Então por favor, pára de andar atrás de mim, pare de falar comigo. Finja que eu não existo, que eu farei o mesmo com você.

E sem mais, ela se virou e continuou andando, me deixando sozinho no corredor.
Ainda chocado com suas palavras duras.
Porém verdadeiras.
Sim, eu a taxava do pior, desde aquele clube.
Eu chegara a entregá-la para Rose, porque não confiava que ela fosse uma boa pessoa, embora todos naquela casa dissessem o contrário.
Apenas porque ela estava naquele clube.
Não, não era só isto.
Porque ela fizera sexo comigo e, sabe Deus com quantos mais outros caras.
Porque Aro Volturi dissera que todas as garotas que estavam ali eram sim pagas.
E Bella era uma delas.
Mas agora, algo parecia não se encaixar.
Por que ela estava naquele “lugar horrível”, como ela mesma falara?
E como é que ela tinha se transformado em uma babá acima de qualquer suspeita?
Bella Swan era um enigma.
E eu precisava decifrá-lo senão enlouqueceria.
Mesmo agora ela exigindo que eu a deixasse em paz.
Eu sabia que ela tinha razão. Eu já ensaiara fazer aquilo muitas vezes, mas não conseguia.

Era como um homem viciado.
Mas de alguma maneira, agora eu sabia que ela estava falando sério.
Pela primeira vez eu vira uma maturidade e seriedade que nunca tinha visto nela antes.
Mesmo assim eu precisava saber.
Quem sabe assim, eu conseguisse deixá-la de vez.
Com este pensamento em mente eu caminhei até o escritório e peguei o telefone e disquei para o celular de Emmett.
–Oi, já estou chegando em casa.
–Onde está o telefone daquele detetive particular que você usa para investigar seus funcionários?
Emmett riu.
Ele havia me contado que às vezes usava um serviço de uma agência para saber mais sobre funcionários que deveriam ser de confiança.
–E para que precisa disto?
–Depois eu te conto.
–Certo, está na agenda da segunda gaveta.
Eu desliguei e peguei o telefone.
E alguns minutos depois, eu estava pedindo para investigar tudo sobre o passado de Isabella Swan.
Emmett entrou na sala assim que eu desliguei.
–E ai, vai me contar o que está acontecendo?
Eu respirei fundo.
Sim, talvez já fosse hora de Emmett saber toda a verdade.


**Pov Bella**

Eu estava tremendo quando entrei no meu quarto.
Havia um buraco em meu peito.
E uma fria resignação em minha mente.
Eu tinha feito o que deveria ter feito desde que vira Edward naquela casa.
Deixado bem claro que eu não estava à sua disposição para seus joguinhos.
Eu não era uma vadia, embora tivesse me comportado como uma naquele clube.
E depois quando entrara no seu quarto e colocara a máscara novamente.
Tudo porque ele exercia uma atração irresistível sobre mim.
E isto desde o começo só me causara problema.
E agora eu tinha que ser firme mais do que nunca.
Havia meus bebês para proteger.
Era somente neles que eu tinha que pensar.

Eu tinha que esquecer o que sentia por Edward. Seja lá o que fosse.
Ele só me via como uma fantasia, um fetiche.
Uma garota de máscara que era bem fácil.
Pois agora eu não seria mais.
Respirando fundo, eu reparei que estava amassando as roupinhas dos bebês entre os dedos e as larguei.
Roupinhas dos meus filhos.
Que nunca saberiam disto.
De novo aquela dor que eu mantinha bem escondida no peito ameaçou me sufocar.
E agora ela vinha junto com um certo sentimento de culpa.
Porque agora eu sabia quem era o pai deles.
E ele também nunca saberia disto.

Havia uma voz bem lá no fundo da minha consciência que gritava que isto não era justo.
Mas como poderia ser? Eu tinha trilhado um caminho sem volta.
Entregado meus bebês a Rosalie e agora ela era a mãe deles.
E Emmett era o pai.
Não tinha como voltar atrás, sem destruir aquela família.
Não, a verdade sobre os gêmeos seria pra sempre um segredo.
E eu seria sempre a babá deles.
Estaria por perto. Amando e cuidando.

Mesmo sem eles saberem que eu era a mãe deles.
E que aquele tio que apareceria de vez em quando era o pai.
Fechei os olhos com força para não chorar. Controlando a dor.
Até que estivesse no controle das minhas emoções novamente.
Me levantei e voltei para o quarto dos bebês.
Eles dormiam tranqüilamente e me ocupei arrumando as roupinhas recém-lavadas que uma das empregadas tinha trazido.

Até que, algumas horas depois, uma delas entrou no quarto.
–Bella, estão te chamando no escritório.
–Certo, obrigada.
Eu me certifiquei que os bebês continuavam dormindo e desci, me perguntando o que seria. Será que Rosalie já tinha encontrado novas babás.
Eu não sei se gostaria disto. Eu era perfeitamente capaz de cuidar dos bebês sozinha.
Bati na porta e ouvi a voz de Emmett.
–Entre, Bella.
Eu me surpreendi ao abrir a porta e ver, não só Emmett ali, mas Rosalie também.
E mais ao fundo, perto da janela estava Edward.
Todos estavam muito sérios e graves e eu senti um calafrio.
–Pediu para me chamar?
–Sim, Bella. – Rosalie disse trocando um olhar com Emmett. – Bella, sinto muito. Mas... Nós precisamos demiti-la.


**continua**

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