09 agosto 2012

FanFic: Never Say Never - Capitulo 10


Never Say Never

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.


Ainda era segunda-feira.
E a primeira coisa que eu pensei ao abrir os olhos de manhã, era que faltavam cinco tediosos dias para o fim de semana.
Cinco longos dias sem ver Edward Cullen.
Quer dizer, eu iria vê-lo. Todos os dias.
Lindo e distante, na companhia de seus irmãos.
Totalmente fora do meu alcance.

Mas talvez eu tivesse um lado masoquista que só se manifestava naquele momento, pois eu me arrumei rapidamente e segui para o campus, pensando nisto.
Podia não ser nada. Mas ao menos o teria sob meu olhar.
Mesmo que minhas mãos não pudessem alcançá-lo.
E foi com consternação, mas não com surpresa, que eu segurei com força meus livros contra o peito quando passei perto do Volvo, onde Edward conversava com os irmãos.
Era quase como se um imã causasse aquela força de atração irresistível, meus dedos coçando de vontade de estar entre seus cabelos.
–Bella! - Jéssica apareceu do meu lado e eu voltei à realidade rapidamente.
E agora que não estava mais olhando para Edward era fácil me sentir assustada com aquela compulsão de momentos antes.
Aquilo não era nada bom. Nada bom.
Mas enquanto Jéssica tagarelava ao meu lado em direção à sala de aula, eu me perguntava quanto tempo demoraria para que eu pudesse vê-lo de novo.

Obviamente quando entrei no refeitório a primeira coisa que fiz foi olhar em volta, procurando a mesa afastada onde os Cullens sempre se sentavam.
E meu coração deu um pequeno salto ridículo ao vê-los.
Ou melhor, ao ver Edward.

E se eu fosse até lá? E se...
–Bella, aqui! - Jéssica acenou de uma mesa próxima me chamando e me tirando do transe.
Deus, eu precisava me tratar. Urgentemente
Eu estava mesmo pensando em ir falar com Edward? No refeitório da faculdade? Com seus irmãos junto?
Devia estar enlouquecendo.
–Oi. – cumprimentei Jéssica ao me sentar.
–Que bom que apareceu, quero te contar como foi meu encontro!
–Um encontro? Não sabia que tinha um encontro. – tentei parecer interessada. E quem sabe assim conseguiria não olhar para a mesa dos Cullens.
Será que Edward estava olhando para mim?
–Mas eu tenho, eu saí sozinha sábado, não é? E aí, tem este cara... Bella, ele é tão fofo, e apareceu do nada e me puxou assunto e me pagou um café. E então, eu...
Um barulho de celular tocando se sobrepôs a voz de Jéssica.
–Acho que é o seu. - Jéssica falou e eu me lembrei que tinha um celular.
Sem graça, mexi na minha bolsa, procurando o aparelho. Havia uma mensagem ali.
E só podia ser de uma pessoa.

Estou te esperando aqui fora. Agora.

Como assim estava me esperando?
Olhei para a mesa dos Cullens. Havia apenas quatro deles ali. Nada de Edward.
–Mensagem importante? - Jéssica indagou, curiosa. - Nem sabia que tinha um celular, precisa me dar o número.
–Não, nada importante... quer dizer... - eu tentava bolar uma desculpa para sair dali - É uma colega da aula de literatura Inglesa. Precisa de ajuda. Agora. - e eu juntei minhas coisas rapidamente e me levantei.
–Agora? Mas nem contei pra você sobre meu encontro de ontem!
–A gente se fala depois, ok? Tchau!
E eu me afastei apressada, saindo do refeitório e me perguntando o que de tão urgente Edward queria falar comigo.
No primeiro corredor vazio que passei, soltei um grito assustado, quando mãos me puxaram para um canto escuro e eu reconheci os olhos dourados de Edward, mas antes de ter tempo de me recuperar do susto, sua boca se abaixou sobre a minha.
E em segundos eu estava me atracando com Edward Cullen num corredor vazio da universidade.
E hoje era segunda-feira.

Meu cérebro gritava que aquilo estava errado.
Não era este o combinado, era?
Mas minha boca pensava diferente, e se entreabriu para a língua de Edward tocar a minha; um pequeno gemido saiu do fundo da minha garganta.
E em segundos minhas mãos também pensavam diferente e subiram para se fecharem em sua nuca. Muito vagamente eu ouvia os barulhos característicos de um prédio universitário em hora de intervalo, passos, conversas, risadas e me dava conta de onde estávamos. Mas não tinha a menor força para me afastar, muito pelo contrário, eu o queria mais perto e pressionei meu corpo contra o dele, ouvindo-o gemer dentro da minha boca e seus braços se prenderem a minha volta ainda com mais força, nossos quadris se buscando, num movimento instintivo e eu derreti totalmente ao sentir uma ereção.
Pareceram horas, embora tenha durado apenas alguns minutos, quando o beijo finalmente terminou, afinal, precisava respirar, era o que dizia a leve tontura que eu sentia. Oxigênio ainda era vital, mesmo parecendo não haver nada mais importante naquele momento do que sentir cada centímetro de Edward Cullen grudado em mim.
E eu respirei uma longa golfada de ar, tentando inutilmente pensar racionalmente.
–O que foi isto? - consegui indagar, resfolegando.
–Acredite, eu estou me perguntando o mesmo. – ele respondeu, tão ofegante quanto eu, sem me soltar.
Eu não estava reclamando.
–Estamos na escola. – tentei colocar ordem na situação.
–Sim, estamos... mas podemos sair daqui.

–Sair daqui?
Eu tinha ouvido direito? Ainda estava meio atordoada, mas...
–Sim, podemos ir pra minha casa. – sua voz parecia conter uma urgência que me parecia deliciosa.
–Sua casa? – balbuciei.
–Tem alguma aula muito importante?
–Eu... - engoli em seco. Talvez meu cérebro ainda sentisse falta do oxigênio, porque eu sentia como se aquela proposta de Edward fosse a mais plausível do mundo. Quem se interessava por algo tão idiota como aulas?
–Tudo bem. – falei rápido.
E então ele me soltou.
Eu quase gemi em protesto.
–Te espero no carro.
–Ok.
E ele saiu caminhando pelo corredor em direção à saída.
Eu fiquei olhando ele se afastar me perguntando como é que eu tinha concordado com aquilo?
Mas enquanto voltava para o refeitório e dizia a Jéssica que tinha uma coisa urgente para resolver e iria embora, e tentava escapar de suas perguntas curiosas, não me passava pela cabeça recuar.
E quando passei pela mesa dos Cullens, todos eles conversavam normalmente, não lançaram nenhum olhar em minha direção.
Nem eu perdi meu tempo com eles. O Cullen que me interessava não estava ali
Estava em algum lugar num Volvo.
Me esperando.
Eu quase podia correr em sua direção.

E eu só não corri mesmo porque ainda havia um pouco de bom senso em mim e não estava a fim de chamar a atenção.
Tarde demais eu me toquei que qualquer um podia me ver entrando no Volvo prateado.
Será que alguém tinha reparado, me perguntei, enquanto Edward dava partida, saindo do estacionamento.
Olhei em volta. Não tinha muita gente ali e ninguém parecia prestar atenção.
Eu rezava mesmo para que ninguém tivesse me visto.
–O que foi? - Edward indagou ao notar meu desconforto.
–Nada... é só que... não quero chamar a atenção.
Ele levantou as sobrancelhas perfeitas.
–Não quer ser vista comigo?
–Você quer?
–Não gosto de chamar a atenção tanto quanto você, mas ninguém tem nada a ver com a minha vida.
–Nem seus irmãos?
Ele se calou.
–Eles sabem do nosso... - de repente a palavra “acordo” não me pareceu adequada, mas eu podia chamar do quê?
–Não, não sabem. – ele respondeu meio a contragosto e eu olhei a paisagem pela janela.
Não sabia o que pensar quanto a isto.
Me sentia mais tranqüila pelos Cullens não saberem.
Mas também havia algo que me incomodava. Por que Edward escondia isto dos irmãos?
Será que eles achariam ruim Edward sair com uma pessoa como eu?
Eu certamente não era rica como eles. E nem popular. Ou bonita.
–O que está pensando?
Eu encarei seu perfil.
–Por que quer saber?
Ele deu um riso meio a contragosto.
–Eu fico curioso, você às vezes é tão fácil de decifrar e outras... me deixa nervoso não saber o que pensa.
–Acho que é melhor não saber. – murmurei.
O resto do caminho percorremos em silêncio e eu tinha a ligeira impressão de que Edward estava correndo mais do que o permitido na via expressa, mas não me importei.
Ele entrou no estacionamento subterrâneo do prédio elegante e eu comecei a sentir meu coração dando pulos enlouquecidos de ansiedade.
Entramos no elevador e ele me fitou com um pequeno sorriso.
E desta vez fui eu que, ficando na ponta dos pés, o puxei pela nuca, para beijá-lo.

Eu adorava seu gosto, a textura de sua língua na minha, seu cheiro único que impregnava minhas narinas. Seus braços se apossaram de mim, como se tivesse mil mãos, deslizando por todo os lugares. E suspirei, violentamente excitada, roçando meu corpo no dele, cheia de uma impaciência febril, voraz.
A porta se abriu e ele se desgrudou de mim, me puxando pela mão, a soltando apenas para inserir o cartão na porta. Eu me mexia impaciente, e quando entramos e a porta se fechou atrás de nós, estávamos de novo nos pegando, e seus dedos se imiscuíram embaixo da minha blusa, buscando meus seios que pareciam ter sido feitos para estar em suas mãos.
–Quero tirar sua roupa. – sua voz sibilou dentro do meu ouvido, mandando ondas de arrepios por minha espinha.
–Também quero tirar as suas. - murmurei, perdida. E eu também queria por minhas mãos nele.
Ele riu. Um riso rouco. Delicioso.
–É justo. – e seus dedos já se ocupavam em tirar minhas roupas.
–Não vou rasgar, Bella. – sua voz parecia excitada e divertida e eu soltei um riso nervoso.
Como se eu me importasse com roupas rasgadas naquele momento.
A única coisa que eu queria era que nada estivesse entre mim e suas mãos, seus lábios, seus dentes...
–Obrigada por isto...
E não me importei, quando caímos juntos sobre no sofá, mãos urgentes por todos os lados, passeando por meu corpo, tirando meu jeans e minha calcinha seguiu o mesmo caminho.
–Eu juro que queria fazer isto devagar... - ele disse, se ocupando em tirar as próprias roupas enquanto me beijava.
–Tudo bem. – sussurrei, meus dedos o puxando para mim. Rápido e com força, parecia perfeito. Mas eu desconfiava que tudo seria perfeito com Edward Cullen.

Senti seu bem vindo peso em cima de mim e de repente me lembrei.
–Não... não... - o empurrei.
–O quê? - ele parou, confuso.
–Proteção... - era um milagre que eu tivesse me lembrado.
–Droga. - Edward blasfemando era algo novo pra mim - Tem razão.
E ele me pegou no colo e me levou para seu quarto.
Eu esperei ele colocar o preservativo, queimando de impaciência e então ele veio. Dentro de mim. Para mim. E estávamos perdidos naquele vai e vem. Rápido. E com força. Muitas vezes.
A tensão crescendo e se espalhando, até explodir. Liberando uma onda de sensações por todo meu corpo e eu gozei, meus gemidos fazendo eco com os dele, que estremecia com força em cima de mim.
Depois ele se afastou.
E eu fiquei ali, suada e arfando. Parecia que um rolo compressor havia passado por cima de mim.
E eu tinha adorado.
Edward se inclinou sobre mim e eu abri os olhos.
–Isto foi...
–Rápido demais?
Eu sorri.
–Perfeito demais. – murmurei com um riso idiota nos lábios.
Levantei meus dedos e coloquei uma mecha de cabelo no lugar e ele se inclinou e me beijou.
A língua explorando minha boca num beijo delicioso e eu me enrosquei nele, mas Edward se afastou quando um telefone tocou.
–Me espere aqui. – disse, se levantando.
Eu me virei de bruços, enterrando o rosto no travesseiro. Tinha cheiro de Edward.
Quem será que estava ligando? Seria um dos irmãos dele?
Na verdade, eu não estava me importando. Nada importava.
Eu estava com Edward.
De repente senti um beijo na base da minha espinha e me virei.
Edward estava ali de novo. Os cabelos bagunçados e um sorriso preguiçoso no rosto.
Senti meu pulso acelerando.
–Não se mexa. – disse, se deitando ao meu lado, os dedos deslizando por minhas costas, leves como uma pluma - Eu vou fazer direito agora.
E ele começou a fazer direito, os lábios percorrendo meu pescoço até chegar no meu seio, a língua quente e úmida eriçando meus mamilos, enquanto suas mãos percorriam minha pele e pousavam no meio das minhas pernas, como se fosse algo dele.

Eu não estava em condição de dizer o contrário.
A única coisa que eu podia fazer era tentar me lembrar como se respirava e me mexer ansiosa sob suas mãos e lábios.
E minha mente girava, numa doce inconsciência, enquanto meu corpo tremia, fraco e entregue a tudo o que Edward quisesse “fazer direito”.
Seus dedos dentro de mim. Seu beijo no meu umbigo. Sua língua dentro de mim.
E então ele me olhou.
–Eu preciso estar dentro de você de novo.
E ele pegou outro preservativo.
–Posso colocar? - pedi, curiosa - Por favor.
E eu peguei das mãos dele. Meus dedos tremiam um pouco e eu coloquei, adorando senti-lo nas minhas mãos.
Ele gemeu e me puxou para si, me colocando em seu colo, me fazendo deslizar em volta dele, num encaixe perfeito. E nos movemos juntos. Devagar, nossos olhares se encontram e se prenderam e ele me beijou, os dedos nos meus cabelos, me empurrando de volta a cama, aumentando o ritmo.
O jeito que ele se movia, se enterrando dentro de mim, o jeito que eu o sentia, fundo, impulsionando e recuando, cada vez mais rápido, até que de novo estava me desmanchando de prazer com ele, adorando sentir meu nome saindo dos seus lábios em forma de um gemido rouco, meus dedos pressionados com força em suas costas suadas.
E mesmo depois de tudo terminado e só restar o som de nossas respirações ofegantes pelo quarto, eu ainda sentia aquela vontade insana de estar perto dele. E não me afastar.
Nunca mais.
Oh oh.
Abri os olhos, sentindo um frio, uma tensão na boca no estômago. Como se algo estivesse errado.

Edward se afastou, saindo de cima de mim.
–Tudo bem? – indagou.
Parecia apenas... educado?
–Sim... eu... Acho que já está ficando tarde, não é? Seus irmãos...
–Sim, você precisa ir, meus irmãos irão chegar a qualquer momento.
–O que disse a eles? – indaguei, curiosa.
–Não se preocupe com isto. – ele saiu da cama e se trancou no banheiro.
Eu procurei minha roupa e obviamente não achei, me lembrando que estavam na sala.
Corri para lá e catei tudo do chão me vestindo rapidamente.
Foi o tempo de eu acabar de fechar meu jeans e a porta se abriu.
E um dos irmãos de Edward me encarou.
Não sabia quem estava mais surpreso.
Eu ou ele.


**continua**

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