01 agosto 2012

Fanfic: Never Say Never - Capitulo 2

Never Say Never

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Atenção: Este história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.


–E aí, quer ir numa festa hoje à noite?
Eu encarei Jéssica, desviando minha atenção dos Cullens que acabavam de sair do refeitório.
E de novo fora aquela comoção. Era quase engraçado. Bem bizarro na verdade. Okay, eles eram incrivelmente bonitos e segundo Jéssica, incrivelmente ricos também.
Talvez fosse por isto que eram tratados como celebridades. Devia ser horrível. Ser sempre o centro das atenções. Pelo menos eu pensaria assim. Odiava ser notada.
–E aí? Quer ir ou não? - Jéssica insistiu.
–Festa?
Eu não podia imaginar porque Jéssica estava me convidando para ir a uma festa. Talvez fosse porque em Boston eu não era nem um pouco popular. Obviamente a culpa era minha. Eu juro que tentei socializar. Fazer o que qualquer universitária fazia. Mas descobri logo que beber, fumar cigarros estranhos e acordar na manhã seguinte com caras mais estranhos ainda, não era pra mim.
Mas era exatamente isto que eu estava querendo agora, não é?
Dormir com um estranho.
Então eu engoli o não que estava na ponta da língua quando Jéssica sorriu.


–Sim, uma festa. Vai ser aqui perto do campus mesmo. É bem concorrida e não pense que qualquer um foi convidado, não.
–Mas você foi.
Ela deu de ombros.
– Eu tive que mexer uns pauzinhos, mas isto não importa – ela revirou os olhos - O que interessa é que você pode começar sua vida social em Dartmouth em grande estilo.
Mordi os lábios, indecisa.
–Eu não sei...
–Vamos sim! Vai ser ótimo. Vários caras gatos – ela piscou, sorrindo maliciosamente e então parou ao ver meu desconforto – ops, você não tem namorado, tem? Por isto não quer ir?
–Não! - respondi rápido. Minha mente se voltou instantaneamente para Jacob, o que era ridículo. Ele não era meu namorado. E se dependesse de mim, nunca seria nada neste sentido.
Bastava eu conseguir transar com alguém.
–Então tem que ir! É a oportunidade perfeita pra conhecer uns caras! Eu to louca para arranjar um namorado.
–Eu não quero um namorado. – falei rápido.
–Que seja! O importante é se divertir.

–Eu vou pensar – acabei por responder.
Ainda não me sentia segura ali para ir numa festa.
E pelo o que Jéssica estava descrevendo, uma festa de gente descolada.
Como aqueles Cullens, por exemplo.
Eu realmente não conseguia me imaginar na mesma sala compartilhando uma conversa com um deles.
Eu não era um deles. Definitivamente.
–Jéssica, preciso ir, já estou atrasada para minha aula.
–Eu nem vou a aula. Vou fazer compras, quero uma roupa nova pra esta festa.

Estava chovendo quando eu saí do refeitório, depois de finalmente conseguir me livrar de Jéssica, que parecia ter muita coisa pra falar pra mim, não se preocupando muito se eu estava interessada. Ela se despediu, dizendo que me ligaria depois das aulas para sairmos e eu logo inventei que teria que estudar a tarde e corri através do gramado até o prédio onde teria aula naquela manhã, rezando para não escorregar e cair no caminho. Mas obviamente a sorte não estava do lado dos descoordenados hoje, pois bastou alguns passos para meus pés patinarem sobre o piso molhado e eu teria ido ao chão, se uma mão surgida de repente não segurasse meu braço, me impedindo de cair.
Infelizmente meus livros não tiveram a mesma sorte e se espalharam aos meus pés.
–Droga! - murmurei, tentando me equilibrar.
–Cuidado.
Então eu levantei o olhar ao ouvir a voz e vi quem era meu salvador.
E arregalei os olhos ao me deparar com Edward Cullen.
Assim, bem de perto, ele era impressionantemente mais bonito. Olhos dourados. Ou eram verdes? Podia ser uma mistura dos dois.
–Oh – murmurei, meio perdida. Me sentindo mais idiota do que me sentia habitualmente, enquanto tentava manter o equilíbrio no chão escorregadio. Podia jurar que meu rosto estava tingido de vermelho.
–Está tudo bem? - ele indagou com um olhar que podia ser descrito como educadamente preocupado.
Acho que fiquei mais vermelha ainda, porque ele ainda não tinha largado meu braço, certamente achando que eu podia me esparramar no chão se o fizesse. O que não estava longe da verdade.

–Sim, claro... – balbuciei, finalmente conseguindo me equilibrar.
–Tem certeza?
–Absoluta.
E só então ele soltou meu braço e se abaixou para pegar meus livros do chão.
–Acho que não molhou muito. – falou, me entregando-os.
Eu os peguei, ainda aturdida.
–É...certo...obrigado. – murmurei e sai andando, ignorando a chuva fina e tentando me manter em pé sem fazer papel ridículo de novo.
E hoje era só meu primeiro dia de aula!
Só voltei a respirar aliviada quando finalmente consegui entrar na sala e sentar num lugar vago.
Observei com pesar meus livros parcialmente molhados, me certificando que Edward tinha razão, o estrago não fora tão grande.
Edward.
Levei a mão ao braço, onde Edward tinha me segurado, só agora me dando conta que estava meio dolorido.
Mãos fortes e dedos gelados, me recordei.
E olhar quente.
Mas que diabos eu estava pensando?
O professor começou a aula e eu abri o livro.
Melhor esquecer o episódio com Edward Cullen.

Eu voltei para meu quarto à tarde.
Ainda chuviscava, mas consegui atravessar o campus sem cair. Afinal, muito difícil que algum Edward Cullen aparecesse para me salvar do chão desta vez.
Entrei no quarto e retirei as roupas molhadas, indo para o chuveiro. Ao passar pelo espelho, olhei minha imagem e, como eu temia, meu braço estava levemente arroxeado onde fora segurada por Edward Cullen.

Coloquei uma roupa velha e voltei para o quarto, pegando meus livros para estudar. Mas estava bem difícil me concentrar e eu me deitei, colocando o ipod no ouvido.
A musica adentrou na minha mente e eu fechei os olhos.
As imagens de Edward Cullen voltaram à minha mente.
Cabelos cor de arei. Rosto pálido
Olheiras.
Havia algo de melancólico em Edward Cullen.
Como aqueles heróis românticos da era Vitoriana.
Eu quase ri de mim mesma.
Eu devia estar delirando. Ou lendo romances antigos demais.
Não havia nada de romântico ou triste em Edward Cullen.
Afinal, ele era ridiculamente rico e bonito.

–Nada como um clima de Forks para te animar.
–Você me conhece.
–E aí, já fez muitos amigos?
–Apenas uma garota de Forks, o nome dela é Jéssica.
–Não conheço. Quer dizer então que não está saindo com ninguém? Quer dizer...
Eu mordi os lábios com força.
Eu sabia onde Jacob estava querendo chegar.
Ele estava especulando se eu estava saindo com alguém.
–É... ainda não sei. – deixei a resposta no ar, mentindo deliberadamente e fiz uma careta. Se Jacob estivesse ali, saberia na hora que eu estava mentindo.
Podia sentir a tensão através da linha.
–Está saindo com um cara, Bells?
Eu respirei fundo. Era agora. Eu podia mentir.
Mas eu não consegui.
–Não, Jake. Não estou. Como poderia, acabei de chegar aqui!
Eu quase podia sentir seu alívio.
–Que bom, que dizer...Espero que esta Jéssica seja legal.
–Ela fala demais pro meu gosto, mas é legal sim.
–Estou com saudades. – ele disse de repente, eu sorri.
–Eu também.
–Só dois meses para você voltar.
Eu fechei os olhos.
Havia tanta coisa imiscuída naquelas palavras. Tantas coisas que eu queria evitar de qualquer jeito...
Sim, Jacob ainda estava me esperando.
E eu simplesmente não podia deixar aquilo acontecer. Não com ele.
Não com meu amigo Jacob.
–Jake, preciso desligar. Tenho que me arrumar, tenho uma festa pra ir.
–Festa?
–É, com a Jéssica. Ela vai me apresentar uns amigos. A gente se fala depois.
–Mas, Bells...
–Depois eu te ligo, ok? Tchau!
Eu desliguei e retornei a ligação de Jéssica.
–Jess? Oi, eu vou na festa com você. – falei antes que mudasse de ideia.
Combinamos de nos encontrar no dormitório dela e desliguei.
Fiquei olhando para o aparelho.
Então era isto.
Eu tinha decidido. Eu ia mesmo achar um cara.
E transar com ele.
E fim de história.

**

Ok, parecia bem fácil na teoria. E por que seria difícil? Garotas faziam aquilo o tempo inteiro, não era? Então por que eu sentia meu estômago dar voltas enquanto batia na porta do quarto de Jéssica?
Ela abriu a porta e me encarou criticamente.
–Você vai assim?
Eu me olhei, não vendo nada de errado no meu jeans e suéter.
Era um dos melhores que eu tinha, afinal.
–Qual o problema?
Ela revirou os olhos, me puxando para dentro.
–Está muito “simplesinha”!
–Eu sou simplesinha. – falei.
–Mas não deveria. Se quer se destacar, se quer se dar bem, tem que colocar uma maquiagem, talvez um decote... Acho que posso te emprestar alguma coisa.
–Não, não precisa. – eu rechacei a ideia.
Nem pensar eu ia parecendo uma perua.
Já era muito eu ir naquela festa, imagina chamar a atenção sobre mim.
Nem pensar!
–Mas, Bella...
–É, sério, não precisa. Estou me sentindo ótima assim.
Ela se deu por vencida, pegando a bolsa.
–Ok, depois não diga que não avisei. Vamos?

Assim que entrei na festa e olhei em volta, eu percebi que talvez devesse ter aceitado a ideia de Jéssica.
O lugar estava bem cheio. Fumaça de cigarro, música alta. Sons de risadas, muita bebida passando de mão em mão. E garotas vestidas para que parecesse mesmo que era algo casual, mas com certeza um visual calculado para ficar sexy.
–Uau! A gente vai se divertir muito, – Jéssica falou animada e eu só tinha vontade de dar meia volta e correr de volta pra segurança do meu quarto.
Mas Jéssica me puxou pela mão para o meio da festa.
–Vamos circular! To louca pra saber quem esta aqui...
Alguém passou dois copos para nossas mãos e eu peguei o bebendo e fiz uma careta, ao sentir o líquido queimando minha garganta e meus olhos ardendo.

–Você bebe whisky? - Jéssica indagou, me encarando divertida.
–Não!
–Não se preocupe, deve ter todo tipo de bebida por aqui. Eu prefiro algo mais doce também.
–É... - eu olhava ao redor enquanto circulávamos.
E tentei forçar minha mente a pensar racionalmente.
Eu tinha um objetivo ali. Então comecei a avaliar os garotos.
Tinha caras de todos os tipos e tamanhos.
Acompanhados, desacompanhados, em grupos, ou sozinhos.
Definitivamente eu devia me aproximar dos sozinhos.
Mas eu não fazia a mínima ideia do que falar.
Este era o problema. Eu era muito inocente. Não fazia a mínima ideia de como ser sedutora ou algo assim.
E como é que eu ia perder a virgindade daquele jeito?
–Oh meu deus! O cara que estou paquerando esta aqui, me deseje sorte – ela disse, animada – Meu batom está ok?
–Está.
–A gente se vê por aí!
E ela se afastou.
–Ei, Jess – eu a chamei, apavorada, mas era tarde. Jéssica já tinha desaparecido.
Ótimo.
Lá estava eu sozinha no meio de uma festa em que não conhecia ninguém.
E tudo o que queria era sumir.
Mas como ficava meu plano? Talvez devesse ser um pouco mais corajosa.
Alguém passou servindo outra bebida e eu peguei
Não era whisky. Nem fazia ideia do que era aquilo, mas eu tomei, ignorando a ardência.
E no fim não parecia tão ruim, era uma questão de se acostumar com o gosto.
E quando passaram outro copo, eu peguei.
Era bom até. Senti minha mente girando. E o corpo leve.
E sorri comigo mesma. Era uma sensação boa.
Então me virei e esbarrei em outra pessoa, derramando todo o conteúdo do meu copo.
E quando olhei para cima, me surpreendi ao ver Edward Cullen.
Edward Cullen estava na minha frente com a camisa toda molhada da bebida que eu derramei.
Mas não diziam que um raio não caía duas vezes no mesmo lugar?
Então como é que de novo eu estava sendo desastrada na frente daquele cara?

–Oh... Meu deus, me desculpa, eu...
–Não, não tem problema. - ele dizia aturdido.
Eu podia sentir meu rosto queimando de vergonha.
–Eu sinto muito mesmo, arruinei sua camisa...
Ele segurava a camisa estragada longe do corpo.
Com certeza devia custar uma fortuna.
–É só lavar.
–Claro... você devia... devia limpar isto, talvez manche, eu não quero mesmo que estrague sua camisa.
–Eu tenho outras.
–Com certeza. – murmurei.
–Bom, acho que vou tentar limpar isto.
–Eu realmente sinto muito...
Então ele deu um sorriso.
De lado.
E eu tive certeza que pela primeira vez na vida eu estava realmente bêbada, pois senti como se aquele sorriso atingisse diretamente meu estômago, revirando-o. Mas de um jeito bom.
Um jeito muito bom, na verdade.
Mas antes que eu me recuperasse, ele se afastou.
Eu fiquei parada ali, agora minha mente também girava.
Olhei em volta da sala que também parecia estar girando e percebi algumas pessoas me encarando e cochichando. Oh droga, será que tinham visto meu vexame com o Cullen?
Certamente.
Mortificada, forcei minhas pernas bambas a caminharem.
Precisava me esconder. Achar um banheiro. Isto!
Precisava jogar uma água no meu rosto. Recuperar a sanidade.
E o amor próprio.
Abri a primeira porta que achei e entrei, me encostando nela e soltei um grito abafado ao ver que o banheiro já estava ocupado.
Por Edward Cullen.
Sem camisa.
Ou eu estava tão bêbada que começara a delirar?
–Está me perseguindo? - ele indagou e havia algo de divertido em sua voz perfeita.

E eu fiquei ali, o encarando com a mente girando.
Ele estava mesmo sem camisa?
Sim, constatei, abaixando o olhar para seu peito desnudo.
Parecia mármore. Perfeitamente esculpido.
E de repente de algum lugar estranho dentro de mim veio a vontade quase compulsória de me aproximar e tocá-lo. Ver que textura tinha. Se seria fria como o mármore. Ou quente. Se havia um coração batendo ali.
Se ele era humano. Ou fruto da minha imaginação.
Porque ninguém na face da terra podia ser tão perfeito.
Meus dedos chegaram a formigar.
–É...eu...eu... - O que eu tinha que responder mesmo? Sacudi a cabeça pra tentar pensar racionalmente.
O que ele estava fazendo ali? O que eu estava fazendo ali?
Eu me lembrei do que tinha vindo fazer naquela festa.
Edward continuava a me encarar. Seu olhar era divertido, indulgente.
Ele tinha olhos bonitos. Ainda não sabia se eram verdes ou dourados.
E tinha um peito bonito também.
Ele era todo bonito.
Ele era todo...sexy.
Sim, era isto. Com aquela pele pálida de mármore, os cabelos cor de areia em perfeito desalinho, o sorriso de lado e aquele peito que fazia minha mão coçar de vontade de tocá-lo.
De repente o ar tornou-se rarefeito. Meu pulso acelerou e eu arfei, sem ar. Um calor invadiu meu rosto e se espalhou por meu corpo, no mesmo ritmo em que um arrepio descia por minha espinha.
E estava tudo descendo, acelerando, esquentando. Pulsando.
Desejando.
A constatação do que estava acontecendo chegou no meu cérebro entorpecido em poucos segundos.
E antes que eu pudesse analisar e rechaçar o absurdo eu me vi falando.
–Você quer transar comigo?

*continua*


Será que o Edward vai aceitar a proposta da Bella? vamos ter que esperar pelo próximo capitulo! amanha tem mais.

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