12 agosto 2012

FanFic: Never Say Never - capitulo 13



Never Say Never

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.

–Oh meu deus. – murmurei horrorizada.
–O que foi? - Edward indagou, acompanhando meu olhar.
–Meu pai!
–Seu pai?
–Sim, droga, meu pai está parado ali, me esperando!
–E por que está com esta cara?
–Por quê? - sim, por que eu estava apavorada? Porque meu pai nunca ia me visitar sem avisar com antecedência? Porque eu estava com Edward no carro? E pior, eu tinha acabado de transar com Edward!
Não que meu pai precisasse saber disto, claro.
Mas eu tinha a impressão que estava escrito na minha testa.
–É melhor eu ir. – murmurei.
Agora eu queria me livrar de Edward antes que me pai o visse.
Não estava nos meus planos dar nenhuma explicação.
–Tudo bem. – Edward respondeu.
–Obrigada pela carona. – falei, ainda tensa ao abrir a porta e sair.
“Obrigada pela carona” talvez não fosse a frase mais adequada naquela situação, mas foi a única que eu achei.
Meu pai me viu assim que eu saí do carro e eu sorri enquanto me aproximava.
Mas sua testa estava franzida.
Oh. Oh.
–Pai, o que faz aqui? – indaguei.
–Quem era no carro?

–Que carro?
–Ora, Bella, o carro da onde saiu, aquele Volvo prata.
Ah.
Eu olhei em direção ao carro e fiquei mais aliviada ao ver que Edward já tinha partido.
–Ah, aquele carro... era um amigo. Peguei uma carona por causa da chuva, mas me diz, o que faz aqui? Por que não avisou que viria? – desconversei.
Ele pareceu meio sem graça.
–Eu quis te fazer uma visita, saber como estava se adaptando a nova faculdade...
Eu franzi a resta. Parecia que tinha alguma coisa estranha acontecendo, ou era impressão minha?
Mas enfim, tirando o fato de quase ter sido pega em flagrante, eu estava feliz por Charlie estar ali.
E então o abracei.
–Estou feliz que tenha vindo, pai. Mas podia avisar.
–Eu decidi de ultima hora.
–Vamos subir?
–Então é aqui que mora? - meu pai olhou criticamente para meu quarto e eu rolei os olhos.
–Não é tão diferente do meu quarto em Boston. E você esteve lá algumas vezes.

–Esta faculdade é cara.
–E eu não sei? - eu o fitei – Pai, está tudo bem com relação a isto, não é? Ou temos algum problema, porque se está difícil...
–Não seja boba, Bella. Eu posso pagar.
–Tem certeza? Não quero que fique com problemas por minha causa.
–Você merece estar aqui. Nenhum sacrifício é grande o bastante.
–Sacrifício?
Foi a vez dele revirar os olhos impacientes.
–É modo de falar.
Eu me aproximei e sentei ao seu lado, na minha cama.
–Pai, não está me escondendo nada, não é?
–Escondendo o quê?
–Como conseguiu o dinheiro para pagar esta faculdade?
–Eu já falei Bells, um investimento que deu certo. - ele se levantou – Agora vamos, me diga como está indo tudo? Sua mãe me disse que tem uma amiga de Forks?
–Sim, o nome dela é Jéssica e... - eu parei – Espera, minha mãe? Minha mãe falou com você?
–Qual o problema?
De repente eu entendi.
Agora finalmente a presença do meu pai ali estava fazendo sentido.
Minha mãe linguaruda deve ter comentado com ele a nossa conversa sobre eu estar saindo com alguém.
E Charlie viera me checar.
Eu ia matar minha mãe.
–E o que mais ela disse?
Ele deu de ombros.
–Nada demais.
–Sei...
Eu quis confrontá-lo, mas me calei.
Se ele não ia dizer nada sobre o assunto era até melhor.
–E então, está gostando? Como são suas aulas?
Eu cruzei as pernas e comecei a contar a ele sobre a faculdade e ficamos um longo tempo conversando.
E eu me perguntava que horas ele ia me perguntar sobre o assunto que obviamente viera saber.
–E esta garota, Jéssica, sai bastante com ela?
–Às vezes. Ela é legal, mas fala demais e gosta de fazer compras.
Ele sorriu.
–E acho que você continua sem gostar disto.
–Você me conhece. Prefiro um bom livro.
–E garotos?
Lá estava.
Eu dei de ombros.
–Nada demais.
Ele parecia que ia perguntar mais.
Já anoitecia e eu me levantei.
–Que tal sairmos para jantar?
–Uma boa ideia.
–Eu vou tomar um banho, tudo bem?
–Claro.
Eu peguei uma roupa e entrei no banheiro, tomando um banho rápido, quando saí, Charlie me encarava gravemente.

E eu parei de respirar ao ver que ele segurava uma camisa em suas mãos.
A camisa de Edward Cullen.
Droga!
–Isto aqui é uma camisa masculina?
–Está fuçando nas minhas roupas sujas?
–De quem é esta blusa Bella?
Eu dei de ombros, enquanto secava o cabelo, despreocupadamente.
Ou melhor, fingindo estar despreocupada.
–É minha, claro.
–É uma blusa masculina.
–E daí? É confortável.
–Tem certeza que é sua?
–Claro que sim. Sabe que eu gosto de coisas assim. Até já usei algumas suas. E então, vamos?
–Sim. – Charlie largou a blusa dentro do cesto, ainda não parecendo muito convencido – Precisa levar esta roupa pra lavar.
–Levarei amanhã.
–Eu vou usar o banheiro e podemos ir.
–Certo.
Ele entrou no banheiro e eu bufei.
Será que tinha convencido Charlie com minha pequena mentira?
Eu esperava que sim.
–Bella, o que é isto?
Eu me virei e sabia que estava encrencada antes mesmo de ver o que Charlie segurava.
Minha cartela de anticoncepcionais que eu deixava sobre a pia do banheiro para não esquecer de tomar.
Meu rosto empalideceu a depois se tingiu de vermelho.
–É o que estou pensando?
–Sim, é. – respondi com a voz sumida.
–E você está tomando isto porque...
Eu respirei fundo.
–Bom, pode ter muitos motivos, e...
–Bella, chega de mentir pra mim, não está funcionando. Você está saindo com algum garoto?
–Pai, acho que...bem.. .
–Era o garoto do Volvo? Bem que sua mãe me disse que...
–Mamãe fala demais.
–Ainda bem que ela fala, porque senão nunca eu ficaria sabendo disto!
–Pai, olha, não há motivos para ficar bravo.
–Você é minha filha e eu tenho todos os motivos! Está aqui para estudar e não para ficar... ficar... dormindo com rapazes.
–Rapaz. Apenas um. - falei vermelha.
–O cara do Volvo.
–É, o cara do Volvo. – concordei.
Charlie respirou fundo.
–Como pode Bella?
–Como pode o que pai? Eu tenho quase 20 anos, sou adulta, posso fazer sexo sem que isto se transforme num drama.

Eu vi o rosto de Charlie se tingindo de vermelho.
Não sabia se era mais constrangimento ou raiva.
Ele respirou fundo pra se acalmar.
–Sim, talvez eu esteja sendo ridículo. Pelo menos está sendo responsável. – ele largou a cartela de pílula em cima da minha escrivaninha como se queimasse sua mão – E então, este rapaz é seu namorado? Por que não saiu do carro para se apresentar adequadamente?
–Ele não é meu namorado. – respondi e devia ter ficado calada.
–Não? Mas... é o que então? Você disse que, deu a entender que... está dormindo com ele.
–Sim, estou, mas... não é meu namorado, ok?
–Bella...
–Pai, vamos mesmo falar da minha vida sexual? Tem certeza?
–Não, acho que é melhor eu nem saber. – falou como se para si mesmo – Mas eu me preocupo, Bella.
–Eu sei, mas não precisa se preocupar. Eu sou responsável, pai. Pode confiar em mim.
–Em você eu confio, mas este cara que eu nem conheço...
–Ele é um cara normal, estuda na faculdade, mora aqui com a família. Perfeitamente normal. – respondi. Mesmo não acreditando nestas minhas afirmações.
Edward Cullen era tudo menos normal.
Com certeza havia algo nele que ainda me fugia. Eu só não sabia o que.
–Eu podia conhecê-lo e...
–Não, pai, isto não vai acontecer. Não insista. Por favor.
–Tudo bem, Bells. Mas se tiver algum problema.
–Não tem problema algum e nem vai ter. E vamos jantar que estou morrendo de fome.
–Certo, vamos.
Charlie não insistiu mais naquela questão.
Nem naquela noite e nem no dia seguinte, que eu faltei na aula para levá-lo para conhecer a cidade.
Eu me perguntava se Edward tinha dado por minha falta, como eu dava pela dele quando ele sumia.

–Tem alguém que está ansioso para vê-la em Forks. – Charlie me disse naquela tarde, enquanto nos despedíamos em frente ao prédio de dormitórios.
Eu sorri.

–Jake, claro. Ele sabe que está aqui?
–Não sabe, senão teria insistido em vir junto.
Eu mordi os lábios.
Imagina se Jacob estivesse com meu pai quando cheguei com Edward.
E será que ele faria as mesmas indagações de Charlie?
Mas não era pra isto que eu tinha transado com Edward? Para não precisar fazer o mesmo com Jake?
Uma hora ele teria que saber.
Engraçado que agora eu quase nem lembrava dos meus reais motivos de estar com Edward.
Engraçado e meio assustador.
Joguei isto para o fundo da mente, enquanto abraçava Charlie.
–Dê um abraço nele e diga que estou com saudades.
–Eu direi. Ele com certeza está contando os dias para você voltar.
–Eu também estou.
“Estou?”.
–Sabe Bells, às vezes eu acho que aquele garoto gosta de você.
–Eu também gosto dele. – falei rápido, me fazendo de desentendida.
–Você entendeu. Devo dizer a ele sobre seu namorado?
–Não tem nenhum namorado, pai, já falei!
–Ok, ok... seu amigo, ou sei lá como vocês chamam!
–Não, não diga nada.
–Tudo bem, como queira. Agora preciso ir antes que perca o avião.
Eu o abracei uma última vez antes dele entrar no táxi.
–Faça uma boa viagem.
–Nos vemos em um mês! - ele entrou no táxi, partindo.
Voltei para meu quarto e olhei o celular.
Não havia nenhuma ligação. Nenhuma mensagem. Nada
Provavelmente Edward nem sentira minha falta na faculdade, pensei, tentando não ficar desapontada.
Porque seria uma atitude ridícula.
Jéssica ligou algum tempo depois querendo saber onde eu me metera e eu expliquei sobre meu pai.
–Podia ter me avisado! Fiquei achando que estava com alguma doença, sei lá!
Eu ri.
–Está tudo bem, apenas levei meu pai para conhecer a cidade, mas ele já foi embora, então estarei de volta. A aula amanhã.
–Que ótimo! Preciso te contar várias coisas.
Eu rolei os olhos.
–Sim, amanhã me conta. – falei com falsa animação.
Eu desliguei e abri meus livros para estudar, embora meus olhos fossem a toda hora para o celular.
Mas quem me ligou aquela noite foi minha mãe.
Eu já imaginava qual seria o assunto da conversa.

–Oi mãe.
–Quer dizer que para seu pai você conta tudo e pra sua mãe nada?
–Ah, estava demorando, não é?
–Poxa Bella.
–Eu não contei, ele descobriu por si só! E por sua culpa.
–Minha?
–É, disse a ele sobre eu estar saindo com alguém.
–Ora, Bella, era segredo? E ele é seu pai, se preocupa tanto quanto eu.
–Se preocupa tanto que veio me checar, eu me sinto com 13 anos agora, obrigada.
Ela riu.
–E aí, me conta tudo agora.
–Mãe...
–Seu pai disse que ele não é seu namorado, mas estão dormindo juntos.
–Sim. – confirmei.
–E está se protegendo não é Bella?
–Claro que sim, eu estou tomando pílulas e usando preservativos, satisfeita?
Quer dizer, das duas ultimas vezes que transamos não usamos nada, pensei.
Mas eu precisaria me preocupar com isto?
–Orgulhosa de ser tão responsável, querida.
–Certo, agora podemos mudar de assunto?
–Apenas tome cuidado, se divirta, você é jovem. E quando for a hora vai encontrar um garoto para chamar de seu.
Eu ria ao desligar.
Um garoto para chamar de meu.
Era realmente engraçado.
Edward com certeza não se encaixaria nesta categoria.
Mas eu nem queria isto, não é?
Eu não consegui mais rir.

Eu já estava quase dormindo quando finalmente o celular tocou.
Eu abri os olhos assustada com o barulho e o peguei rapidamente ao ver de onde vinha.
Meu coração parecia que ia saltar do peito.
“Menos, Bella”.
Tentei soar natural ao atender.
–Alô.
–Oi. – sua voz linda chegou até meus ouvidos com uma carícia.
Eu quase podia suspirar, mas me contive.
–Quem é?
Ele riu.
E claro, o riso dele era o melhor do mundo. Rouco e delicioso.
Causava arrepios em lugares que eu nem queria pensar.
–Andou dando este número para mais alguém?
–Por que não daria?
–Deu?
–Não, não dei. Sabe que eu nem deveria ter este celular.
–Por que não foi à aula hoje? Está tudo bem?
Ah, então ele notara.
Eu sorri.

–Meu pai está na cidade, esqueceu?
–Eu imaginei que fosse algo assim.
–Eu o levei para conhecer a cidade.
–Ele ainda está com você?
–Não, já foi embora.
–Isto significa que estará na aula amanhã.
–Claro que sim.
–Espero não ter causado problemas com você e seu pai.
–Ah, é óbvio que ele fez perguntas, mas eu já sou bem grandinha.
–Ele sabe sobre mim?
–Não. – menti.
E nem sei porquê.
–Talvez eu não vá à escola amanhã.
–Por que não? - indaguei automaticamente e quase mordi a língua.
–Tenho algumas coisas pra resolver.
Algumas coisas? Que tanto Edward fazia fora da faculdade?
Eu queria muito perguntar, mas não tive coragem.
–Tudo bem. Nos vemos na sexta?
–Sim, eu posso te buscar na sexta à noite. E isto está fora de discussão.
Eu ri.
–Por que não? Posso muito bem ir sozinha.
–Talvez eu goste de estar num carro com você.
Eu mordi meus lábios para não gemer, ao me lembrar do que fizemos da ultima vez que estivemos juntos em um carro.
–Não sei se teria coragem de fazer aquilo de novo.
Ele riu.
–Não estou dizendo isto, Bella.
–Certo. Eu preciso dormir. – falei, embora soubesse que poderia ficar ouvindo a voz de Edward a noite inteira.
–Tudo bem. Até sexta.
–Até.
Eu desliguei e fiquei olhando o teto.
Faltava muito tempo para sexta?

Obviamente quinta passou arrastado.
E sexta finalmente chegou.
Eu andei apressada pelo campus à procura do Volvo prata e senti um alivio idiota ao vê-lo.
Mas o Cullens já deviam ter entrado.
Na hora do intervalo, meus olhos foram diretamente para a mesa dele quando passei e Edward me encarou, um pequeno sorriso discreto brincando eu seus lábios.
Eu tropecei numa cadeira à minha frente.
Fiquei vermelha feito pimentão, enquanto sentava na mesa com Jéssica e podia jurar que Edward estava rindo.
–O que foi isto? - Jéssica também ria.
–Isto o quê?
–Você quase caiu!
–Eu sou meio descoordenada. Vai se acostumar com isto.

–E aí, o que faremos no fim de semana, e nem venha dizer que vai ficar estudando. Não tenho nada de útil pra fazer e podíamos ir num cinema...
–Eu não posso.
–Ah, Bella! Fala sério!
–Eu tenho...
–Ah meu deus, você tem um encontro?
Eu fiquei vermelha.
–Mais ou menos.
–Eu sabia! Sabia!
–Pára Jess, não é nada demais.
–Com quem, com quem, conta logo!
–Ninguém que conheça, nem é da faculdade! – menti.
–Ah, adorei isto! Está mesmo precisando se divertir! Podíamos fazer umas compras hoje...
–Não, não podemos. Hoje à tarde tenho que estudar, esta semana já começa algumas provas.
–Ah, que chata. Mas tudo bem. Eu quero saber tudo depois, hein? Quero todos os detalhes.
–Vou pensar nisto... - falei evasiva. Louca para olhar de novo para a mesa de Edward, mas nem ousei.
Quando levantamos, os Cullens já não estavam ali.

Eu esperei ansiosamente a tarde inteira, mal conseguindo estudar enquanto as horas se arrastavam.
Cada minuto era uma tortura.
Até que o celular tocou.
Eu atendi.
–Oi.
–Bella, não podemos nos encontrar neste fim de semana.
“O quê?”.
–Como assim? - que história era aquela?
–Eu sinto muito, meus irmãos estão na cidade e eu tenho alguns compromissos com eles.
Compromisso com irmãos? Desmarque!
Era o que eu queria dizer. Mas não disse.
Engolindo o desapontamento eu respirei fundo.
–Tudo bem. Sem problemas.
–Bella, eu realmente sinto muito, mas... há coisas que não entenderia.
O que ele queria dizer?
–Quer me contar alguma coisa?
–Não, é apenas… bom, meus irmãos viajam bastante e desta vez estão querendo passar um fim de semana em família. Só isto.
–Eu posso entender isto, Edward. – falei, embora sentisse uma dorzinha estranha por dentro.
Alguma parte de mim queria saber se havia a mais remota possibilidade de Edward me incluir em seu programa com a família.
Eu quase ri deste pensamento, de tão absurdo que era.
Edward não era meu namorado. Nem meu amigo era.

Não me devia nada.
–Tudo bem, Edward, nos falamos depois então.
–Fim de semana que vem será diferente, ok?
–Ok. – respondi sem entonação.
Eu só queria desligar e tentar desfazer aquele nó na minha garganta.
–Boa noite, Edward. Aproveite seu fim de semana.
E desliguei antes que fizesse alguma coisa bem idiota, como pedir que ele ficasse comigo em vez de ficar com os irmãos.
Bom, seria um longo e tedioso fim de semana.

Sábado amanheceu chuvoso e frio.
Eu queria dormir o dia inteiro, ou então ficar embaixo da coberta assistindo filmes antigos. Ou lendo meus livros.
Isto nunca me decepcionava. Livros não tinham irmãos esquisitos.
Mas Jéssica me ligou logo cedo.
–E ai, nem te perguntei quando ia ser seu encontro, foi ontem? Ou é hoje?
–Não vai rolar.
–Como assim?
–Não faça perguntas, Jess. Mudanças de planos.
–Ah, não acredito... quer falar sobre isto?
–Não.
–Tá... e vai fazer o que hoje então?
–Nada.
–Então vamos sair! Podemos tomar um café, ir ao cinema e até mesmo numa destas livrarias chatas que você gosta, que tal?
Eu sorri. Na verdade queria chorar, porque eu sabia que Jessica estava sendo propositalmente legal comigo. Porque ela devia achar que eu estava decepcionada com o fora que eu supostamente levara.
Bem, não estava tão longe da verdade.
–Acho que pode ser uma boa. – respondi.
Melhor sair com Jessica do que ficar ali me lamentando sozinha.
–Ótimo. Passo aí à tarde então!

E aí, que filme vamos ver? - Jessica perguntou, enquanto caminhávamos pela rua.
Eu dei de ombros.
–Não sei, escolhe um.
–Ah, que desânimo! Vamos tomar um café então, ai a gente pensa e quem sabe você anima com alguma opção.
Nós entramos numa cafeteria e eu me sentei perto da janela.
Jess foi até o balcão fazer nosso pedido e eu olhei em volta.
E então congelei.
Os Cullens estavam sentados em uma mesa há poucos metros de distância.

Meu coração falhou enquanto eu procurava dentre os rostos perfeitos aquele que era a razão do meu desânimo atual.
E ele estava ali, claro. E ria, de algo que sua irmã Alice falava.
Mas que inferno! De todos os lugares do mundo eu tinha que ir justo naquele que os Cullen estavam?
Eu não queria olhar para ele. Não devia. Mas não conseguia desviar o olhar.
Até que Edward finalmente me viu. Ele ficou sério e surpreso.
Eu fiquei com vontade de virar rosto, mas em vez isto, eu apenas acenei, como se ele fosse um simples conhecido e só então desviei o olhar para o cardápio.
Jéssica voltou para a mesa com dois cafés.
–E aí, quer comer alguma coisa?
–Eu...na verdade...
De repente eu soube o que eu queria fazer.
–Eu quero ir embora.
–Mas... acabamos de chegar.
–Olha, Jess, eu realmente não estou animada hoje e não estou sendo uma boa companhia.
–Ah, Bella, não seja absurda.
–Não me chama de absurda. – falei mais ríspida do que queria.
–Nossa, desculpa...
–Não, eu que peço desculpas. Falei que não estou legal hoje. É melhor ir embora mesmo.
–Tudo bem, então vamos.
Nós nos levantamos e saímos do café.
Eu me forcei a não olhar para a mesa dos Cullens.

Jéssica deve ter percebido meu humor, porque não fez mais nenhum comentário e eu fui para meu quarto sozinha.
Olhei o tempo nublado pela janela, me perguntando por que fora tão idiota lá no café.
Que mal tinha em ver Edward com os irmãos?
Eu estava realmente sendo absurda.
Desanimada, eu liguei o computador para ver meus e-mails e coloquei um velho pijama.
Ia ver se havia algum e-mail e seguir meu plano original: ver filmes antigos na TV.
De repente alguém bateu na minha porta.
Será que Jessica ia ficar me enchendo de novo? Era a cara dela fazer isto.
Já me preparando para mandá-la embora, eu abri a porta.
E arregalei os olhos surpresa ao ver Edward na minha frente.
Segurando um café.
–Acho que não tomou o seu.

**continua**

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