05 agosto 2012

FanFic: Never Say Never - Capitulo 6


Never Say Never

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Atenção: Este história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.



E suas mãos estavam segurando minha cabeça. Como se houvesse alguma força capaz de me mover para longe dele naquele momento e eu senti seu hálito morno e delicioso em minha língua, antes que seus lábios tocassem os meus. Delicadamente. Como se estivesse realmente testando, conhecendo.


Eu acho que gemi, enquanto uma descarga de adrenalina fazia meu sangue correr mais rápido nas veias, o calor extrapolando a barreira da minha pele, e de repente minhas mãos subiram como se tivessem vontade própria para os cabelos cor de areia, os torcendo sobre meus dedos, enquanto Edward continuava a me beijar, uma, duas, várias vezes; muitos beijos curtos que pareciam ir desencapando cada fio do meu corpo e me deixando exposta, meus ossos se transformando em esponja, uma fraqueza deliciosa tomando conta dos meus membros.


E aquele calor... Que começava onde ele me beijava e ia se espalhando, se concentrando em lugares estratégicos. Lugares estes que de repente eu queria muito que ele tocasse. Muito mesmo.
Então, do mesmo jeito que tinha começado, o beijo terminou. Mas ele não me soltou. Seus dedos estavam enredados nos meus cabelos e ele respirava tão ofegante quanto eu, nossas bocas ainda muito próximas, como se fosse impossível agora se afastarem mais do que alguns centímetros.
–Tudo bem? – indagou.


Eu apenas sacudi a cabeça afirmativamente, porque não confiava na minha voz.
–Algum limite aqui...?
Eu quase ri. Quem estava pensando em limite? Eu nem conseguia lembrar porque diabos tinha começado aquela história de limite! Na verdade, com aquela pequena parte do meu cérebro que ainda funcionava eu pensei que eu não ligaria nem um pouco se ultrapassássemos todos os limites naquele momento.
–Bella? - Edward insistiu.
Por que diabos ele estava falando?
–É... eu... tudo bem com... limites... acho que podemos... - Não precisei terminar, pois de repente estávamos nos beijando de novo e desta vez com tudo que tinha direito, lábios, dentes e língua.

Era como despertar de um longo sono e descobrir que estava banhada pelo sol.
E se eu me movi para cima dele, era porque simplesmente a distância era intolerável.
Mas duas coisas aconteceram ao mesmo tempo.
O telefone tocou.
E com certeza Edward não estava esperando ser atacado por mim, porque perdemos o equilíbrio e fomos direto ao chão.
–Droga! - murmurei vermelha, enquanto o telefone continuava a tocar e eu me desvencilhei dele, pegando o aparelho.
–Alô?
–Hey Bells. – ouvi a voz tranqüila do meu pai do outro lado da linha.
Pai?!
Mas que diabos meu pai ligava numa hora desta?
E de repente eu fiquei mais vermelha ainda, ali, ajoelhada no chão, toda descabelada pelos dedos do cara que agora se levantava do chão.
O cara que eu tinha derrubado no chão.
Que vergonha.
E o pior era que eu sentia como se meu pai também estivesse ali naquele momento vendo o que eu estava fazendo.
Abaixei o olhar e tentei voltar a respirar normalmente.
–Oi pai. - respondi ainda ofegante.
–Tudo bem, Bells? Parece estranha.
–Não! Está tudo bem. – respondi rápido.
–O que esta fazendo?
–Estudando. – menti.
–Jacob acabou de sair daqui. Disse que ia te visitar este fim de semana, mas você tinha compromisso.
Eu olhei para Edward, que agora parecia distraído olhando meus objetos em cima da estante.
Os cabelos mais bagunçados ainda, por meus dedos.
–É, mais ou menos...
–Tem algo que queira me contar?
–Não! Quer dizer, nada demais. – “meu compromisso no fim de semana é transar com um cara lindo. Que beija muito bem. Bem demais” - Vou sair com algumas amigas, um grupo de estudo, estas coisas. – menti.
Eu podia ver o canto da boca de Edward se movendo num sorriso.

–Ok, Bells, cuide-se.
–Tchau, pai. – murmurei e desliguei.
Edward se virou para mim e eu tratei logo de me levantar.
–Acho melhor, eu ir... está tarde. – ele disse.
–Sim, está tarde. – concordei e abri a porta.
–Tchau, Bella.
–Tchau. – murmurei e fechei a porta me encostando nela.
Eu tinha beijado Edward Cullen.
E agora eu tinha que esperar quase três dias para beijar de novo.
E não só beijar. Estremeci, mordendo os lábios com força.
E agora além do medo e da ansiedade se misturando dentro de mim, eu ainda tinha que lidar com aquelas sensações novas e inesperadas.
Naquela noite, eu sonhei com Edward Cullen.



–O que você tem? Está tão avoada! - Jéssica perguntou naquela manhã, enquanto comíamos.
–Nada...
Na verdade eu não estava nem um pouco afim de agüentar as conversas de Jéssica, mas também não ia adiantar muito ficar sozinha.
Jess deu de ombros.
–Não vai comer, não?
–Estou sem fome, – olhei para meu prato praticamente intocado. Eu simplesmente não conseguia colocar nada no estômago que dava voltas e voltas.
–Está doente? - Jéssica insistiu.
–Não, apenas... não dormi direito.
–Eu hein, você está mais esquisita hoje do que nos outros dias...
Ignorei a observação maldosa de Jéssica e tentei comer.
Eles entraram no refeitório minutos depois.
E eu não pude evitar de acompanhá-los com o olhar, embora nem precisasse me sentir culpada, pois todos no salão faziam o mesmo.
Mas meu olhar tinha um alvo certo. Alguém de cabelos cor de cobre e olhos dourados.
E meu estômago, que já estava girando, deu uma volta de 360 graus, quando ele virou em minha direção, como se soubesse que eu o estava observando.
Desviei rápido o rosto, vermelha.
Não queria que Edward pensasse que... sei lá... que eu estivesse obcecada por ele ou coisa assim.
De maneira alguma.
Mas de repente eu me lembrei do teor dos meus sonhos e meu rosto ficou mais vermelho ainda.
Em menos de dois dias não seria apenas sonho. Seria realidade.
–E ai, teve algum contato com o Edward Cullen depois da noite de bebedeira? - Jéssica indagou maliciosa.
–Claro que não, por que teria? – menti.
–Sei lá. Ele foi muito legal em levá-la pra casa depois de vomitar nele. Conheço alguns caras que teriam saído correndo e amaldiçoando eternamente. – riu.
–Ele foi apenas educado, acho. - falei dando de ombros. – E você, saiu de novo com aquele cara da festa?
Ela rolou os olhos animada e começou a contar do segundo encontro.
Jéssica adorava falar sobre si mesma e foi ótimo desviar o assunto sobre Edward e eu.
Infelizmente eu continuei com minha atenção voltada para a mesa dos Cullens, que conversavam animadamente, embora tentasse não olhar para lá.

E me perguntava se Edward teria contado sobre nosso “acordo” para os irmãos.
Eu esperava que não.

Felizmente, enquanto Jéssica ainda contava suas intermináveis histórias, os Cullens se levantaram e saíram da mesa. Eu não fazia ideia do que Jéssica estava falando, mas mantive o rosto no meu prato, onde mexia a comida para lá e pra cá, sem comer, até que a porta se fechasse atrás deles.
Respirei aliviada.
–O que você acha? - Jéssica perguntou e eu a encarei, tentando me lembrar do que ela estava falando.
–Desculpa, o que disse mesmo?
–Ah, deixa pra lá. – respondeu emburrada – Está difícil conversar com você hoje.
–Me desculpa, Jess. Estou mesmo, mesmo distraída. – me levantei, colocando a bolsa nos ombros. – Vou voltar para a aula. A gente se vê.
–Ei, espera. – ela pegou suas coisas e correu atrás de mim – Vai ter uma festa sábado, vamos?
–Não posso.
–Por que não? Não vai dizer que é por causa do que aconteceu sábado passado?
–Não... - eu ia dizer que tinha um compromisso, mas me calei. Jéssica era curiosa. - Na verdade, Jéssica, é um pouco por causa disto sim.
–Quer dizer que não vai sair nunca mais?
Eu ri.
–Não é isto. Mas preciso dar um tempo. E vou aproveitar para estudar, preciso conseguir acompanhar a turma daqui, e só faltam dois meses para as férias.
–Tudo bem então. Se quiser ir, me liga.
–Pode deixar.
Nós nos separamos e eu fui para a aula.
E fiquei me perguntando quando é que Edward falaria comigo para combinarmos sobre o fim de semana.
Será que eu deveria chegar nele e perguntar? Me questionei, enquanto saía da aula e os via caminhando em direção ao Volvo.

Mas de maneira alguma eu ia me expor na frente dos irmãos dele. E também não queria parecer desesperada.
O jeito era esperar.
Mas eu passei a tarde no meu quarto, estudando, ou tentando e nada de Edward.
No dia seguinte, ignorando o tempo frio, eu fiquei esperando os Cullens chegarem do lado de fora, fingindo que lia um livro, mas não foi o Volvo prata que apareceu e sim um BMW vermelho conversível. E havia apenas quatro Cullens ali.
Edward não fora à aula.

Eu passei a manhã inteira o procurando com o olhar entre as aulas e na hora do intervalo, mas na mesa que eles sempre sentavam, estavam apenas seus irmãos.
E no fim do dia de aula, eu os vi entrar no vistoso carro vermelho e partirem, sem o menor sinal de Edward.

O que será que tinha acontecido? Hoje já era sexta feira. Oficialmente o fim de semana começava amanhã e eu não fazia ideia do que ia acontecer. Porque Edward me ignorara no dia anterior e agora desaparecera. Será que ele tinha desistido? Comecei a ficar apreensiva e enquanto caminhava de volta para meu quarto, comecei a tecer várias teorias na minha cabeça. Provavelmente Edward tinha se arrependido de aceitar aquela minha proposta sem noção e pulara fora.
Mas obviamente ele não teve coragem o bastante de dizer isto na minha cara.
Cheguei no meu quarto irritada e liguei o computador.
Havia uma mensagem de Jacob. Queria saber se eu ainda teria um compromisso
–É, Jake, acho que eu levei um fora. – murmurei, enquanto pensava no que responder e de repente bateram na porta.
Meu coração pulou e eu me levantei rapidamente para atender.
Mas não era Edward e sim um entregador com uma pequena caixa nas mãos.
–Isabella Swan?
–Sou eu.
–Assine aqui, por favor.
Eu assinei desconfiada e peguei a caixa.
Não havia remetente e abri, curiosa.

Meu pai ou minha mãe às vezes me mandavam coisas, mas sempre me avisavam antes.
E então eu arregalei os olhos surpresa ao ver um celular.
–Mas que diabos...?
Quem me mandaria um celular?
Sacudi a caixa e caiu um bilhete.

Somente hoje me dei conta que não tenho seu telefone.
Então pra resolver a questão mais rápido, eu estou de dando um.
Assim eu já sei como te ligar.

Edward.

–Eu não acredito. – murmurei.
Como assim ele me deu um celular? Não era mais fácil me perguntar meu número?
Levemente irritada, eu liguei o aparelho e o deixei por ali, enquanto voltava para o computador.
Eu ainda tinha um compromisso afinal, e podia responder isto a Jacob.
Edward ligou exatamente duas horas depois.
Eu quase dei um pulo na cadeira, quando o celular do meu lado tocou e minhas mãos suaram frio quando atendi.
–Alô.
–Oi Bella. – falou a voz inconfundível
–Oi.
–Então recebeu o celular.
–Isto é completamente ridículo. Eu irei devolvê-lo assim que me encontrar com você novamente.
Ele riu.
–Não precisa. É um presente.
–Não quero presente seu!
–Eu precisava te ligar.
–Perguntasse meu número! Teve inúmeras oportunidades ontem. – Deus, eu estava mesmo falando com aquele tom de voz irritado com Edward Cullen?
–Eu sei. Mas esqueci.
–Por que não foi a escola hoje?
–Tive outro compromisso. – respondeu evasivo e de repente eu fiquei muito curiosa pra saber o que era. Mas claro que não perguntei. Edward não me devia satisfação. - Enfim, eu te liguei para combinarmos.
Respirei fundo.
–Certo.
–Meus irmãos irão viajar amanhã à tarde, porque Jasper tem uma prova. Então eu te pego à noite, tudo bem?
–Não precisa me buscar.
–Bella... – eu podia sentia a impaciência no seu tom de voz.
–Não precisa vir até aqui, me dá seu endereço e eu te encontro aí.
Ele pareceu que ia insistir, mas acabou passando o endereço.

–Tem certeza que não quer que eu busque você?
–Não, eu sei muito bem ir sozinha.
–Tudo bem. Eu te espero então.
–Combinado.
Eu desliguei e olhei o relógio no computador.
Daqui a pouco mais de 24 horas eu perderia minha virgindade.
Com Edward Cullen.
Bom, para quem esperava quase 20 anos, esperar 24 horas não seria difícil.

Ou era o que eu imaginava, porque quanto mais as hora iam passando, mais ansiosa eu ficava.
E com medo.
Jéssica ainda ligou quando eu saia do chuveiro, me perguntando se eu não queria realmente ir na festa com ela.
–Não, Jess, vou ficar em casa. – menti.
Eu estava ficando boa nas mentiras, ao que parecia.
–Como você é chata.
Eu ri.
–Pois é, esta sou eu.
–Tudo bem então.
Ela desligou e eu abri meu guarda-roupa.
E agora, o que eu ia vestir?
Mas que droga, tudo era tão normal, tão... enfadonho.
Inocente.
Mas agora era tarde.
E também, eu podia ser um pouco inexperiente, mas pelo o que eu sabia não se precisava de roupa pra fazer o que eu ia fazer, então...
Vesti meu habitual jeans e suéter.

Meu coração parecia fora de controle, quando desci do táxi em frente a um prédio elegante numa área que mesmo à noite, parecia ser muito, muito exclusiva.
Nada menos para os Cullens, pensei.
Olhei para cima me perguntando se teria mesmo coragem de subir.
Ainda posso desistir, pensei.
Mas eu queria desistir?
Acho que era tarde demais para isto também.
Talvez antes... Antes de Edward ter me beijado.
Agora seu sentia que cruzara a barreira do desconhecido.
Provara do fruto proibido e queria mais.
Muito mais.
Respirando fundo, eu dei mais um passo para o desconhecido.
Mas, mesmo enquanto eu caminhava pelo corredor elegante, não podia evitar de me sentir como um vítima indo em direção ao predador. O leão e o cordeiro.
E embora sentisse todo aquele medo e apreensão, me dei conta de que não tinha como escapar.
Eu não queria escapar. Eu queria estar ali.
Com Edward Cullen.

Um cara de que eu não sabia praticamente nada.
Mas que teria mais acesso a mim do que qualquer outra pessoa teve até hoje.
Eu já não me importava mais com os perigos.
Edward Cullen abriu a porta para mim.
E eu, mais uma vez, perdi o fôlego com a sua perfeição.

**continua**




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