10 agosto 2012

FanFic: Never Say Never - Capitulo 11



Never Say Never

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.

Eu fiquei ali, paralisada, enquanto o irmão mais velho de Edward, aquele que namorava a linda Rosalie, me encarava de boca aberta.
E sabe Deus o que é que ele estava pensando.
Primeiro ele estava surpreso. Depois pareceu entender. Ou pelo menos desconfiar, pois sua expressão foi de choque para divertida e então maliciosa.

–Olá. – ele disse por fim, fechando a porta.
E eu ainda não conseguia me mexer. E tinha certeza que meu rosto estava tingido de vermelho de tanto embaraço.
–Você é a…?
Eu abri a boca para responder, mas não saía nenhum som.
–Emmett, o que faz aqui?
Ouvi a voz de Edward soar fria na porta do corredor e o fitei.
E ele também parecia contrariado.
Com certeza a presença de Emmett ali também era um choque para ele.
–Vim me certificar se estava tudo bem... Sabe como são Rosalie e Alice, elas ficaram preocupadas quando foi embora sem maiores explicações e...
–Deviam cuidar da vida de vocês.
–Ei, calma aí. Nos só ficamos preocupados. - e ele lançou um olhar malicioso em minha direção – Mas vejo agora que não havia motivos... - eu fiquei mais vermelha ainda – Ou, posso dizer que o motivo da preocupação pode ser outro agora...
–Chega, Emmett. – Edward o cortou – Agora pode dar o fora.
–Tá certo... Não quero mesmo... atrapalhar... - ele sorria abertamente agora - Quando eu contar...
–Emmett, espere. – Edward pediu e então me encarou – Bella, será que pode ir embora sozinha? Eu preciso conversar com Emmett.
–Claro. – respondi rápido. Realmente não me importava dele não me levar. Tudo o que eu queria era sair dali o mais rápido possível.
E ele me acompanhou até a porta, sob o olhar divertido de Emmett.
–Me desculpe por isto... - murmurou, passando a mão pelos cabelos nervosamente.
–Tudo bem. Tchau. – respondi e me afastei.
Que vergonha!

Era só o que pensava no caminho inteiro para casa.
Provavelmente Emmett Cullen iria contar o que viu para todos os irmãos.
E eu nunca mais conseguiria olhar na cara de algum Cullen sem morrer de constrangimento.
E o que será que Edward queria conversar com Emmett, a ponto de impedi-lo de sair?
Será que ia pedir pra ele não contar nada aos irmãos?
Mas por que será que Edward fazia tanta questão de manter segredo? Ok, eu também estava fazendo segredo, mas era diferente, não era?
Eu era uma garota que até aquele momento não tivera um namorado e agora estava fazendo sexo sem compromisso com um cara que eu mal conhecia. E fora ideia minha!
Imagina meu pai sabendo de uma história desta.
Ou Jacob.
Mas Jacob teria que saber, não é? Não era este o objetivo de eu estar com Edward?
Eu sentei na minha cama, de repente me dando conta que não pensara em Jacob nem uma vez nestes últimos dias. E nem nos motivos reais do que estava fazendo.
Meus pensamentos eram todos voltados para Edward Cullen.
Eu me enrosquei na cama, sentindo um frio súbito.
Respira. Respira. Respira
Não era nada demais.
Era sexo. Isto mesmo.
Era apenas sexo. E eu nunca tinha feito isto antes.
Certamente era este o motivo de eu estar tão obcecada por Edward.
E com certeza isto era passageiro. Na verdade, já tinha data para terminar.
Me sentindo mais calma, eu me levantei e tomei um banho.
Minha mente voltando para Edward.
Eu devia ter enlouquecido de vez mesmo por ter concordado em ir pra casa dele em pleno dia de aula. Justo eu. Uma pessoa tão certinha.
Mas valera a pena. Eu ainda podia sentir todo meu corpo sensível em lugares escondidos. E mil borboletas no meu estômago.
Olhei minha imagem no espelho. Meu corpo ainda parecia o mesmo. Mas era como se eu me visse diferente. Eu nunca me achara bonita. Ou sexy.
Será que Edward achava? Fechei os olhos, me lembrando do seu olhar sobre mim, de sua pressa naquele sofá. Era uma sorte que pelo menos eu estivesse lembrado do preservativo. E se tivesse esquecido? Eu realmente não sei como é que eu conseguira parar. Podia acontecer um dia de estar tão perdida que não me importaria também.

Estremeci, com medo.
Não, não. Isto não seria nada bom. Seria uma tragédia, na verdade.
Voltei pro quarto e peguei a lista telefônica.
Eu era uma garota crescida, afinal. E tinha que ser dona do meu próprio corpo.

Jéssica apareceu sem avisar naquela noite.
–Olá! - ela entrou sem fazer cerimônia, sentando sobre minha cama e empurrando meus livros para um canto.
–Oi Jess... Fica à vontade. – falei ironicamente.
–E aí, onde se enfiou hoje? Cabulando aula, hein?
Eu dei de ombros.
–Estava estudando com um colega, eu te falei...
–Um colega? - ela arregalou os olhos – Como assim? Você disse que era uma colega e agora é um garoto? Explica esta história direito, Isabella Swan.
Eu tentei não ficar vermelha.
–Acho que me confundi...
–Ah, aí tem coisa...
–Claro que não!
–Sei... Então não era um encontro amoroso? Secreto?
–Encontro secreto? Da onde tirou isto? Está lendo romance de segunda, Jess?
Ela riu.
–Seria bom pra você! Olha, sábado tem uma super festa e você precisa ir comigo...
–Eu não sei...
Obviamente eu tinha um encontro, não é?
Eu tinha um encontro por todos os fins de semana até as férias.
Quase tinha vontade de rir só de pensar.
Todos os fins de semana com Edward... Todos...
E talvez alguns dias da semana?
Não, claro que não. Eu não ia mais cabular aula para fugir com ele até seu apartamento.
Além de me ferrar na faculdade, não queria ser surpreendida de novo por algum Cullen.
Já imaginou se Emmett tivesse chegado meia hora antes?
Eu iria morrer de vergonha eterna.
–Está me ouvindo? - Jess estalou os dedos na minha frente.
–O quê? Desculpa, me distraí.

–Estou falando da festa! Muitos caras gatos para conhecer.
–Não estava saindo com aquele cara que conheceu neste fim de semana?
–Ah, acho que não vai dar certo não, viu?
E ela ficou discorrendo sobre todos os motivos para seu último flerte estar fadado ao fracasso.
–Jess, está tarde... - falei bocejando.
–É verdade. – ela se levantou – Posso usar seu banheiro?
–Claro.
Ela entrou e eu juntei meus livros e coloquei em cima da escrivaninha.
De repente Jess saiu do banheiro segurando uma cartela de pílulas na mão.
–Você está tomando anticoncepcional?
Oh saco!
–Sim, qual o problema? - falei tentando soar natural.
–Você?
–Jessica, pára de ser intrometida! Não é porque não estou saindo com ninguém que não posso tomar pílulas! Sabe que serve pra várias coisas...
–Sim, eu sei. Tomo desde os 14 por causa de cólicas.
–Eu também. – menti.
Ela riu, dando de ombros.
–E eu aqui achando que estava transando por aí...
Eu queria dizer que ela não tinha nada a ver com isto, mas me calei.
Jéssica finalmente foi embora me deixando em paz e eu respirei aliviada.
Meu último pensamento antes de adormecer foi se Edward me chamaria para cabular aula com ele amanhã.
E se eu teria forças para dizer não.

Mas eu não precisaria me preocupar com Edward me puxando pelos corredores e nem com propostas irresistíveis. Porque nem Edward e nem seus irmãos apareceram na faculdade naquele dia.
Eu ainda fiquei ali, parada sob o vento, que despenteava meus cabelos, fingindo que lia, e dizendo a mim mesma que não estava esperando ver um Volvo prata aparecer no estacionamento.
Até que Jéssica apareceu e fomos para a aula.
E na hora do intervalo, eu procurei com olhos atentos por cinco rostos perfeitos. Mas havia apenas as pessoas comuns no refeitório. Obviamente os Cullens tinham mesmo faltado.
Eu não estava decepcionada. Claro que não.
Edward e os irmãos deviam ter seus motivos para faltar.
E claro que não era da minha conta.

Quando saí da aula, eu liguei o celular.
Não havia nenhuma ligação.


E ele permaneceu mudo o resto do dia.
À tarde eu estudei e respondi e-mail da minha mãe.
Também havia um e-mail de Jacob.
Ele me mandava uma foto nossa tirada no último verão.
Eu imprimi e a colei no meu mural.
Parecia um dia perfeito na praia. Um dia de sol raro em Forks. E nós ríamos.
Parecia a anos luz. Outro tempo. Outra Bella.
Aquela Bella que sorria despreocupada era tão jovem, tão ingênua.
A Bella de Jacob.
Suspirei.
Será que eu estava diferente agora?
Claro que as pessoas mudavam. Amadureciam.
Mas a essência ainda era a mesma.
Então por que eu me sentia tão diferente?
Talvez porque aquela Bella, amiga de Jacob, não ficaria o dia inteiro com a cabeça no ar, olhando um celular de cinco em cinco minutos, se perguntando onde estaria um certo cara de cabelos cor de areia.
Irritada, eu desliguei o celular.
Era melhor eu me concentrar nos estudos.
E esquecer Edward Cullen.

No dia seguinte, ele não apareceu. E nem no outro.
Quando chegou sexta-feira, eu sentia uma estranha agonia no peito.
O mundo corria normalmente para todos.
E ninguém parecia notar a ausência do Cullens.
A não ser eu.
–Eles costumam fazer sempre isto? - não resisti enquanto saíamos da aula naquela sexta feira nublada, que anunciava chuva e indaguei a Jéssica.
–Eles quem? - Jéssica indagou distraída.
–Os Cullens.
–O que tem os Cullens?
–É que... Alice Cullen tem aula comigo e não a vi esta semana... É normal eles perderem tanta aula assim? - tentei soar casual.
Jéssica deu de ombros.
–Às vezes... Não sei...Sabe como são estas pessoas ricas, devem estar esquiando por aí, ou não podiam perder alguma promoção em Paris. - ela riu – Aquela Alice Cullen se veste tão bem, morro de inveja e aquela Rosalie... que cabelos são aqueles? Será que é tingido? Acha que eu ficaria bem de loira?
–Pode ser. – respondi distraída. Ainda me perguntando onde diabos Edward tinha se metido.
E hoje era sexta-feira.
E não tínhamos combinado nada para o fim de semana.
Se é que ia rolar alguma coisa. Afinal, ele tinha desaparecido da face da terra.
–E então, já decidiu? Hoje à tarde eu vou comprar uma roupa pra ir na festa amanhã. Ainda dá tempo de ir comigo.
–Não posso.
–Ah Bella, por favor...
–Eu vou pensar, ok?

Eu voltei para meu quarto e fiquei andando de um lado para o outro. As horas passando.
Cansada de esperar, peguei o telefone e disquei o número de Edward gravado ali.
Não queria mesmo ligar pra ele, mas eu tinha que saber o que ia acontecer no fim de semana.
Depois de alguns toques, uma voz feminina atendeu.
–Alô.
Eu não consegui responder.
–Alô? Alô? - a pessoa insistiu.
E eu desliguei, suando frio.
Quem seria? Uma de suas irmãs?
Ou outra pessoa?
De repente eu sentimento horrível, feroz, me dominou.
Algo parecido com... ciúmes?

Ah meu deus, eu era ridícula!
Primeiro que não tinha nenhum cabimento eu sentir ciúmes de Edward.
Segundo que podia muito bem ser uma de suas irmãs.
Eu devia ter apenas perguntado por ele, seria bem simples.
Mas não ia ligar de novo agora.

E eu ainda continuei esperando. Dormi muito mal.
E acordei de mau humor.
Estava nublado o tempo. Combinava com meu humor.
Era sábado. Teoricamente dia de encontrar Edward Cullen.
Não era aquele a porcaria de acordo?
Mas ele parecia ter outras ideias. E não se importava nem um pouco.
Talvez tivesse outro compromisso. Com a garota que atendera o telefone, vai saber?
À tarde, eu liguei para Jéssica.
–Ainda vai naquela festa? – perguntei.
–Claro que sim.
–Vou com você. – falei rápido.
Não ia ficar ali esperando Edward Cullen feito uma idiota.
Jéssica soltou um gritinho!
–Que ótimo! Vem pro meu quarto! Comprei um vestido ontem que vai ficar perfeito em você.
Eu desliguei e juntei algumas coisas, desligando o celular.
Edward que fosse para o inferno.

–Não devia ter deixado você me convencer a usar isto. – falei, puxando o vestido para baixo, inutilmente, o tubinho preto, justo e curto, que Jéssica me emprestara.
–Não seja boba. Está lindo em você. - Jéssica falou rindo, enquanto entrávamos na festa.
Era uma casa antiga, de alguma fraternidade. E havia várias pessoas ali. Todas desconhecidas para mim.
Jéssica pegou uma bebida e colocou na minha mão.
–Acho melhor eu não beber. – murmurei, ainda me lembrando de meu último vexame.
E não era porque eu estava fervilhando de raiva de Edward que iria me embebedar de novo.

–Só um pouco. Tem que aprender a beber! Não misture, que já será de grande valia. Vem, vamos circular.
Eu a acompanhei pelos corredores e reparei surpresa que vários olhares masculinos se voltavam para mim. Isto era novo.
E não sei dizer se era bom ou ruim.
–Acabei de ver uma amiga! Espere aqui! - Jéssica falou alto para se fazer ouvir em cima da música alta, desaparecendo em seguida no meio das pessoas.
Eu suspirei, tentando não ficar irritada com Jéssica.
O copo na minha mão, intocado, já estava ficando quente e eu despejei numa planta.
–Isto foi feio.
Eu levantei o olhar e vi um cara sorrindo.
Ele era alto. E bonito.
Eu fiquei vermelha.
–Acho que não vou embebedar a planta, nem nada disto. – falei dando de ombros e ele riu.
–Gostei de você, vamos dançar?
–O quê?
Ele se aproximou, falando bem perto do meu ouvido.
–Dançar.
–Oh, eu não danço. - comecei a falar, e de repente parei, engasgando nas palavras.
Edward Cullen me encarava a poucos metros de distância.

O tempo pareceu parar enquanto nos encarávamos.
Não sei quem estava mais surpreso.
Eu com certeza estava estupefata.
O que Edward estava fazendo ali? Numa festa?
E ainda me encarando com... raiva?
–E aí, gata, vamos ou não vamos... adorei este seu vestido... - o cara do meu lado continuava a falar, mas eu não conseguia parar de olhar para Edward.
E agora ele vinha em minha direção.
Eu dei um passo atrás.
–Não, eu não danço mesmo, com licença.
E me afastei em direção a Edward.
–O que está fazendo aqui? – indaguei.
–Acho que eu tenho que te fazer a mesma pergunta.
Como é? Ele queria saber o que eu estava fazendo numa festa depois de me dar um bolo?
Dei de ombros.
–Oras, acho que é óbvio, não é?
–Me pareceu óbvio que você estava com aquele cara.
–O quê? Aquele cara? Está insinuando que eu estava... estava...
Eu não podia acreditar que Edward estava me dizendo aquela tolice!
Ele passou a mão pelos cabelos nervosamente, respirando fundo e quando me encarou parecia mais contido. Ou tentando se conter.
–Acho que eu não devia cobrar nada de você, não é? É livre pra fazer o que quiser.
–Eu não estava com aquele cara! – gritei.
E algumas pessoas olharam para nós.
Edward percebeu e segurou meu braço.
–O que está fazendo?
–Vem comigo. Precisamos conversar e tem muita gente aqui.
Ele abriu a porta do que parecia ser um grande lavabo e fechou a porta, o barulho da festa ficando lá fora.
–Não temos nada para conversar. – falei, cruzando os braços em frente o peito, irritada.
–Acho que temos sim!
–Ah, temos? Sinceramente Edward, acha que pode sumir por dias e ainda aparecer numa festa com se nada tivesse acontecendo, quando éramos para estar... estar... - ia falar “num encontro”, mas não pareceu adequado. E muito menos “juntos” - respirei fundo – Enfim, não tem o direito de ficar me cobrando nada! Tínhamos um acordo, mas parece que não se importa muito com isto e...

–Então resolveu sair com outro cara? É isto?
–Do que esta falando? Eu já falei... nem conhecia aquele cara, estávamos conversando, ele me chamou para dançar...
–Ia aceitar?
–E se fosse? Qual o problema? Não é nada meu, Edward!
–Então é isto, Bella? Desculpa se achei que era só comigo que ia transar. Ia fazer o quê? Ia beber e fazer a mesma proposta pra ele?
Eu bati em seu rosto, antes mesmo de pensar no que estava fazendo.
–Seu idiota! Não estou transando com ninguém, da onde tirou isto?
–Me desculpe. - ele murmurou – Me desculpe.
–O que acha que eu sou, Edward? Eu fiquei te esperando ligar a semana inteira! Fiquei me perguntando onde diabos tinha se metido! E só resolvi vir nesta maldita festa com a Jéssica porque achei que não estava nem aí pro nosso acordo, e acho que tinha razão!
–Você não sabe de nada...
–Edward, você sumiu por dias...
–Me desculpe, tive uns problemas, de família. Eu cheguei agora à tarde, eu te liguei, muitas vezes e o celular estava desligado. Então eu fui no seu dormitório e não te achei.
–E resolveu vir numa festa. – falei irônica.
–Estou com meus irmãos. Eles insistiram. E eu não sabia onde você estava!
–Não tem que ficar me dando satisfação. – falei a contragosto.
–Talvez eu queira dar.
–Podia ter me ligado antes, seja lá onde estava!
–Eu sei... mas realmente não foi possível...
–Eu te liguei. Ontem.
–Eu sei.
–Sabe?
–Rosalie me falou.
Ah, então era Rosalie.
–Ela sabe que era eu?
–Não. Afinal, você ficou muda e desligou.
Eu fiquei vermelha.
–Não quis... sei lá...
–Eu imaginei que podia ser você.
–Por que não me ligou de volta então?
–Porque ela só me falou hoje.
–Entendi...
Eu respirei fundo, tentando ordenar meus pensamentos.
Ainda estava com raiva dele. De todas aquelas acusações malucas de eu estar saindo com outros caras.
E toda aquela história de sumir ainda parecia estranho.
Mas talvez fosse coisa de gente rica mesmo, como dizia Jéssica.

Óbvio que eles deviam se considerar importantes demais para dar satisfação para o resto do mundo.
E quem poderia culpá-los? Eles pareciam mesmo os donos do mundo.
Eu que era uma tonta. E que achava que podia fazer parte dele.
Nem que fosse apenas nos fins de semanas roubados.
–Edward, vamos esquecer isto, ok? – pedi. – Toda esta discussão... é uma bobagem.
–Sim, talvez tenha razão...Eu só queria te pedir desculpas por ter sumido. Foi realmente algo urgente.
–Não tem que me dar satisfações. – falei – Não faz parte do nosso acordo, não é?
–Acordo... - repetiu, pensativo e então me encarou. – Bella, acho que não deixamos um ponto claro.
–Que ponto?
–Nestes dois meses... Não vamos sair com outras pessoas, não é?
Eu o encarei.
O que ele estava querendo dizer?
–Outras pessoas? Você está falando de...
–Exclusividade. Acho que não falamos sobre isto, mas... Eu preciso saber se será só eu.
–Isto serve pra você também?
Ele deu um meio sorriso.
–Só você. - Ele deu um passo em minha direção e eu prendi a respiração. Aquele sorriso. Tão perfeito. Era como lançar mil agulhadas em meu peito. – Pra mim é só você. – completou.
E de repente estava perto. Muito perto.
E eu senti um déjà-vu.
Eu e ele num banheiro, enquanto uma festa rolava lá fora.
Mas da outra vez eu estava bêbada. E Edward sem camisa.
Mordi os lábios com força.
–Então, Bella. Será só eu? - murmurou. O hálito quente em meu rosto. Era quase embriagador.
Eu respirei pela boca, sentindo seu gosto em minha língua.
–Só você... Edward. – repeti, como em transe.
De algum lugar dentro de mim, eu me perguntava se ele merecia isto.
Mas já não estava me importando. Ele estava ali. Ao alcance de minhas mãos. Depois de longos dias.
E eu senti meus dedos formigando de vontade de tocá-lo
–Diga de novo? - ele pediu, os lábios quase sobre os meus. Fiquei na ponta dos pés, meu corpo inteiro formigava agora, querendo desesperadamente entrar em contado com o dele.
–O quê...?
–Meu nome...

–Edward... - murmurei, fechando os olhos e oscilando em sua direção.
E bastou para sentir sua boca descer sobre a minha, voraz. Saudosa. Deliciosa.
E não importava mais onde estava. A única coisa que eu via, que eu sentia era Edward.
O gosto de Edward. As mãos de Edward. A excitação de Edward.
E gemendo seu nome, me agarrei a seus ombros, enquanto ele me empurrava em direção à parede, dedos percorrendo o mini-vestido de Jéssica, para tocar minha coxa e eu derreti. Seus lábios deslizaram por meu rosto, os dentes mordicaram meu pescoço e eu sabia que ficariam marcas, mas não reclamei. Eu estava além de qualquer bom senso.
Eu só queria que ele continuasse e não parasse.
E eu também pus minhas mãos nele, contrariada por ter tanta roupa e Edward gemeu, quando toquei sua ereção por cima da calça e respirou ofegante contra meus lábios.
–Eu quero você aqui.
–Eu também.
E no minuto seguinte, ele tirava minha calcinha e eu abria sua calça desajeitadamente e suas mãos me ergueram, e Edward se enterrou dentro de mim.
Eu teria gritado, se ele não tivesse me beijado, enquanto se movia dentro de mim, várias vezes, nós dois contra a parede, perdidos num mundo particular, além da festa que rolava lá fora.
Era só eu e ele.
Como combinamos.
E eu dizia seu nome quando gozei, tensionando em volta dele, até que os espasmos cessassem e ficamos ali, respirando com dificuldade, enquanto a festa ainda acontecia lá fora.
Oh Meu Deus.
Eu tinha transado com Edward Cullen no banheiro de uma festa.
E tinha gostado de cada minuto.
Ele levantou o olhar e me encarou. Parecia preocupado.
O que seria agora?
–Bella... não usamos preservativo.
Eu quase ri.
–Tudo bem. – respondi. – Eu estou tomando pílula.
–Ah... Por que não me disse?
–Bom, depois de quase esquecermos no outro dia... achei melhor começar a tomar.
–Foi uma boa decisão.
De repente alguém bateu na porta e eu me assustei.
–Droga. – Edward murmurou. – Vamos sair daqui.
Ele me soltou e eu arrumei o vestido, enquanto Edward arrumava as roupas rapidamente.

Felizmente era apenas uma garota super bêbada na porta quando saímos.
E agora?
–Ainda quer ficar na festa? - ele perguntou.
–Estou com uma amiga. Preciso achá-la.
–Eu vou procurar meus irmãos.
–Certo...
–Bella, sobre esse fim de semana... Meus irmãos estão em casa.
–Tudo bem. – Disfarcei o desapontamento.
Eu podia sugerir de ir pro meu quarto. Mas de alguma maneira, não consegui fazer isto.
Nem sabia se ele iria aceitar.
E era estranho pensar nele no meu quarto.
–Eu vou procurar Jéssica. – falei.
–Certo. Eu te ligo, ok?
–Tudo bem.
E me afastei. Antes que fizesse alguma bobagem.
Como pedir pra ele ficar comigo o resto da noite.
Seja onde fosse.

**continua**

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